Gastronomia Pastel de Feijão
Não é que o pastel de feijão seja exclusivo de Torres Vedras, mas como o deste concelho não há igual. Esta é uma história de heranças que começa no final do século XIX, com Joaquina Rodrigues da Silva, e passa para a sobrinha-neta Maria Adelaide Rodrigues da Silva - conhecida por Mazinha - a mulher que se entregou à arte da confecção do dito doce que tem na base uma leguminosa. Depois de casada com Álvaro de Fontes Simões, os pastéis começaram a conhecer o faro comercial deste empreendedor e assim surgiu a primeira marca, encarnada no nome da esposa. O negócio expandiu e rapidamente surgiram duas fábricas para responder à procura: a "Coroa" e a "Brasão". Hoje, a região congrega cerca de 30 produtores ao redor do ícone torriense, em que o feijão branco e os ovos são reis.

Cultura Carnaval de Torres Vedras
Em breve, Torres Vedras terá um novo Centro de Artes e Criatividade e o tema dominante será o Carnaval, a festa-ícone do município que, este ano, terá juntado 400 mil pessoas nas ruas, entre reis e matrafonas. Recuando na história, de acordo com a autarquia, a primeira referência ao Carnaval de Torres data do tempo do rei D. Sebastião. Num documento de 1574, um morador da então vila de Torres Vedras queixava-se de "uns moços folgando com um galo no dia de Entrudo trazendo rodelas, espadas, paus". Mas o primeiro grande carnaval de rua organizado em Torres Vedras foi em 1912, quando os republicanos substituíram a procissão das cinzas pelo enterro do Entrudo. Ao longo dos tempos, o evento tem-se afirmado como um vector económico e cultural de grande impacto no concelho, a ponto de, em 2016, o presidente da Câmara, Carlos Bernardes, ter enviado uma carta a António Costa a pedir a retoma da tolerância de ponto na "histórica" terça-feira de Carnaval.