Apesar da sua tradição, o setor da pastelaria está associado a produtos calóricos e com impacto negativo na saúde, como aliás ficou patente com a proibição de produtos de pastelaria nas escolas portuguesas imposta em 2021. Neste sentido, surgiu aqui uma oportunidade de criar opções menos calóricas e funcionais para um setor de mercado crescente e inexplorado. É isso mesmo que o projeto InovPastel traz de inovador.
"Os produtos são desenvolvidos a pensar nos consumidores que seguem um estilo de vida saudável ou sofrem de uma condição médica, como por exemplo diabetes ou obesidade", explica Cláudia Amorim, investigadora no Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho e responsável do InovPastel.
O setor da pastelaria beneficiará de opções de pastelaria tradicional funcionais, mantendo o seu sabor original, através da redução do teor de açúcar e gordura, e incorporação de ingredientes menos calóricos e mais saudáveis, tais como fibras dietéticas, obtidas a partir de resíduos agroindustriais (ex.: carolo do milho, dreche de cerveja, soro de queijo) através de um bioprocesso inovador e eficiente, cumprindo com o conceito de economia circular.
Ganhar os cinco mil euros do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, na categoria "Biotecnologia e Bioeconomia", é para Cláudia Amorim o reconhecimento do trabalho da sua equipa, e sobretudo "uma oportunidade de criar uma plataforma de comunicação com potenciais clientes ou interessados, e também de ampliarmos o leque dos nossos produtos para impulsionarmos um setor que precisa de inovação para ?atender às atuais necessidades do mercado".
"Os produtos são desenvolvidos a pensar nos consumidores que seguem um estilo de vida saudável ou sofrem de uma condição médica, como por exemplo diabetes ou obesidade", explica Cláudia Amorim, investigadora no Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho e responsável do InovPastel.
Investigação em desenvolvimento
O projeto, desenvolvido pelo Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho (CEB-UM) e Departamento de Engenharia Química da Universidade de Santiago de Compostela (USC), encontra-se na fase de desenvolvimento de produtos, avaliação do consumidor e prototipagem. "Prevemos terminar o desenvolvimento de mais três produtos, além do bolo de arroz, patentear as formulações destes e, posteriormente, licenciá-las a clientes relevantes da área alimentar que tenham interesse em incluir pastelaria saudável na sua oferta e que possuam os mecanismos adequados para levar o produto até ao consumidor", explica Cláudia Amorim.Ganhar os cinco mil euros do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, na categoria "Biotecnologia e Bioeconomia", é para Cláudia Amorim o reconhecimento do trabalho da sua equipa, e sobretudo "uma oportunidade de criar uma plataforma de comunicação com potenciais clientes ou interessados, e também de ampliarmos o leque dos nossos produtos para impulsionarmos um setor que precisa de inovação para ?atender às atuais necessidades do mercado".