- Partilhar artigo
- ...
A AICEP está em Bragança, no "road show" Portugal Global. E foi em Bragança que a entidade que apoia a internacionalização das empresas portuguesas ouviu os desafios sugeridos por Eduardo Malhão (na foto), presidente do NERBA.
Foram vários os desafios. Eduardo Malhão sugere à AICEP que defina como objectivo duplicar o número de empresas apoiadas pelo organismo. Apoiando, estando mais perto das empresas que precisam. Não em Lisboa. "Regiões como Lisboa não precisam da AICEP para nada", diz Eduardo Malhão, sugerindo que é noutras regiões que as empresas precisam do organismo. E é nessas regiões, acrescenta Eduardo Malhão, que a AICEP "pode fazer um brilharete".
Na região, disse mais tarde Pedro Ortigão Correia, administrador da AICEP, o organismo tem registadas 100 empresas exportadoras que "gostaríamos de acompanhar". Mas é preciso que as empresas se registem e que usem os serviços da AICEP. Bragança tem uma loja de exportação da AICEP. "É um convite tardio, já estamos na região. Gostamos de estar fora das regiões principais. É aí que mais precisam de nós", respondeu Ortigão Correia.
Mas Eduardo Malhão faz mais desafios à AICEP. "Ajude a construir uma rede colaborativa de apoio às exportações" através de delegações de competências ou faça protocolo de serviços com associações para criar uma rede de apoio à exportação. Eduardo Malhão diz que, assim, "é possível ter presença mais quotidiana em regiões como o distrito de Bragança". O presidente do NERBA reclama mais presença da AICEP.
Mas se lançou desafios à AICEP, Eduardo Malhão elogiou o "road show" da AICEP, por ser um estímulo aos empresários. "O momento não podia ser mais oportuno", já que se está, acrescentou, "a iniciar um novo ciclo, marcado por novos desafios. O mercado hoje é o mundo e como tal as nossas empresas têm de se posicionar noutro campeonato".
O NERBA também desafia as empresas a irem a jogo, e assegura que os empresários associados estão prontos a ir a jogo. "O momento é crucial, decisivo", no entanto, "o mercado das exportações não se estimula por decreto". O que significa que depende da vontade do empresariado, que, acrescenta Eduardo Malhão, têm de ir a jogo se tiverem um plano estruturado e bem desenhado para abraçar a internacionalização.
Eduardo Malhão acrescenta, por outro lado, que é preciso, também, que as empresas se profissionalizem mais e "não sobrecarreguem empresários que têm perfil de faz-tudo. É preciso que a profissionalização entre pelas portas das nossas empresas".