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PSD Beja aponta "três pilares" e pede "estratégia integrada"

Sines, aeroporto e Alqueva são os três pilares estratégicos para desenvolver quer o concelho, quer o distrito de Beja, defende José Pinela Fernandes, líder concelhio do PSD.

31 de Janeiro de 2017 às 09:30
Sara Matos
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É no triângulo Sines/aeroporto/Alqueva que o futuro de Beja se joga, assegura José Pinela Fernandes, presidente da concelhia local do PSD. "Estes são os três pilares do desenvolvimento. Existindo uma estratégia integrada, são os factores potenciadores que ajudarão a desenvolver a região",  afirma, retomando  uma ideia desde há muito defendida, mas que teima em marcar passo.

Se o perímetro de rega do Alqueva se estende hoje a quase todo o concelho e permite que prospere a agro-indústria ligada ao olival e à vinha, já o aeroporto de Beja continua sem oferecer as potencialidades esperadas. Faltam boas ligações por estrada entre a cidade e Sines, para aí fazer chegar os produtos que o concelho pode exportar. A construção do IP8 está parada desde o tempo da troika, por falta de verbas.

"As autarquias têm que ter capacidade para pressionar o poder central [a adoptar] políticas de desenvolvimento do interior." José Pinela Fernandes, Presidente da secção política de Beja do PSD

Pinela Fernandes aponta o dedo ao poder central, quando lembra que "há uma completa ausência de verbas no Orçamento do Estado de 2017 para a conclusão do IP8", mas também entende que "a autarquia deveria ter capacidade para fazer alguma pressão no sentido de que fossem canalizadas mais verbas para o concelho".

Ao nível do poder local, outra das críticas que faz prende-se com os valores fixados para as taxas municipais, que em sua opinião tornam o concelho menos atractivo para pessoas e empresas.

Quanto às empresas, estas "estão esquecidas", diz o dirigente partidário. "Não há apoio ao nível da cedência de terrenos e, além disso, exceptuando as PME com volume de negócios até 150 mil euros, que estão isentas de pagar derrama, pratica-se a taxa máxima de 1,5% sobre o lucro das empresas. Esta taxa deveria baixar", frisa.

Com uma população envelhecida, o concelho precisa de fixar os mais jovens, mas Pinela Fernandes considera que nem tudo é feito nesse sentido. "Temos uma das taxas de IMI mais elevadas do distrito (0,36%), quando na maior parte dos restantes concelhos da região se pratica a taxa mínima (0,3%)", lamenta o dirigente partidário.

Apesar das críticas, acredita que as oportunidades estão no terreno. Mas entende que é preciso um unir de esforços entre os diferentes municípios alentejanos, nomeadamente entre Beja e Évora. "As autarquias têm que ter capacidade para, no bom sentido, pressionar o poder central, de modo a que sejam desenvolvidas políticas de desenvolvimento do interior", defende Pinela Fernandes.

perfil

Político, advogado e benfiquista

É desde 2014 presidente da Comissão Política da Concelhia de Beja do PSD. Natural daquela cidade, José Pinela Fernandes é advogado de profissão, tendo feito a sua licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nos últimos três anos, entre 2014 e 2016, foi o presidente da Delegação de Beja da Ordem dos Advogados. No campo clubístico, é um benfiquista assumido. Tem aliás no seu currículo o cargo de presidente da assembleia-geral da Casa do Benfica de Beja. 

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