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Mais competências, melhor qualidade

Empresas ficam a ganhar por ter nos seus quadros mestres e pós-graduados. Formação beneficia igualmente colaboradores.

16 de Março de 2018 às 11:49
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Mestres e pós-graduados têm cada vez mais vantagens no mercado de trabalho. A tendência das empresas é procurarem trabalhadores com mais competências para fazer frente aos desafios actuais e as escolas correspondem, dando a formação adequada.

 

Ana Côrte-Real, "associate dean" para a formação executiva, e Francisca Oliveira, "associate dean" para os mestrados da Católica Porto Business School, explicam que a "vantagem da formação não pode ser questionada", logo, esta aposta é "o caminho para a melhoria da qualidade" da gestão das empresas. A gestão encontra os melhores processos para realizar a produção. "A competitividade empresarial deriva, então, apenas da capacidade que a empresa tem de poupar ou economizar ‘energia’ no processo produtivo", dizem.

 

As empresas que apostem em profissionais com estudos pós-graduados ou com um diploma de mestrado tornar-se-ão mais capazes de melhorar a qualidade da sua gestão porque vão também estar mais aptas a tomar as decisões empresariais que envolvem incerteza e riscos e vão lidar melhor com a questão da inovação, particularmente nos períodos de agitação social e inovação tecnológica.

 

Sobre a eventual tendência das empresas portuguesas de procurarem hoje profissionais com pós-graduações ou mestrados, Ana Côrte-Real e Francisca Oliveira esclarecem que as organizações "procuram talento, ponto final". "As empresas procuram profissionais capazes de as ajudar a responder a crises, de as ajudar a antecipar-se às exigências dos mercados, e nesse sentido procuram a formação certa para os seus recursos humanos."

 

As docentes realçam a preocupação das empresas na formação dos seus líderes ou na antecipação dos perfis que poderão vir a ser líderes. Por isso, procuram "formações com uma forte componente nas áreas comportamentais, sem prejuízo de se referenciarem aspectos práticos inerentes a qualquer actividade de um gestor. Procuram formação que inclua expressão dramática, ‘outdoors’, expressão escrita e actividade física, a par da formação dita mais técnica nas áreas de finanças, estratégia e marketing". Razão pela qual as pós-graduações da Católica Porto Business School apostam nas "soft skills".

 

A formação como um investimento

 

Luís Cardoso, director da Católica-Lisbon Executive Education, diz que as pessoas que procuram a sua instituição sabem que precisam de formação para complementar as suas competências profissionais. "A formação de executivos é cada vez mais determinante para a carreira de qualquer executivo. Uma licenciatura deixou de ser um posto e passou a ser o começo de uma carreira profissional, dado o contexto de mudança muito rápido e de globalização em que nos encontramos."

 

Em relação às tendências de recrutamento das empresas nacionais, Luís Cardoso refere que os quadros das empresas que procuram a Católica-Lisbon Executive Education salientam, após terminar os seus programas, um grande alargamento de horizontes, que os habilita a identificarem melhor os caminhos a seguir. "É interessante constatar que as empresas percebem cada vez mais a formação como um investimento diferenciador e de elevado retorno, seja quando estão a investir nos seus quadros ou nos gestores dos seus parceiros de negócio, pois isso reforça a sua própria competitividade. Refira-se também que a exigência de um retorno efectivo da formação por parte das empresas é cada vez maior."

 

Um trunfo no mercado de trabalho

 

José Varejão, director da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, refere que o grau de mestre permite obter "conhecimento e competências que aprofundam os que são adquiridos nos cursos de licenciatura, abrindo também o caminho a eventuais especializações". Os mestrados dão ainda um "trunfo no mercado de trabalho, de desenvolvimento de competências, nomeadamente, de comunicação, liderança, trabalho em equipa ou pensamento crítico". "Sem dúvida de que o mercado de trabalho reconhece e valoriza estes conhecimentos e competências."

 

No que diz respeito ao que desejam as empresas, José Varejão recorda que a reforma de Bolonha encurtou as licenciaturas. Mas em algumas áreas exige-se o grau de mestre, o que originou mestrados integrados. Noutros casos, como em Economia e Gestão, o mestrado é opcional. Após a reforma, os empregadores avaliaram "o perfil dos recém-licenciados de três anos e se este se ajustava às suas necessidades". "Penso que se pode afirmar que cada vez mais os empregadores consideram que a formação ao nível do mestrado é mais adequada às suas necessidades e expectativas."

 

Competências para as funções a desempenhar

 

José Manuel Veríssimo, associate professor of Marketing & Strategy, Marketing & External Relations advisor to the dean’s office no ISEG, diz que a pós-graduação é uma "oportunidade para os alunos desenvolverem competências em áreas diferentes do primeiro curso, a licenciatura". "É uma forma de se especializarem. Na pós-graduação em Marketing e Management, muitos alunos pretendem seguir a carreira em marketing, mas não têm formação na área."

 

Sobre as tendências das empresas nacionais, estas "procuram pessoas que tenham a competências e a formação relevantes para as funções a desempenhar". "Os candidatos, ou têm um mestrado, algo que decorre naturalmente no pós-Bolonha; ou então, precisam de se especializar, ou de actualizar conhecimentos, em áreas que há dez anos não estavam desenvolvidas, como, por exemplo, a área digital".

 

Salários mais elevados

 

A equipa de Educação da InnoEnergy explica que a vantagem de ter um mestrado é que se aufere um salário mais alto quando comparado com um trabalhador que tem o ensino secundário ou uma licenciatura, conseguindo ainda trabalhos mais atractivos, segundo estudo recente financiado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.

 

Relativamente às empresas, o mercado procura, na área, "engenheiros recém-formados com uma sólida formação técnica aliada a competências de gestão e análise de negócios, com uma componente de ‘softskills’, como a aptitude de comunicação e liderança". A declaração de Bolonha diminuiu o tempo da licenciatura. Em Portugal, a Ordem dos Engenheiros só reconhece profissionais com cursos de duração mínima de cinco anos. Logo, as empresas acompanham essa "indicação" e acabam por preferir mestres a licenciados. "De acordo com as últimas estatísticas que dispomos, os alumni Innoenergy têm uma taxa de empregabilidade de 93% até após três meses da conclusão do programa e auferem cerca de 15% mais em termos salariais, comparativamente aos engenheiros de programas tradicionais de um grau académico."

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