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Portugueses são os que mais acreditam na mobilidade elétrica

Conclusão dos dados de um estudo deste ano.

22 de Fevereiro de 2019 às 15:47
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A percentagem não engana! Segundo o Observador Cetelem 2019, Portugal é o país da Europa Ocidental que mais acredita no futuro do veículo elétrico (VE). O estudo "O Mistério do Veículo Elétrico" demonstra que 94% dos portugueses inquiridos no trabalho reconhecem o VE como fortemente ecológico. E também 94% dos portugueses concordam que a utilização massiva de veículos elétricos nas zonas urbanas densas permitirá reduzir significativamente a poluição.

 

Todavia, os portugueses consideram que estes veículos são muito caros, pelo que estão entre os que mais pedem apoios estatais.

 

Continuando na realidade portuguesa, o Observador Cetelem 2019 indica que 31% dos portugueses inquiridos demonstram a intenção de comprar um VE nos próximos 12 meses. A média mundial é de 27%. Já nos próximos cinco anos a percentagem de portugueses que têm a intenção de comprar este tipo de veículo sobe para 45%. A média mundial é de 43%.

 

Os principais motivos que os portugueses encontram para não adquirirem um VE são, por esta ordem: é muito caro; a autonomia não é suficiente; demora muito tempo a carregar. Quanto aos elogios e o que dizem os consumidores nacionais de um VE: é ecológico; é silencioso; e é moderno, é o futuro.

 

Este estudo anual sobre o setor automóvel que foi feito à escala mundial, envolvendo 16 países, revela que muito se evoluiu entre a edição de 2012 e a atual, de 2019. As tecnologias, as infraestruturas e o enquadramento regulamentar do VE progrediram, assim como as perceções e as intenções das famílias. Mas o preço de compra e a autonomia permanecem como os principais entraves à adoção de um VE e não apenas em Portugal.

 

Na conclusão do estudo pode igualmente ler-se que, em alguns locais do mundo, as vendas encontram-se numa tendência ascendente, mas para que se generalize é fundamental ter apoios estatais, apoiar o desenvolvimento de infraestruturas de carregamento, implementar frotas de partilha  de automóveis elétricos e inovar e progredir no que diz respeito à tecnologia das baterias.

 

Com todas as condições reunidas, o VE vai levantar voo e irá oferecer as vantagens prometidas em termos de economia e de ecologia. Mas será ilusório, inútil e mesmo perigoso esperar e exigir uma hegemonia total do VE e o desaparecimento dos veículos de combustão. A Noruega, onde estão reunidas as condições económicas, técnicas e sociais há vários anos para maximizar as vendas de VE, demonstra que os veículos de combustão não recarregáveis seduzem ainda um automobilista em cada dois.

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