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Comprador estrangeiro já não quer só imobiliário de luxo

Longe vão os tempos em que a procura estrangeira por imobiliário em Portugal se fixava num único segmento. Hoje, diz o líder da Century 21, esse interesse já se sente noutras faixas de preços.

21 de Setembro de 2017 às 09:30
Inês Gomes Lourenço
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Os vistos "gold" e o regime fiscal para os residentes não habituais, direccionado para os europeus, foram dois dos atractivos que trouxeram a Portugal novos investidores imobiliários.

A associação do mercado de luxo a estes compradores foi, desde cedo, uma realidade que se impôs - até porque os vistos "gold" só são emitidos para compras de imóveis superiores a 500 mil euros. Contudo, o cenário tem vindo a mudar nos últimos meses.

"Já começamos a ter em Portugal uma procura internacional por imobiliário no segmento médio e médio-baixo." ricardo sousa, CEO da Century 21 em Portugal e Espanha

"Já começamos a ter uma procura internacional no segmento médio e médio-baixo", contou Ricardo Sousa, o líder da  Century 21 para Portugal e Espanha, durante a terceira edição do "Observatório: o imobiliário em Portugal", no passado dia 14 de Setembro.

Os dados da imobiliária confirmam esta dinâmica. Nos primeiros seis meses de 2017, os clientes estrangeiros pesaram 23% do total, protagonizando 986 transacções. França, Bélgica, Reino Unido e Bélgica foram os países de onde vieram mais compradores.

O perfil deste tipo de investidores apontam para uma idade entre os 40 e os 60 anos, com famílias de duas a três pessoas. São licenciados e com contratos efectivos de trabalho. Os reformados só aparecem na terceira posição, depois dos contratos a termo certo.

Os estrangeiros apostam sobretudo em habitação até aos 200 mil euros, com dois quartos, em regiões de praia e zonas rurais. Considerando apenas Lisboa, Porto e Cascais, esse valor de investimento sobe até aos 500 mil euros, comprovando também uma maior pressão da procura nessas áreas. 

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