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Novas embalagens e produtos da Riberalves vão surgir no mercado, mas o método tradicional de transformação do bacalhau não sofrerá alterações, garante o administrador da empresa.
Inovaram com o bacalhau demolhado e ultracongelado, mas continuam a privilegiar os processos tradicionais. Não pensam em modernizar essa parte?
Não queremos nem vamos apostar em acelerar o processo de demolha. Mas, em termos de máquinas de corte ou sistemas de controlo de qualidade, os investimentos têm sido bastante grandes. Nos últimos 15 anos, investimos 40 milhões de euros em infra-estruturas e equipamentos. O bacalhau tem de estar oito meses a um ano em sal marinho, sob temperatura controlada, depois é seco, bem demolhado, e ultracongelado. É um processo melhor do que o que se faz em casa, onde normalmente não há capacidade para refrigerar. Os nossos 'congeladores' trabalham a 18º graus abaixo de zero e os nossos túneis de congelação a -40º graus, para mantermos a qualidade do produto.
O que vão fazer para tentar crescer, nos próximos anos?
Vamos apostar em marketing. Temos de transmitir a realidade de que o nosso investimento para manter a qualidade do bacalhau é muito grande. Vamos ter novas embalagens, novas gramagens, para que o consumidor migre do bacalhau seco para o demolhado ultracongelado.
As pessoas têm de acreditar que este produto é tão bom ou melhor do que o bacalhau seco, porque é a realidade.
Quanto aos mercados externos, não é um grande risco estarem dependentes do Brasil e de Angola?
Estamos a diversificar mercados e temos capacidade instalada para crescer. Este ano ganhamos um supermercado muito importante no México, o que faz com que [o país] passe para terceiro nas exportações. Só podemos vender em mercados que têm a tradição do produto salgado. África também tem potencial e existem outras espécies que não o bacalhau com potencial. As Caraíbas também têm consumos incríveis de escamudo, por exemplo, e a República Dominicana será um próximo passo a dar.
Como decorre o vosso ciclo anual de negócios?
No início do ano, vamos às compras. Tentamos acordos com os países fornecedores [Islândia, Noruega e Rússia], onde compramos cerca de 40 mil toneladas por ano. É um negócio que exige uma capacidade de câmaras frigoríficas e de 'cash flow' muito grande. Compramos tudo em três meses para vender nos restantes nove.
Inovaram com o bacalhau demolhado e ultracongelado, mas continuam a privilegiar os processos tradicionais. Não pensam em modernizar essa parte?
Não queremos nem vamos apostar em acelerar o processo de demolha. Mas, em termos de máquinas de corte ou sistemas de controlo de qualidade, os investimentos têm sido bastante grandes. Nos últimos 15 anos, investimos 40 milhões de euros em infra-estruturas e equipamentos. O bacalhau tem de estar oito meses a um ano em sal marinho, sob temperatura controlada, depois é seco, bem demolhado, e ultracongelado. É um processo melhor do que o que se faz em casa, onde normalmente não há capacidade para refrigerar. Os nossos 'congeladores' trabalham a 18º graus abaixo de zero e os nossos túneis de congelação a -40º graus, para mantermos a qualidade do produto.
Compramos cerca de 40 mil toneladas de bacalhau por ano. Ricardo Alves
Administrador da Riberalves
Administrador da Riberalves
O que vão fazer para tentar crescer, nos próximos anos?
Vamos apostar em marketing. Temos de transmitir a realidade de que o nosso investimento para manter a qualidade do bacalhau é muito grande. Vamos ter novas embalagens, novas gramagens, para que o consumidor migre do bacalhau seco para o demolhado ultracongelado.
As pessoas têm de acreditar que este produto é tão bom ou melhor do que o bacalhau seco, porque é a realidade.
Quanto aos mercados externos, não é um grande risco estarem dependentes do Brasil e de Angola?
Estamos a diversificar mercados e temos capacidade instalada para crescer. Este ano ganhamos um supermercado muito importante no México, o que faz com que [o país] passe para terceiro nas exportações. Só podemos vender em mercados que têm a tradição do produto salgado. África também tem potencial e existem outras espécies que não o bacalhau com potencial. As Caraíbas também têm consumos incríveis de escamudo, por exemplo, e a República Dominicana será um próximo passo a dar.
Como decorre o vosso ciclo anual de negócios?
No início do ano, vamos às compras. Tentamos acordos com os países fornecedores [Islândia, Noruega e Rússia], onde compramos cerca de 40 mil toneladas por ano. É um negócio que exige uma capacidade de câmaras frigoríficas e de 'cash flow' muito grande. Compramos tudo em três meses para vender nos restantes nove.