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Um brinde ao Medronho Bottle

Vencedor da menção honrosa “Jovem Empresário Rural”, no valor de 2.500 euros, este projeto faz nascer uma bebida suave e de baixo teor alcoólico, com características distintivas, que não existe no mercado.

11 de Março de 2022 às 14:37
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O medronho é um produto autóctone, bastante apreciado e com imenso potencial, pelo que o projeto Medronho Bottle surge como estratégia de valorização do fruto, objetivando a criação e comercialização de um produto sustentável de valor acrescentado, abrindo assim mais uma alternativa na transformação do medronho para além da famosa aguardente. O resultado é uma bebida suave e inovadora, com características ímpares. Para Ludovic Gago, um dos promotores do projeto, esta menção honrosa representa um leque de oportunidades, que permitirá dar a conhecer o projeto em si, ganhar visibilidade, ter o apoio do Crédito Agrícola na disponibilização de eventual financiamento, publicidade e ainda o reconhecimento importantíssimo do trabalho que se está a desenvolver, motivando todos os intervenientes a continuar a dar o seu melhor. "Podemos dizer que é um sinal, ou um tipo de ‘avaliação’ de como o projeto está a correr e esperamos superar todas as expectativas dos consumidores, criando um produto final de excelência", acrescenta este promotor.

Afinar o produto final

O projeto tem o apoio do CRIA (Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia) da Universidade do Algarve, e do Instituto Superior de Engenharia, nomeadamente o departamento de Engenharia Alimentar da Universidade do Algarve, onde a bebida está a ser desenvolvida. "Neste momento, estamos a efetuar pequenos ajustes finais, sendo que logo de seguida passaremos a definir tempo/temperatura de pasteurização, assim como testes sensoriais e tempo de prateleira", refere Andréa Revez, outro dos elementos do grupo de investigadores. Logo que a formulação esteja totalmente afinada e os testes de sensibilidade realizados, este responsável explica que o passo seguinte será elaborar um projeto para a produção da bebida com alguma dimensão, nomeadamente uma destilaria, uma linha de engarrafamento automática, misturadoras, encapsuladoras e todo o equipamento de embalamento.

Na rota dos canais de venda

Sem contabilizar com a plantação inicial dos medronheiros em 2014, que é a matéria-prima principal utilizada nesta bebida, entre protótipos, trabalho de desenvolvimento laboratorial, materiais associados, registo de marca, etc., o projeto já absorveu um investimento na ordem dos 40 mil euros. Ainda que não estejam ativamente à procura de mais financiamento, Ludovic Gago admite recorrer a uma linha de financiamento do Crédito Agrícola, se for necessário, após o projeto obter aprovação através de uma medida do Portugal 2020. De acordo com este responsável o produto estará à venda durante este ano de 2022, o mais tardar na primavera de 2023. "A melhor forma é encontrar canais de venda que ‘garantam’ um escoamento com algum fluxo", acrescenta o promotor.
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