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Seguir a área da licenciatura ou nem por isso

Católica Porto Business School, Faculdade de Economia da Universidade do Porto e ISEG explicam em que se deve fazer mestrado ou pós-graduação.

16 de Março de 2018 às 11:19
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Deve fazer-se um mestrado ou uma pós-graduação (PG) na mesma área da licenciatura ou em outra área? E deve escolher-se a mesma instituição na qual se licenciou ou optar por outra? Vamos por partes com uma resposta de cada vez.

Ana Côrte-Real, "associate dean" para a formação executiva, e Francisca Oliveira, "associate dean" para os mestrados da Católica Porto Business School, explicam que "os candidatos que realizam uma pós-graduação, geralmente, têm dois percursos": "Ou optaram por uma formação conferente de grau académico de banda larga e depois escolhem uma PG que lhes permita a especialização numa área específica, como, por exemplo, um licenciado em Gestão que depois pretende aprofundar os conhecimentos na área do marketing e faz uma PG em Marketing; ou optaram por uma licenciatura mais específica e depois pretendem ganhar competências numa área mais generalista – um licenciado em Direito que depois quer adquirir competências na área da gestão."

 

A única situação que remete para que o candidato aposte numa PG na mesma área da licenciatura/mestrado, referem Ana Côrte-Real e Francisca Oliveira, está associada à actualização dos conhecimentos. Ou porque a área do saber está em constante evolução, como é o exemplo do marketing, ou porque o candidato já efectuou a licenciatura/mestrado há algum tempo e quer actualizar competências.

 

O aluno que opta seguir para mestrado tem geralmente três alternativas distintas. A primeira é "fazer um mestrado de banda larga (i.e., não especializado) na mesma área de formação da licenciatura", aprofundando conhecimentos. Os mestrados têm "uma abordagem diferente" do ponto de vista conceptual e tendo em conta o público (mais maduro) a que se dirigem. Os alunos ficam com um nível de conhecimentos que lhes permitirá ingressar no mercado de trabalho a um nível diferente de um recém-licenciado.

 

A segunda é "fazer um mestrado especializado na mesma área de formação da licenciatura". Por exemplo, um licenciado em Gestão que opta por um mestrado em Marketing ou Finanças. Estes alunos já têm definida a área funcional em que querem desenvolver a sua carreira profissional e procuram "vantagem" no momento de apresentação ao mercado de trabalho.

 

E a terceira é "fazer um mestrado diferente da área de formação da licenciatura", para quem tem vontade ou necessidade de ganhar competências de gestão apesar de a formação de base não ser nessa área. Por insatisfação com a formação de base ou pela percepção de que esta nova formação vai trazer vantagem no mercado de trabalho.

 

Sólida formação de base

 

Questionado se se deve fazer um mestrado na mesma área da licenciatura ou em outra área, José Varejão, director da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), responde que "não há receitas únicas". O importante é que os estudantes escolham "o caminho mais adequado às suas expectativas, assegurando sempre uma sólida formação de base sem a qual qualquer mudança de carreira que possa decorrer de alterações no mercado ou nas circunstâncias pessoais será sempre mais difícil".

 

Se assim for, prossegue José Varejão, é legítimo investir no "aprofundamento dos conhecimentos na mesma área da formação de base ou procurar especializações noutras áreas que abram novas portas no mercado de trabalho". "A FEP tem, aliás, cursos de mestrado dirigidos aos dois tipos de estudantes – mestrados de continuidade, para quem quer manter-se nas áreas da economia, gestão ou finanças, e mestrados especializados mais vocacionados para estudantes com formação de base noutras áreas que procurem uma diferenciação em Economia ou Gestão, ou estudantes que procurem uma especialização em subáreas destas."

 

A importância da profundidade

 

José Manuel Veríssimo, associate professor of Marketing & Strategy, Marketing & External Relations advisor to the dean’s office no ISEG, reconhece que as licenciaturas são de três anos e não permitem a especialização. "Mesmo numa licenciatura em Gestão, com temas relacionados como marketing, finanças ou recursos humanos, o aluno nunca vai conseguir a profundidade que gostaria, e terá necessidade, quando for para o mercado de trabalho. É quase obrigatório, depois de fazer uma licenciatura, o aluno fazer ou um mestrado ou uma pós-graduação. Não há tempo para especialização enquanto se frequenta a licenciatura; com excepção dos mestrados integrados", destaca.

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