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"É elementar olhar para as taxas de juro dos depósitos e por duas razões. Este período de transição é importante, mas é evidente que, na medida em que os mercados assim o indicarem, teremos de começar a pagar juros pelos depósitos, era a situação normal antes das taxas de juro negativas. Por isso, não faz sentido nenhum pagar depósitos quando os bancos estavam com taxas de transformação em crédito muito abaixo dos 100%", explica José João Guilherme, administrador executivo da Caixa Geral de Depósitos durante o 5.º Grande Encontro Banca do Futuro, organizado pelo Jornal de Negócios.
Adianta ainda que "é possível que o pagamento de juros dos depósitos possa acelerar em função, em primeiro lugar, da evolução da taxa de inflação, e, em segundo lugar, do que é que os mercados nos dizem, porque estes são determinantes".
João Pedro Oliveira e Costa, presidente da Comissão Executiva do BPI, faz referência à concorrência que marca o setor bancário. "No mercado, há oportunidade para os clientes escolheram entre risco e rentabilidade, e as opções são várias, desde os depósitos a outros tipos de produtos e em vários mercados".
Explica que faz parte da oferta de um banco a captação de depósitos, o financiamento da sua carteira, para depois dar crédito e guardar o património dos clientes. "É feito com determinados critérios de prudência que têm a ver com as condições de mercado, com os custos de funcionamento e que serão refletidos no momento certo", conclui João Pedro Oliveira e Costa.
Juros são estratégia do banco
Na mesma linha Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, defende que o banco tem uma política de captação de recursos, que são importantes para o banco, e a oferta de diversos produtos entre os quais os depósitos. "Temos os preços nos depósitos que consideramos adequados à estratégia do banco. No BCP estamos a refletir, de acordo com a nossa estratégia, e faremos a política comercial que acharmos correta em relação aos depósitos e aos créditos".
"O que está a acontecer é apenas um ajuste natural e não estamos em um ambiente de juros altos. O que estamos a ver, pela primeira vez em 10, ou 15 anos, é o retorno a um nível normal de juros", disse Mark Bourke, presidente da Comissão Executiva do Novo Banco. "Até 2008 e ao Lehman Brothers, os bancos pagaram em depósitos 80 a 90% de Euribor, depois pagaram acima da Euribor até 2012 e 2013, e nos últimos dez anos, em que as taxas ficaram negativas em meio por cento, estivemos a pagar acima da Euribor. Enquanto noutros países europeus cobravam meio por cento a 1 por cento, em Portugal estava a zero quando estávamos a pagar taxas negativas. Pagamos Euribor durante quase 20 anos", resume Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
Salientou ainda que hoje as necessidades de recursos são diferentes. Antes da crise financeira, os bancos portugueses estavam muito alavancados com um rácio de crédito/depósitos na casa média dos 160%, e hoje em dia o rácio de crédito/depósitos é de 80%.
O CEO do Santander afirmou que o custo de financiamento dos bancos também aumentou. "Em julho passado, por uma obrigação sénior pagávamos 70 pontos-base, agora está entre 180 e 200 pontos-base, uma lower Tier 2 passou de 120 para 500 pontos-base, e numa Tier 1 pagávamos até 5%, pagamos 10%", concluiu Pedro Castro e Almeida.
Adianta ainda que "é possível que o pagamento de juros dos depósitos possa acelerar em função, em primeiro lugar, da evolução da taxa de inflação, e, em segundo lugar, do que é que os mercados nos dizem, porque estes são determinantes".
João Pedro Oliveira e Costa, presidente da Comissão Executiva do BPI, faz referência à concorrência que marca o setor bancário. "No mercado, há oportunidade para os clientes escolheram entre risco e rentabilidade, e as opções são várias, desde os depósitos a outros tipos de produtos e em vários mercados".
Explica que faz parte da oferta de um banco a captação de depósitos, o financiamento da sua carteira, para depois dar crédito e guardar o património dos clientes. "É feito com determinados critérios de prudência que têm a ver com as condições de mercado, com os custos de funcionamento e que serão refletidos no momento certo", conclui João Pedro Oliveira e Costa.
Juros são estratégia do banco
Na mesma linha Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, defende que o banco tem uma política de captação de recursos, que são importantes para o banco, e a oferta de diversos produtos entre os quais os depósitos. "Temos os preços nos depósitos que consideramos adequados à estratégia do banco. No BCP estamos a refletir, de acordo com a nossa estratégia, e faremos a política comercial que acharmos correta em relação aos depósitos e aos créditos".
"O que está a acontecer é apenas um ajuste natural e não estamos em um ambiente de juros altos. O que estamos a ver, pela primeira vez em 10, ou 15 anos, é o retorno a um nível normal de juros", disse Mark Bourke, presidente da Comissão Executiva do Novo Banco. "Até 2008 e ao Lehman Brothers, os bancos pagaram em depósitos 80 a 90% de Euribor, depois pagaram acima da Euribor até 2012 e 2013, e nos últimos dez anos, em que as taxas ficaram negativas em meio por cento, estivemos a pagar acima da Euribor. Enquanto noutros países europeus cobravam meio por cento a 1 por cento, em Portugal estava a zero quando estávamos a pagar taxas negativas. Pagamos Euribor durante quase 20 anos", resume Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal.
Salientou ainda que hoje as necessidades de recursos são diferentes. Antes da crise financeira, os bancos portugueses estavam muito alavancados com um rácio de crédito/depósitos na casa média dos 160%, e hoje em dia o rácio de crédito/depósitos é de 80%.
O CEO do Santander afirmou que o custo de financiamento dos bancos também aumentou. "Em julho passado, por uma obrigação sénior pagávamos 70 pontos-base, agora está entre 180 e 200 pontos-base, uma lower Tier 2 passou de 120 para 500 pontos-base, e numa Tier 1 pagávamos até 5%, pagamos 10%", concluiu Pedro Castro e Almeida.