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Online vale dois para um

O recurso às plataformas digitais é cada vez mais a opção de quem investe. Menores custos e facilidade de acesso levam a que quase dois terços das ordens dos investidores sejam já dadas pela internet.

27 de Setembro de 2016 às 11:25
As plataformas online, incluindo as "apps" móveis das corretoras, são o futuro. Quem o diz é o analista financeiro André Gouveia, da DECO PROTESTE. Com base em dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, pode-se verificar que, em 2015, o peso das ordens dadas pela internet aproximava-se dos dois terços. Quando cinco anos antes, estava apenas próximo da metade.

A avaliação deste crescimento foi feita recentemente pela revista PROTESTE INVESTE, da associação de defesa do consumidor, DECO. Em síntese, os canais online "permitem melhor eficiência em termos de custos e acesso a mais informação sobre o mercado", como resume André Gouveia.

Poupança

O estudo levado a cabo pela DECO comparou 41 preçários praticados por 17 bancos e sociedades de corretagem. Todos eram intermediários financeiros autorizados em Portugal. Avaliando os custos das comissões na internet, telefone e balcão, concluiu-se que o online permitia a um investidor, poupanças entre os 53% e os 71%, consoante tivesse um perfil mais, ou menos, activo.
cotacao Os canais online permitem melhor eficiência em termos de custos e acesso a mais informação sobre o mercado. André Gouveia analista financeiro da DECO PROTESTE 
Contas feitas, os custos para um investidor podem ser algumas centenas de euros anuais menores do que recorrendo aos canais tradicionais. E o acesso a corretoras estrangeiras, reguladas noutros países da União Europeia, mas que oferecem os seus serviços em Portugal, também poderá ser atractivo.

Para os cibernautas, a DECO criou mesmo um simulador de custos (https://www.deco.proteste.pt/investe/interactive/TransactionCosts/). O online surge assim e desde já como o presente no dia-a-dia de quem investe. "Recomendamos vivamente o seu uso, desde que se respeitem as devidas precauções de segurança", assume o analista, André Gouveia.

Cautelas

Representando a maior associação de defesa do consumidor, a DECO, André Gouveia é claro ao elencar os cuidados a ter com o uso da internet pelos investidores.

A começar, por confirmar "que está a usar um dispositivo seguro, com 'firewall' e antivírus, para aceder à plataforma online", estando "atento a tentativas de 'phishing', mensagens falsificadas que visam obter credenciais de acesso".

O analista salienta depois ser fundamental confirmar idoneidade da corretora escolhida, "se não foi alvo de nenhum alerta e está autorizada a operar em Portugal".

Por último, convém também avaliar os "sistemas de segurança usados na plataforma online". Se a mesma obriga a seleccionar uma password forte, misturando letras, números e símbolos, com extensão mínima", se tem vários níveis de palavra-chave, "diferentes para dar ordens e transferir capital", e "se permite montar autenticação de dois factores". Isto é, se "pelo menos para operações sensíveis", envia ao utilizador "alertas por SMS ou e-mail".


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