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Estávamos em 1988, em A-dos-Cunhados, num décor de grandes pomares, produtores e comerciantes de frutas e legumes, quando surgiu a Ferreira da Silva. Cinco anos depois, a empresa foi comprada pelos actuais sócios, que viram nos frutos exóticos o grande gancho e catalisador do negócio. "O Vítor Fonseca estava há muitos anos na Venezuela e o Vítor Nunes [ambos sócios], que é de A-dos-Cunhados, ficou aqui na parte da distribuição, com as mangas aéreas [transportadas por avião]. Nessa altura havia muito pouca gente a fazer o que nós fazíamos", enquadra Susana Marques. Mas, apesar de o negócio e a propriedade terem mudado, dado que a empresa era conhecida como "a Ferreira das mangas", o nome ficou. "Não valia a pena mudar."
Desde a 'época tropical' até hoje, muitas danças aconteceram nas estratégias e contas da Ferreira, motivadas pelas ondulações do mercado, globalização e regulamentações. "A situação com a Rússia, há uns anos [o embargo a produtos da União Europeia que entrou em marcha a 7 de Agosto de 2014], abalou-nos [representou uma quebra de cerca de 50% da quota de vendas]. Mas também contribuiu para uma viragem, porque percebemos que nos tínhamos de orientar para outros mercados", exemplifica a responsável.
Por outro lado, "o mercado da importação de frutos tropicais já estava muito desgastado" e era, ao mesmo tempo, necessário reagir a "uma fase do ano em que o trabalho era mais baixo". Ainda assim, o protagonismo crescente das exportações também aconteceu porque o canal comercial da Ferreira da Silva já havia sido aberto por via das importações. "O facto de sermos importadores em muitas partes do mundo dá-nos um conhecimento e contactos com mercados potencialmente exportadores. Antes de fazer um negócio, temos sempre a possibilidade de perceber como é que cada mercado funciona", enquadra Susana Marques.
Segundo os dados que a Informa D&B partilhou com o Negócios, a Ferreira da Silva era, em 2016, a quinta maior exportadora do concelho, com valores superiores a 10,3 milhões de euros, que perfaziam 30% do volume total de negócios da empresa. As importações, por sua vez, rondavam os 18 milhões de euros, o mesmo montante com que fecharam o ano de 2017.
Desde a 'época tropical' até hoje, muitas danças aconteceram nas estratégias e contas da Ferreira, motivadas pelas ondulações do mercado, globalização e regulamentações. "A situação com a Rússia, há uns anos [o embargo a produtos da União Europeia que entrou em marcha a 7 de Agosto de 2014], abalou-nos [representou uma quebra de cerca de 50% da quota de vendas]. Mas também contribuiu para uma viragem, porque percebemos que nos tínhamos de orientar para outros mercados", exemplifica a responsável.
O mercado da importação de frutos tropicais já estava muito desgastado. Susana Marques
Sócia-gerente da Ferreira da Silva
Sócia-gerente da Ferreira da Silva
Por outro lado, "o mercado da importação de frutos tropicais já estava muito desgastado" e era, ao mesmo tempo, necessário reagir a "uma fase do ano em que o trabalho era mais baixo". Ainda assim, o protagonismo crescente das exportações também aconteceu porque o canal comercial da Ferreira da Silva já havia sido aberto por via das importações. "O facto de sermos importadores em muitas partes do mundo dá-nos um conhecimento e contactos com mercados potencialmente exportadores. Antes de fazer um negócio, temos sempre a possibilidade de perceber como é que cada mercado funciona", enquadra Susana Marques.
Segundo os dados que a Informa D&B partilhou com o Negócios, a Ferreira da Silva era, em 2016, a quinta maior exportadora do concelho, com valores superiores a 10,3 milhões de euros, que perfaziam 30% do volume total de negócios da empresa. As importações, por sua vez, rondavam os 18 milhões de euros, o mesmo montante com que fecharam o ano de 2017.