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"A promoção tem de ser feita continuamente, e tem sido numa parceria com a Câmara Municipal de Leiria, mas também com os agentes económicos como o NERLEI, entre outros que contam nesta constelação que é o turismo, como dizia o professor Ernâni Lopes", referiu Pedro Machado, presidente da Direção-Geral Turismo Centro.
Em janeiro de 2019, Portugal cresce a 4%, a região Centro a 7%. "Quer dizer que temos produto e Leiria tem património, cultura, praia, tem um conjunto diversificado do que nós consideramos serem recursos, que nos ajudam a promover e a criar produto turístico, tem uma geografia extraordinária do ponto de vista do seu posicionamento", explicou Pedro Machado.
O pivô do crescimento é, segundo Raul Castro, o turismo religioso, com Fátima, o turismo judaico, e o caminho de Santiago, a que se juntam "vários segmentos de turismo como o turismo das ondas, do património classificado pela Unesco como Alcobaça, Batalha, Convento de Cristo em Tomar e a Universidade de Coimbra, os castelos, o Museu da Indústria vai ser uma realidade em Leiria, etc.". O autarca considera que "temos desenvolvido obra pública virada para o turismo e temos ainda alguma falta de resposta em termos de hotelaria".
A Direção-geral Turismo Centro lançou um observatório de turismo com o Instituto Politécnico de Leiria "para medir e perceber quem nos visita, quais são as motivações, as expectativas e como é que gere este crescimento", revelou Pedro Machado.
O aeroporto de Monte Real
Uma das reivindicações da região de Leiria é a utilização civil da base aérea de Monte Real. "Se alguém tivesse dúvidas técnicas, a vinda do Papa resolveu esse problema", afirmou Raul Castro. "Se isto se concretizar vão aumentar os visitantes, os hotéis". Como disse Pedro Machado, "95% do fluxo turístico de Portugal é por avião", salientando que a Ryanair lançou em Fátima a nova rota Lurdes-Lisboa. "O que quer dizer que há um ativo fortíssimo no sentido da capacitação para gerar uma infra-estrutura aeroportuária rentável na nossa região e que seria Monte Real", acrescentou. Recordou ainda um estudo da Roland Berger, apresentado em Leiria há cerca de um ano, em que se dizia que a cadência de 600 a 700 mil passageiros/ano, com um investimento de 30 milhões de euros, seria possível colocar de pé esta infra-estrutura.