Promete muito o Audi e-tron quattro. As expetativas da marca alemã para este modelo são elevadas e não é caso para menos. O público está a aderir e a ficar encantado com este carro que já está na história, pois trata-se do primeiro automóvel 100% elétrico da Audi.
A nível internacional, as primeiras impressões acerca do Audi e-tron quattro "têm sido muito boas, com as pré-vendas a atingir a produção de 20.000 unidades previstas para 2019", começa por referir Pedro Sousa, gestor de produto da Audi. Este automóvel combina o espaço e o conforto habituais com construção e acabamentos de elevada qualidade, tornando a mobilidade elétrica numa experiência premium. É um modelo "versátil, multifacetado, ideal para uma utilização diária", prossegue o responsável da Audi, permitindo uma condução "mais descontraída ou mais dinâmica, incursões fora de estrada e rebocar até 1.800 kg". A autonomia e as várias opções de carregamento disponíveis, seja em casa ou na rua, também "ajudam na tomada de decisão".
A produção prevista para 2019 em Portugal deste SUV está "praticamente vendida". Isto apesar de o Audi e-tron quattro ter o lançamento europeu previsto apenas para a semana 12 deste ano.
No que toca aos equipamentos disponíveis, destaca uma novidade na marca: "Os retrovisores exteriores virtuais." Estes reduzem a largura do e-tron em 150 mm e melhoram o coeficiente aerodinâmico de 0,28 para 0,27. Mais: aumentam a segurança devido à visibilidade acrescida com os ecrãs interiores OLED de 7" e ajuste automático do brilho. É também o primeiro modelo da marca com "functions on demand", o que quer dizer que mesmo depois de produzido, "o cliente pode acrescentar equipamentos ao seu Audi e-tron via ‘download’ como o sistema de faróis Matrix LED, sistemas de assistência à condução ou aumentar a potência em 20 kW e a velocidade máxima em 10 km/h".
O e-tron é vendido com bateria que inclui uma garantia de oito anos/160.000 km. A bateria com 95 kWh de capacidade – 417 km em ciclo WLTP – permite carregamento até 150 kW em corrente contínua. O preço é de 83.600 euros.
A Audi e a sociedade
A Audi trabalha em várias frentes para tornar o mundo sustentável. Pedro Sousa dá como exemplo a fábrica em Bruxelas, capital belga, onde se produz o novo e-tron. É que este complexo é a primeira fábrica a nível mundial com o certificado CO2-Neutral entre as marcas premium. "A Audi tem como objetivo tornar todas as suas fábricas neutras em emissões de CO2 até 2030", realça.
O responsável da Audi destaca igualmente a produção de combustíveis sintéticos como o e-gas. "Para produzir este gás, é retirado CO2 do meio ambiente."
Para a melhoria da mobilidade, aponta "os desenvolvimentos na área da inteligência artificial com benefícios diretos na condução autónoma e na criação da 25.ª hora. Ou seja, aproveitar a hora que perdemos diariamente no trânsito para ler, ver um filme, trabalhar, conversar..."
Mais do que um eléctrico
O Audi e-tron quattro é um carro diferente. Pedro Sousa sublinha que "é mais do que apenas um automóvel elétrico", apresentando algumas características que o comprovam.
. Oferece um ecossistema com novos produtos relacionados com o carregamento. Entre eles, o inovador sistema de recuperação de energia. Em 90% das desacelerações, os motores elétricos operam como geradores e convertem a energia cinética em energia elétrica. Este sistema contribui para até 30% do total da autonomia. Dependendo da desaceleração, o sistema de travagem decide se são usados os motores elétricos, os travões eletro-hidráulicos ou ambos. A Audi é o primeiro construtor a aplicar este sistema num modelo elétrico de produção;
. A função boost, com um pico de potência de 300 kW e 664 Nm de binário durante 60 segundos, permite acelerar dos 0-100 km/h em 5,7 segundos e atingir a velocidade máxima limitada de 200 km/h. Este processo pode ser repetido sucessivamente, sem perdas de potência, pela refrigeração interna dos motores eléctricos;
. Através da suspensão pneumática, de série, a carroçaria pode ser elevada até 50 mm para beneficiar a condução fora de estrada ou, diminuída até 26 mm a partir dos 120 km/h para melhorar a resistência aerodinâmica, contribuindo para a autonomia.