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“O marketing é o epicentro da gestão”

O hub que faz mexer os diversos departamentos e especialidades da empresa tem de se adaptar às tendências que ganham tração em Portugal, como a preocupação com o ambiente e a sustentabilidade. Os consumidores exigem das marcas uma real proposta de valor para com os seus compromissos, desejos e verdades.

24 de Fevereiro de 2021 às 09:55
Danyel Porato, Media, Digital Services & Innovation Director da L’Oréal Portugal
Danyel Porato, Media, Digital Services & Innovation Director da L’Oréal Portugal
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Licenciou-se em Organização e Gestão de empresas pelo ISCTE, onde fez o mestrado de Marketing Management. Participou e venceu o L’Oréal Brandstorm internacional.

Foi a porta para iniciar uma carreira na única empresa em que trabalhou ao longo de quase 11 anos de carreira. Danyel Porato iniciou o percurso como product manager de Biotherm e Yves Saint Laurent na divisão de produtos de luxo, passando em 2015 para marketing manager da Garnier.

Seguiu-se a função de marketing manager de Hair Color nas marcas L’Oréal Paris e Garnier, na divisão de produtos de grande consumo.


Em 2017, abriu o departamento digital da divisão de grande consumo e foi digital manager de mass marketing durante dois anos e meio, até ser convidado em 2019 para a função que hoje desempenha, diretor de Media, Digital Services e Innovation para todas as divisões do grupo.

 

Porquê a opção profissional pelo marketing?

Cedo percebi que o marketing tinha dois eixos fundamentais para mim: um altamente criativo e inovador e uma vertente numérica e de gestão de negócio.


Foi sempre nesta dicotomia que me senti pleno e onde equilibrei o meu gosto por comunicação, criação de campanhas de relevância local, inovando e pensando fora da caixa para satisfazer o consumidor. Ao mesmo tempo, geri o negócio como se fosse meu, trabalhando em resultados práticos de performance, rentabilidade e geração de valor.

Costumo dizer que o marketing é o epicentro da gestão, é o hub que faz mexer os diversos departamentos e as diversas especialidades.

 

Que mudanças verificadas no marketing nos últimos anos merecem destaque?

A principal não é uma mudança, é uma revolução que se chama digital. No marketing, é uma revolução que está assente naquilo que mais é relevante, as mudanças de hábitos dos consumidores.


Com o digital, o marketing ganhou uma multiplicidade de touchpoints inigualável, uma possibilidade de criação de conteúdos nunca antes vista e o consumidor ganhou dois ativos completamente distintos: informação e voz.

 

Quais os principais desafios que o marketing enfrenta?

Os principais desafios nascem desta revolução digital e são muito claros para mim. A luta pela atenção do consumidor na panóplia de touchpoints atuais e o poder do adblocking, uma realidade que desafia a criatividade de fundo do marketing.


A confiança que os consumidores têm, ou não!, nas marcas está intimamente ligada ao nível de informação real ou fake que recebem por parte da mesma. Com uma voz ativa, imediata e informada, a exigência do consumidor é exponencialmente maior. Cabe às marcas ter uma ligação relacional, "conversacional", personalizada e transparente sob pena de não conseguir criar laços duradouros e lifetime value com os seus consumidores.


Conhecer os consumidores, com tantas informações e com tantas segmentações distintas, é cada vez mais a mina de ouro que é necessário escavar se queremos ter relevância duradoura no marketing.

 

Quais as tendências que irão marcar o futuro?

Uma das tendências que vemos no mundo e que ganha tração em Portugal é a preocupação com o ambiente, a sustentabilidade e a responsabilidade para com o planeta. Todas as marcas vão ter de caminhar nesta direção. Já não é um "by the way", é uma exigência dos cidadãos.


Outra é uma tendência de cross-bordering, em que mais do que nunca vemos marcas, criadores e campanhas, a ultrapassar as fronteiras e a criar autênticos movimentos globais de comunicação. Tomemos o exemplo do TikTok, por isso temos de pensar cada vez mais em consumidores globais, sobretudo num país com a taxa de turismo que tem Portugal.


E a terceira, diria que já a sentimos também, e que cada vez será mais crítica para as relações entre as marcas e os consumidores, é a personalização, sobretudo num mundo em que todos se querem sentir especiais e únicos. Os consumidores exigem das marcas uma real proposta de valor para com os seus compromissos, desejos e verdades.

 

Quais as características de um bom marketeer?

Acredito que um bom marketeer tem de perceber que é um agente de transformação constante. Tem de saber ser o representante da verdade do consumidor no seio das organizações, um dínamo de inovação que obriga a desafiar e a pensar em formas diferentes de passar a mensagem nos diversos canais de contacto com consumidores.


Um marketeer é um gestor de negócio criativo que tem conhecimento do valor que aporta em termos de faturação, mas que encontra formas de redistribuir os investimentos para gerar negócio adicional.

 

Qual a campanha que mais prazer lhe deu fazer?

Foram muitas! Mas há duas pelas quais tenho um carinho especial. Uma foi a de Garnier Nutrisse em 2015, pois tratou-se do meu primeiro shooting 100% local com uma mudança de cor radical da Mariana Monteiro de morena para loira e que na altura quebrou recordes, mas que sobretudo me permitiu fazer o tão aclamado 360° completo de marketing.


A outra foi uma adaptação a uma campanha brilhante internacional de Biotherm homme, que se chamava "Live Like a Man" e onde em Portugal conseguimos claramente reavivar os laços entre os homens e os cosméticos de luxo com uma implementação em loja e digital incrível das equipas.

 

Qual a campanha de que mais gostou – não sua –, nacional ou internacional?

Pode ser cliché, mas sou um fã das campanhas de Natal da Coca-Cola. Para mim, a do ano passado foi o regressar às origens de uma marca que se propõe a comunicar felicidade e não produto e que tão bem encontra os ganchos emocionais com os consumidores.


"Temos de pensar cada vez mais em consumidores globais, sobretudo num país com a taxa de turismo que tem Portugal." Danyel Porato, Media, Digital Services & Innovation Director da L’Oréal Portugal


Um livro?

Um livro?

“Candide” de Voltaire.

Um podcast?

Um podcast?

Pivot with Jenny Blake.

Um destino de férias?

Um destino de férias?

Praia, sempre.

Hobbies?

Hobbies?

Football Manager & tudo o que os meus filhos queiram fazer.

Um gadget indispensável?

Um gadget indispensável?

Smartphone.

Uma música para trabalhar?

Uma música para trabalhar?

Armandinho ou música popular brasileira.

Uma música para relaxar?

Uma música para relaxar?

Jack Johnson.

Uma frase que o orienta?

Uma frase que o orienta?

“Cuidado com o que desejas.”

Alguém que o inspira?

Alguém que o inspira?

A nível profissional, a Mónica Serrano (ex-CMO L’Oréal). A nível pessoal, os meus pais e a minha mulher, pois nunca desistem.

O que ainda lhe falta fazer?

O que ainda lhe falta fazer?

Criar um negócio próprio.


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