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Tecnologia blockchain ao serviço da agricultura

A rastreabilidade das amêndoas Veracruz passou a ser efetuada de forma 100% automatizada e em tempo real através das etiquetas QR Code.

11 de Março de 2022 às 14:37
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O projeto Amêndoas com Identidade tem na sua base um sistema de blockchain que irá permitir a todos os intervenientes da cadeia alimentar – produção, indústria, distribuição e consumidores – acompanharem o trajeto das amêndoas Veracruz de forma 100% segura, automatizada e em tempo real, através da leitura de um QR Code.

Este código permitirá conhecer todos os processos realizados nesta vasta cadeia de produção e dar informações sobre, por exemplo, as variedades da amêndoa, as certificações, a sua origem, entre outras. É um sistema digital, acessível, inviolável e automático, que promove a transparência na produção agrícola.

De acordo com Alexandre Souza, diretor da Veratech, no total, estão previstas sete fases de desenvolvimento. "Neste momento estamos na primeira fase, que se foca no rastreio das atividades agrícolas: utilização de maquinaria, recursos humanos, rega, fertirrega, poda, pulverizações, medições, correções de solo, análises bioquímicas, colheitas, entre outros", explica o responsável.

Inovação em parceria

Para Alexandre Souza, o prémio "Inovação em parceria", no valor de cinco mil euros, é um "enorme motivo de orgulho". "Somos pioneiros e queremos incentivar as outras empresas do setor agrícola a abraçar esta iniciativa, cujo objetivo é tornar mais transparente a cadeia de produção – no caso da Veracruz, a produção de amêndoa – para que o cliente final não tenha dúvidas sobre o que está a consumir", justifica o responsável.

Conscientes de que a união faz a força também na inovação, estão envolvidas neste projeto três entidades parceiras: a Veratech, a Arabyka e a Tangle, tendo até ao momento sido investidos 50 mil euros. "Mais do que investimento financeiro, o que procuramos são parcerias para disseminar este tipo de tecnologias junto do setor agrícola", revela o investigador.

Nesse sentido, existe já uma parceria com o município do Fundão para a criação de um projeto colaborativo que permita levar o blockchain a mais produtores da região. Foi também assinado um protocolo no âmbito da implementação e desenvolvimento do Centro de IoT Agrotech, uma estrutura de apoio e promoção da inovação e empreendedorismo promovida pelo município do Fundão, que tem como objetivo alavancar a integração de soluções de IoT na economia, sobretudo nas atividades de base rural.

Escalar diretamente no terreno

Comprometido com a escala que este projeto poderá alcançar, Alexandre Souza admite que existe a meta de partilhar o conhecimento e as boas práticas com outros produtores da fileira, já que na sua opinião "sem produção de conhecimento não há evolução". O projeto não exige testes e a tecnologia já está a ser aplicada no campo, seguindo a primeira fase de desenvolvimento.

O blockchain é um banco de dados e funciona como uma espécie de livro de registos. Contém todas as transações processadas no sistema e é uma cadeia de blocos, ou seja, um conjunto de informações ligadas entre si que não pode ser apagado ou alterado. Cada novo registo é um novo processo. "Na próxima fase de desenvolvimento vamos dar início à rastreabilidade da colheita e ao controlo do embalamento na fábrica de descasque e transformação", avança o diretor da Veratech.
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