As empresas portuguesas estão hoje confrontadas com a necessidade de crescer, competir e conseguir aproximar-se dos seus segmentos de mercado mais relevantes. Para alcançar estes objectivos, as organizações portuguesas devem aumentar a capacidade de adaptação e diferenciação. Por isso, quisemos saber que papel desempenha um mestrado ou uma pós-graduação neste processo evolutivo de qualificação dos quadros intermédios, gestores e decisores.
Ana Côrte-Real, "associate dean" para a formação de executivos da Católica Porto Business School, refere que a missão da Católica Porto Business School é "melhorar a qualidade da gestão dotando os gestores de competências que lhes permitam dar resposta às necessidades das pequenas economias abertas ao exterior", como é o caso da portuguesa, onde é fundamental "saber escolher o posicionamento no mercado, procurar a diferenciação e promover a inovação", como resposta às dinâmicas da procura e da conjuntura globais.
Neste sentido, prossegue, a formação executiva tem um papel "crucial" junto das empresas para que estas possam definir estratégias de sucesso. A formação executiva permitirá ao gestor "a apreensão de ferramentas para que conheçam com mais rigor os seus concorrentes, a composição das cadeias de valor globais e passem a ser capazes de avaliar o impacto da tecnologia sobre a sustentabilidade do seu modelo de negócio". A formação fará ganhar "consciência" de como se pode aumentar a rentabilidade, optimizando a estrutura organizacional e os processos. Ajudará a adequar a estrutura de financiamento ao crescimento e à competitividade para poder ganhar escala e crescer... E a Católica Porto Business School está, sobretudo, "focada nas necessidades das PME que compõem maioritariamente a economia portuguesa", assegura.
Francisca Guedes de Oliveira, "associate dean" para os mestrados da Católica Porto Business School, diz que o objectivo dos mestrados da sua escola assenta fundamentalmente numa "adequada preparação técnica e científica" que dê aos graduados as ferramentas necessárias para responderem aos desafios que se colocam às organizações. "Formamos mestres conhecedores, com competências desenvolvidas ao nível do empreendedorismo, autonomia, liderança, criatividade", garante, acrescentando que os mestres da Católica Porto Business School são capazes de pensar de forma "inovadora e original" e que têm a "flexibilidade assente em conhecimento sólido, o que lhes permite dar um contributo efectivo para os desafios crescentes do mercado globalizado. É por isso que está optimista e não tem qualquer dúvida de que é a formação e qualificação dos gestores que permitirá às empresas dar resposta aos desafios do mercado.
Um ponto de encontro
José Veríssimo, professor nas áreas de Gestão Estratégica e Marketing, diz que, actualmente, as competências que se adquirem através da formação são "críticas", pois existe uma aceleração enorme de conhecimento. "Imensas práticas que estão a ser desenvolvidas todos os dias", relembra. Por isso, as universidades são um "bom ponto de encontro" para que as pessoas que precisem de se actualizar possam adquirir essas competências.