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“A inteligência artificial é o futuro do marketing digital”

A relevação do marketing será quando a inteligência artificial for tão bem implementada que o processo seja difícil de reconhecer como não sendo um humano a comunicar.

15 de Março de 2021 às 08:52
Tiago Pereira, diretor de marketing em Placard.pt
Tiago Pereira, diretor de marketing em Placard.pt
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Cresceu nos Estados Unidos, teve uma formação superior em Multimédia, em que iniciou o seu percurso como criador de conteúdos e cursos para e-learning na Novabase, isto numa fase ainda muito embrionária do e-learning, pouco interativa e muito unidirecional e focada em tutoriais.

Ingressou na Canalmail, uma empresa multinacional de permission email marketing, na qual teve o primeiro contacto como affiliate manager, e que demonstrou ser uma escola de marketing digital, que trabalha com afiliados, pois tinha contacto com imensos webmasters de diversas áreas e cada uma com as suas especificidades. Foi também nessa altura que teve o primeiro contacto com apostas desportivas e casino.

Depois de uma passagem por e-commerce e marketplaces, foi em 2014 que começou a trabalhar em apostas online e casino, como acquisition and affiliate manager numa empresa multinacional para o mercado brasileiro. Tiago Pereira continua nesta área passando por várias empresas de gambling, maioritariamente internacionais.


Com a abertura de regulamentação de apostas desportivas e casino para Portugal teve a oportunidade de se centrar no mercado nacional, passou pela Bet.pt como affiliate manager, foi um dos responsáveis pelo lançamento da marca Betano em Portugal e atualmente é diretor de marketing em Placard.pt.

 

 

Porquê a opção profissional pelo marketing?

Acabou por ser uma evolução natural no meu percurso, formei-me em Multimédia e comecei em web design. O salto natural para o marketing digital e afiliação foi dado há 15 anos, numa altura em que havia muito o conceito do "do it all". Ou seja, um affiliate marketeer tinha de ser alguém que fizesse um pouco de tudo dentro do marketing digital, desde procurar e estabelecer uma relação com o afiliado até à programação no site, passando por alterações de banners gráficos quando necessário.

Penso que de certa forma tive sorte em ter sido este o meu percurso, pois tive acesso às várias frentes do marketing digital e a várias formas de comunicar.

Porém, não tinha uma formação de base em marketing. Fiz um esforço ao longo dos anos para beber de várias fontes, como sempre muito focado em conversão, tive de aprender muito sobre above the line e brand marketing. A aprendizagem é um processo que não tem fim.

 

Que mudanças verificadas no marketing nos últimos tempos merecem destaque?

A maior mudança tem sido realmente a maturidade do marketing de conteúdos que houve nos últimos anos. Deixou de ser uma forma de comunicação unidirecional e evoluiu para uma comunicação bidirecional, em que se a mensagem que estamos a transmitir não é a adequada para quem é direcionada, recebemos um feedback instantâneo.


Evoluiu do simples blogue post, muitas vezes escrito meramente para ter um bom "ranking" SEO (otimização de motores de pesquisa), para conteúdos transversais a vários canais e interligados, sejam eles vídeos nas redes sociais através de marketing de influencer até ao conteúdo num formato longo e de qualidade.


Esta evolução acaba por representar a maturidade e a humanização da comunicação no marketing, evoluindo do simples call to action para informar e educar o consumidor.

 

Quais os principais desafios que o marketing enfrenta?

Na área de apostas online, a maior dificuldade é a regulamentação e a comunicação de uma forma responsável. Atuo numa indústria regulamentada há relativamente poucos anos em Portugal e de certa forma tem-se autorregulado nas mensagens e emoções transmitidas aos clientes.


Tradicionalmente é uma área com um marketing bastante competitivo, comunicando muitos ganhos. Sendo uma área de risco de adicção, é preciso ter sensibilidade nas mensagens que estamos a transmitir. Creio que manter este equilíbrio é o maior desafio.

 

Quais as tendências que irão marcar o futuro?

A inteligência artificial é o futuro do marketing digital. Presentemente temos algum automatismo, principalmente quando queremos comunicar de forma personalizada e não para um público generalizado, mas creio que a relevação do marketing será quando a inteligência artificial for tão bem implementada que o processo seja difícil de reconhecer como não sendo um humano a comunicar.

 

Quais as características de um bom marketeer?

Acima de tudo é alguém que realmente compreende e tem sensibilidade para com quem está a comunicar. Conhece quem está a receber a mensagem e compreende as suas necessidades.


É muito fácil cair na armadilha de simplificar e ir atrás de um target muito genérico. É preciso compreender as necessidades individuais, as dificuldades e as expectativas que procuramos satisfazer. Esta sensibilidade é a característica principal de um bom marketeer.

 

Qual a campanha que mais prazer lhe deu fazer?

Tenho a sorte de ter participado em alguns projetos interessantes, e parece cliché responder "a última". A verdade é que a campanha corrente que temos no Placard.pt, uma trilogia de conceitos interligados à volta do humor futebolístico, na qual contamos uma história de forma leve e com humor sobre as dúvidas existentes no mundo desportivo versus a confiança e a segurança que podemos sentir numa marca.


Estes conceitos, que são muito mais que meramente mensagens comerciais e em que podemos realmente contar uma história, um percurso, criar emoções, são realmente o que me motiva a nível profissional.

 

Qual a campanha de que mais gostou, não sua, nacional ou internacional?

Houve uma campanha da Paddy Power (operador de apostas desportivas do Reino Unido muito conhecida por puxar os limites) em 2019 e é sobre o seu primeiro patrocínio principal numa camisola de uma equipa de futebol profissional, em que, num jogo amigável, o Huddersfield Town aparece com a marca estampada na diagonal da camisola simulando uma faixa, aproveitando a largura máxima possível da camisola.

Obviamente os fãs de desporto acharam um exagero, mas não passava de um stunt, pois a verdadeira campanha, intitulada "Save our Shirt" (Salvem a nossa Camisola), veio à luz e nesse ano a Paddy Power fez vários acordos de main sponsor e abdicou de ter a sua marca na frente das camisolas.


Gosto particularmente, primeiro porque fui enganado inicialmente, pois já conhecia o tom "over the top" da marca, mas também porque confrontou vários cânones do futebol profissional, principalmente da faceta mais comercial, além disso, a campanha rematou com a verdadeira essência do desporto, que é o público, ao devolver a camisola do seu clube aos fãs.

 

Qual o conselho para quem começa a trabalhar nesta área?

É muito fácil sentirmo-nos perdidos no primeiro contacto com o marketing. Há variadas formas de comunicar, diversas áreas, centenas de disciplinas agrupadas debaixo do chapéu "marketing". Diria que o melhor conselho que posso dar é encontrar algo em que consigam criar uma ligação e que realmente lhes traga prazer.

Focar nesse ponto e fazer um esforço proativo para ser o melhor dentro dessa área, dessa disciplina. Assim que conseguirem ter uma compreensão e sensibilidade nessa faceta de marketing, o resto do processo será natural, sem esforço. "Find a job you enjoy doing, and you will never have to work a day in your life."


"A maior mudança no marketing tem sido realmente a maturidade de marketing de conteúdos que houve nos últimos anos." Tiago Pereira, diretor de marketing em Placard.pt

Um livro?

Um livro?

This is Marketing”, de Seth Godin.

Um destino de férias?

Um destino de férias?

Gerês.

Hobbies?

Hobbies?

Sou faixa preta de jiu-jítsu brasileiro e prático BTT.

Um gadget indispensável?

Um gadget indispensável?

Garmin Instinct Solar.

Uma música para trabalhar?

Uma música para trabalhar?

Breakadawn, De la Soul.

Uma música para relaxar?

Uma música para relaxar?

Michicant, Bon Iver.

Uma frase que o orienta?

Uma frase que o orienta?

“Some people want it to happen, some wish it would happen, others make it happen”, Michael Jordan.

Alguém que o inspira?

Alguém que o inspira?

Seth Godin.

O que ainda lhe falta fazer?

O que ainda lhe falta fazer?

A próxima campanha.


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