O mercado de trabalho em Portugal vai manter-se dinâmico este segundo trimestre de 2019, com 16% dos empregadores a pretenderem aumentar o número de colaboradores. As intenções de contratação são 4% mais fortes quando comparadas com o trimestre anterior, o que abre boas perspetivas para candidatos ativamente no mercado de trabalho. Estes resultados fazem parte do ManpowerGroup Employment Outlook Survey relativo ao segundo trimestre deste ano e que projeta uma perspetiva de emprego líquido de +13% para Portugal. O estudo trimestral da ManpowerGroup recolhe as intenções de contratação de 60 mil empregadores em 44 países.
Nas cinco regiões analisadas no estudo, os empregadores pretendem aumentar as contratações durante o período de abril a junho. O mercado de trabalho vai estar mais dinâmico na região sul. Estão também previstas melhorias significativas para o centro do país, enquanto os empregadores na Grande Lisboa revelam uma perspetiva positiva de +12%. As perspetivas positivas estendem-se também ao Grande Porto e ao resto do Norte.
Durante o segundo trimestre do ano, antevê-se que o setor de transporte, logística e comunicações seja o que mais vai aumentar o número de trabalhadores, revelando uma projeção de criação líquida de emprego de +22%. Também os setores de finanças, seguros, imóveis e serviços (+19%) e restauração e hotelaria (+16%) vão recrutar novos colaboradores. Ainda que estes sejam os números mais significativos, também o setor de eletricidade, gás e água e o setor público vão estar bastante ativos. Já o abrandamento do mercado imobiliário deste ano faz com que o setor da construção seja o mais afetado, ainda que a perspetiva seja positiva.
Contratações estáveis nas PME
Quando comparadas por dimensão, todas as quatro categorias pretendem aumentar o número de contratações durante o próximo trimestre. As grandes empresas são as que indicam as mais fortes intenções de contratação, com uma perspetiva de criação líquida de emprego de +35%. Nas outras categorias, as contratações devem manter-se estáveis por parte das pequenas e médias empresas, com perspetivas de +15% e +13%, respetivamente, enquanto as microempresas revelavam uma perspetiva mais cautelosa de apenas +2%.