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Transformar Portugal num grande hub empresarial

É fundamental equilibrar o peso da União Europeia, que representa cerca de 75% das exportações portuguesas, com outros mercados. “O ideal seria 50%-50%”, afirmou Jorge Rocha de Matos, presidente da Fundação AIP.

06 de Dezembro de 2019 às 09:51
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No Portugal Exportador deste ano, a presença de expositores, os cafés temáticos, e os vários seminários foram de uma "grande riqueza em termos informativos para os empresários e gestores porque o objetivo do Portugal Exportador é criar condições para que os pequenos e médios empresários possam cada vez mais desenvolver as suas exportações", disse Jorge Rocha de Matos, ainda o evento fervilhava de pessoas.

O presidente da Fundação AIP, que juntamente com o Novo Banco e a AICEP organizam o Portugal Exportador desde 2005, quando as exportações se abeiravam dos 27% do PIB, e hoje estão nos 44%, e com um PIB superior, diz que, "sendo a integração nas exportações muito importante, tanto em produto, mão de obra e tecnologia, quanto mais empresas portuguesas tivermos vocacionadas para a internacionalização e para as exportações, melhor".

Sublinha que os pequenos e médios empresários têm um grande "contributo para o valor acrescentado muito elevado, o que significa que são fortes criadores de postos de trabalho".

Jorge Rocha de Matos referiu-se ainda aos vários desafios que as empresas e a economia portuguesa têm pela frente.

"Hoje estamos quase em pleno emprego, mas temos um desafio para vencer que é criar condições para atrair mão de obra qualificada, que cada vez é maior, mas tem de aumentar", disse. Além disso, "temos um problema que é a carência de capitais, por isso temos de criar instrumentos para atrair parceiros investidores que com o seu capital possam ajudar a alavancar todo este projeto. Nesse processo de atração privilegiamos os países asiáticos".


Em relação à diversificação de mercados, é fundamental equilibrar o peso da União Europeia, que representa cerca de 75% das exportações portuguesas de produtos e serviços, com outros mercados. "O ideal seria 50%-50%", afirmou Rocha de Matos. Adiantou que "o grande desafio é transformar o país num grande hub empresarial no centro do Atlântico, com uma capacidade de entrar em espaços das Américas e de África". Referiu ainda as potencialidades geoeconómicas dos PALOP.

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