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“A transformação digital é a maior mudança no marketing”

Na segunda década do séc. XXI, o grande desafio do marketing é humanizar a relação com o consumidor em ambientes 100% digitais.

01 de Fevereiro de 2021 às 10:00
Carla Liñan, diretora de Marketing da Claranet Portugal
Carla Liñan, diretora de Marketing da Claranet Portugal
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Ainda estava a tirar a licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura e já trabalhava numa editora de publicações. Durante oito anos esteve ligada ao mundo editorial, mas apercebeu-se de que a sua essência estava mais direcionada para o marketing. Escrever textos não era suficiente. Gostava de idealizar o produto que estava a desenvolver, quem iria gostar dele (target), tendo inclusive feito algumas formações na área do design gráfico para conseguir fazer o "desenho" das ideias no seu todo.

Em 2005, surgiu a oportunidade de desenvolver uma direção de Comunicação e Marketing para a filial portuguesa de uma multinacional francesa e dado que teria apoio do grupo a nível internacional, aceitou o desafio. Foi nessa altura que teve a certeza de que o marketing e o mundo corporativo eram as suas "praias", pelo que optou por fazer uma pós-graduação na área de marketing. 


Quando a internet se consolida como veículo de comunicação em massa, principalmente após a fase da World Wide Web, e a globalização da informação atinge um nível sem precedentes históricos, aceita o convite em 2011 de liderar remotamente a direção de Marketing de uma empresa de tecnologia em Nova Iorque.


Foi um dos maiores desafios da carreira de Carla Liñan, tendo sido a grande escola internacional, dado que trabalhou o mercado norte-americano, onde teve a oportunidade de desenvolver conhecimentos de marketing digital bem como de digital workplace.   


Em 2017, e com uma bagagem profissional na área do marketing digital mais consolidada, ingressa na Claranet Portugal para também desenvolver a direção de Marketing nacional.

 

Porquê a opção profissional pelo marketing?
Senti a necessidade de juntar a minha área de formação inicial, comunicação, com aquela que senti ser da minha essência enquanto profissional, marketing.

Juntas permitem ter o melhor dos dois mundos que só por si já estão interligados: por um lado, o desenvolvimento de estratégia realiza-se com aplicação de uma forte componente analítica, aliada a uma clara visão de (futuro) de negócio; por outro lado, a implementação daquela estratégia obriga ao exercício de criatividade, não só na criação de comunicação como na ativação de recursos e coordenação de equipas. 

 

Que mudanças verificadas no marketing, nos últimos anos, merecem destaque?

A transformação digital foi para mim a maior mudança no marketing. Os últimos 20 anos foram marcados pelas últimas três grandes revoluções do marketing, do 2.0 ao 4.0, em que o mundo presenciou mudanças avassaladoras sobretudo na tecnologia, no comportamento do consumidor e na evolução do papel que a primeira exerce na relação das marcas com o segundo.

Poucas empresas estão preparadas para estas mudanças, embora exista um grande esforço para a implementação de tecnologias como inteligência artificial, IoT e big data para controlo e gestão de processos.

 

Quais os principais desafios que o marketing enfrenta?

O grande desafio do marketing, na segunda década do séc. XXI, é humanizar a relação com o consumidor em ambientes 100% digitais.
Hoje, o consumidor, antes de comprar, pesquisa, compara, expõe a sua satisfação e/ou as suas queixas publicamente, utilizando diversos canais, várias vezes por dia, de maneira ágil e espontânea.

As novas tecnologias e os novos comportamentos dos consumidores ? que já vivenciam uma transformação digital no seu quotidiano ? requerem uma nova abordagem do marketing.

É impreterível que deixemos de ver o consumidor como um alvo ou mero comprador, estamos a comunicar para seres humanos.

As empresas devem seguir focadas nas pessoas e assumir uma personalidade para a sua marca. A tecnologia assume um papel central nas transformações e o ser humano precisa de ser entendido nesse contexto.

 

Quais as tendências que irão marcar o futuro?

A criação de marcas fortes que sejam reconhecidas e valorizadas pelas pessoas. A tendência é cada vez mais entregar mais valor para o público consumidor, mas também gerar impacto positivo para o mundo à nossa volta.

Todo o marketing passa a ser, necessariamente, social.

 

Quais as características de um bom marketeer?

Foco em resultados, habilidades analíticas e gestão de tempo. 

O marketing digital trouxe a possibilidade de analisarmos cada campanha minuciosamente: entender o que deu certo e o que não deu, mudar a estratégia e obter melhores resultados. 
Ao mesmo tempo tornou-se mais pessoal, individual e segmentado. O público-alvo tornou-se uma persona e um bom marketeer deve entender cada uma das etapas do percurso do cliente.

 

Qual a campanha que mais prazer lhe deu fazer?

Uma campanha que – dada a pandemia – permitiu às organizações a adoção de ferramentas de colaboração digital em segurança e com escalabilidade, para que os colaboradores pudessem ter uma melhor experiência de trabalho remoto e redução das dificuldades diárias de gestão de equipas e trabalho.

 

Qual a campanha – não sua – de que mais gostou, nacional ou internacional?

Internacionalmente, destaco a campanha do Volvo XC60. A nível nacional, e dadas as circunstâncias atuais da pandemia, o anúncio de Natal da Bertrand Livreiros é sem dúvida uma mensagem bastante profunda e relacional.

As minhas preferências de campanhas vão sempre estar associadas à relação/emoção que sinto com a mensagem das mesmas.

 

Que conselho deixa para quem começa a trabalhar nesta área?

Todos os dias surgem novos serviços/produtos, plataformas, sem contar com as atualizações das ferramentas existentes, pelo que criatividade, curiosidade, gosto por aprender e paixão são fatores essenciais para quem inicia a sua atividade na área de marketing.



Um livro?

Um livro?

“Cem anos de solidão”, de Gabriel García Marquez.

Um podcast?

Um podcast?

TED Talks Technology.

Um destino de férias?

Um destino de férias?

Qualquer um em família, com sol e praia.

Hobbies?

Hobbies?

Ler, passear à beira-mar.

Um gadget indispensável?

Um gadget indispensável?

Smartphone.

Uma música para trabalhar?

Uma música para trabalhar?

Por norma prefiro ouvir podcasts.

Uma música para relaxar?

Uma música para relaxar?

Black Bird, Fat Freddy’s Drop.

Uma frase que o orienta?

Uma frase que o orienta?

Para tudo há solução, menos para a morte.

Alguém que o inspira?

Alguém que o inspira?

A sufragista Beatriz Ângelo.

O que ainda lhe falta fazer?

O que ainda lhe falta fazer?

Escrever um livro sobre tudo aquilo que já fiz e que gostaria de fazer.


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