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O olhar para o exterior por parte das empresas portuguesas é uma oportunidade para o Santander, que está presente em várias geografias no mundo. "Pode ajudar a fazer a ponte com essas economias externas, pois o banco tem em cada país um international desk, que é um centro que faz as ligações. Qualquer empresa portuguesa que se queira internacionalizar para um país, pode recorrer ao Santander para obter informações sobre as tarifas, a fiscalidade, o negócio, a concorrência e, quando chega a esse país, o empresário já não é um estranho, porque o Santander nesse país já sabe quem, já tem o enquadramento e faz todo o acompanhamento", sublinha Ilda Costa, diretora comercial de empresas do Santander Leiria.
Além dos especialistas do desk internacional, em Leiria podem ter o apoio de cinco gestores dedicados e, além dos balcões que fazem o acompanhamento das empresas com faturações abaixo dos 3 milhões de euros. O banco tem um conjunto de linhas de apoio ao negócio internacional, com todos os instrumentos de crédito e de transacionalidade, "em que ajudamos os clientes nestes produtos mais específicos", salienta Ilda Costa.
Trade e formação
O banco tem um portal Trade, e, qualquer empresa cliente do Santander, com o seu código pautal, pode fazer uma pesquisa mundial ou num mercado e saber quem são os seus concorrentes, que feiras existem. Neste portal existe um clube Santander onde estão inscritos os clientes do banco, que, em princípio, são empresas de bom risco e com quem podem estabelecer contactos comerciais e outros. "Pelo feedback que temos, tem ajudado muito as empresas na sua internacionalização. O maior utilizador em Portugal do portal Trade é uma empresa da Marinha Grande, que tem uma pessoa dedicada a tempo inteiro a fazer pesquisas no portal para oportunidades de negócio", disse Ilda Costa.
"Há tendência de ver o banco como um financiador, mas tem outros serviços", afirmou Ilda Costa. O banco também tem uma oferta não financeira ao nível da formação, com formação online e presencial. A empresa pode ter um estagiário durante três meses, escolhido pela empresa sem qualquer custo. "É uma ajuda para a aproximação entre as universidades e as empresas e para o primeiro emprego", concluiu a diretora comercial de empresas do Santander Leiria.
Pedro Castro e Almeida falou da cultura da formiga no Santander, que em "tempos de euforia se resguarda para se preparar para os tempos mais difíceis, pois, como outros setores, o negócio financeiro é cíclico". Com esta estratégia o Santander passou, em termos de produção de crédito, de uma quota de mercado em 2007 de 5% para 20 a 25% os últimos anos. "O banco tem uma postura de mercado mais de médio e longo prazo, o que nos permitiu chegar a uma posição de sermos hoje em dia o maior banco privado em termos de crédito e de rentabilidade", concluiu Pedro Castro e Almeida.
Conversa à solta em Leiria
As "Conversas Soltas", tendo como tema Leiria em Perspetiva, decorreram na Box Santander Advance, a 20 de Março em Leiria, no âmbito da iniciativa Mais Próximo das Regiões. Participaram na conversa Ana Sargento, vice-presidente do Instituto Politécnico de Leiria, António Poças, presidente do NERLEI, Luís Febra, presidente da Socem, Pedro Machado, presidente da Direção-geral Turismo Centro, Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria e Ilda Costa, diretora comercial de empresas em Leiria, tendo contado com a moderação da jornalista Andreia Vale.
Instituto Politécnico de Leiria com pleno emprego
Em junho de 2018 os dados apontavam para uma taxa de empregabilidade de 94,6%, que em alguns cursos como informática, engenharia industrial, engenharia mecânica, educação básica atingia os 100%. Ligeiramente abaixo de 90% está a licenciatura de comunicação e media.
O Instituto Politécnico de Leiria oferece nas suas cinco escolas distribuídas por Leiria, Caldas da Rainha e Peniche, 49 licenciaturas e 72 cursos de pós-licenciatura que envolvem mestrados, pós-graduações e os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), tendo cerca de 12 mil alunos.
Observou que as licenciaturas e os mestrados estão consolidados, e as actualizações tem sido feitas tanto nos CTeSP, "que são mais novos e portanto temos feito mais ofertas todos os anos", e, sobretudo, "na formação para executivos, pós-graduações em que tentamos corresponder às necessidades das empresas, com um tipo de oferta mais flexível e atualizável". No entanto, que está na forja uma nova licenciatura, Inovação e Empreendedorismo Social, que vai funcionar em torno de projectos e não de disciplinas.
Hoje os alunos estrangeiros representam mais de 10% da população estudantil do IPL, já contam com 70 nacionalidades, e é uma aposta fundamental por causa dos factores demográficos. "Estamos todos os anos a pesquisar novos mercados. Temos também em conta a qualidade, não nos interessa só ter estudantes em número", referiu Ana Sargento, que adiantou que " depois há o fator de retenção, de modo a que fiquem na região. Esse é um outro aspeto".
Ana Sargento deu exemplos da forte ligação entre a escola, os alunos e as empresas da região e acompanha ao longo da sua formação. O contacto com as empresas faz-se com os estágios de Verão, que nos estágios finais integrados das licenciaturas, CTeSP e mestrados. Em média por ano realizam-se mais de 3 mil estágios.