O tecido empresarial de Portugal é composto na sua quase totalidade por pequenas e médias empresas, as PME. Segundo dados da PORDATA relativos a 2017, 99,9% do total de empresas são, precisamente, PME. Por estes valores se percebe a sua importância na economia portuguesa, nas exportações, no emprego. Neste trabalho, faz-se um balanço das PME nacionais, projeta-se o futuro e dá-se a conhecer algumas destas pequenas e médias empresas.
AS PME nacionais estão mais fortes, evoluídas e preparadas para fazer negócio com o exterior. O IAPMEI, pela voz do seu presidente, Nuno Mangas, confirma esta realidade, garantindo que as PME trabalham cada vez mais com instituições de ensino superior e outros centros de saber em processos produtivos e de marketing, estando igualmente mais orientadas para os mercados externos. O responsável aponta ainda que há cada vez mais empresas envolvidas em projetos de transformação digital, o que resulta na melhoria dos seus processos produtivos.
Os fundos provindos da Europa também são um auxílio fundamental para as PME lusas. Naturalmente, existe trabalho a fazer e há muito que melhorar, como é igualmente relembrado neste especial por quem está no terreno e lida dia a dia com a nossa realidade empresarial. Porém, o balanço é, na generalidade, positivo e se se tivesse de adjetivar as PME portuguesas seria com a palavra corajosas.
Mercado de trabalho
Os estudos feitos indicam que o mercado de trabalho em Portugal vai continuar com vitalidade e manter-se dinâmico nestes meses. O estudo da ManpowerGroup Employment Outlook Survey relativo ao segundo trimestre deste ano projeta uma perspetiva de emprego líquido de +13% para Portugal, com 16% dos empregadores a pretenderem aumentar o número de colaboradores. As grandes empresas são as que indicam as mais fortes intenções de contratação. Todavia, nas outras categorias, as contratações devem manter-se estáveis por parte das pequenas e médias empresas, com perspetivas de +15% e +13%, respetivamente. Já as microempresas revelavam uma perspetiva mais cautelosa de apenas +2%.
Futuro
As PME nacionais têm parceiros importantes, os quais têm à disposição instrumentos de auxílio, distribuem prémios, levam a cabo iniciativas, fazem ações de formação e muito mais. O IAPMEI é o incontornável aliado das PME portuguesas e projeta sempre o seu futuro para beneficiar as mesmas. Nesse sentido, no imediato, está fortemente empenhado em incrementar a sua capacidade de resposta às atividades que desenvolve.
Nuno Mangas, presidente do IAPMEI, especifica exatamente o que este instituto vai fazer. Em termos globais, destaca o "estímulo ao empreendedorismo qualificado e inovador", suportado em conhecimento, dinamizando o ecossistema e o apoio a novos projetos empresariais. "Em segundo lugar, apoiar o aumento e a consolidação da dimensão crítica das empresas nacionais, promovendo iniciativas orientadas para o investimento, para o financiamento e para as estratégias de eficiência coletiva."
Em terceiro lugar, o IAPMEI pretende contribuir para a "capacitação das empresas, os seus RH e as suas lideranças, oferecendo formação orientada para a capacitação e para o reforço de competências, em temas relevantes e emergentes para a inovação e para a competitividade empresarial". "Por último, atuar em proximidade reduzindo custos de contexto contribuindo para melhorar o desempenho competitivo das empresas."
Outro exemplo – entre vários que estão expostos neste trabalho – que contribui para o desenvolvimento das PME, dando-lhes visibilidade através de distinções, é a COTEC, com o seu Prémio PME Inovação COTEC-BPI. "O prémio visa dar visibilidade e notoriedade alargada a práticas, e reconhecer o mérito, esforço e competência da liderança e equipas de gestão das pequenas e médias empresas. Assim, contribui-se para distinguir o compromisso da liderança com uma cultura de inovação empresarial", explica Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal.