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Em prol da reabilitação

Ensino superior e associações levam a cabo diversas iniciativas para debater e melhorar a reabilitação urbana em Portugal.

28 de Janeiro de 2020 às 15:33
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Associações ligadas ao setor e universidades trabalham e definem estratégias para auxiliar e pensar a reabilitação urbana no país. Comecemos pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) que vai desenvolver este ano uma "intensa agenda" de iniciativas orientadas, precisamente, para este debate em torno da reabilitação e do imobiliário.

 

Para já Manuel Reis Campos, presidente da direção da AICCOPN , destaca a marca da Associação R.U.-I.S. – Reabilitação Urbana Inteligente e Sustentável, estando previsto para "o início de março uma conferência de lançamento de uma nova fase deste projeto, que já ganhou uma escala muito significativa, mas vai ser projetado a uma escala nacional", diz.

 

E prossegue: "Estamos focados na qualificação e valorização do tecido empresarial e no desenvolvimento de um trabalho conjunto, com entidades reguladoras e fiscalizadoras, autarquias, donos de obra particular, universidades, no sentido de promover a qualificação e valorização das empresas que atuam neste domínio."

 

Note-se que a missão da AICCOPN é defender os legítimos interesses dos industriais que representa e o setor da construção, pois ao fazê-lo também a contribui para o desenvolvimento económico e social do país.

 

APEMIP

 

Em relação à Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) tem, ao longo dos anos, desenvolvido inúmeras ações como workshops, sessões de esclarecimento e formações, grande parte delas gratuitas, com o intuito de esclarecer e debater os temas relacionados com o imobiliário, a montante e a jusante do próprio ato da transação de imóveis. "Defendemos que quanto mais informadas estiverem as empresas nossas associadas, melhor será o serviço que prestarão aos seus clientes, elevando assim a importância e a indispensabilidade desta classe no processo de compra e venda de imóveis", afirma Luís Lima, presidente da associação.

 

Esclareça-se que o objetivo da APEMIP é representar os legítimos interesses das empresas suas associadas junto dos órgãos de soberania e credibilizar a classe dos mediadores imobiliários junto da sociedade civil.

 

Luís Lima diz que a APEMIP trabalha para elevar a classe que representa e tornar o seu papel indispensável na transação imobiliária, defendendo padrões de ética, qualidade e transparência nos negócios efetuados pelas empresas que representa. Hoje, a APEMIP é um interlocutor respeitado e reconhecido junto dos órgãos do poder e da administração pública por tentar encontrar soluções para os problemas que afetam o setor imobiliário, a montante e a jusante do ato da transação imobiliária.

 

Questionado sobre quais são as vantagens de uma empresa ser sócia da Associação a que preside, responde que a APEMIP disponibiliza às suas associadas uma série de serviços que começa com "o apoio à instrução do processo para acesso à atividade, e passa por apoio jurídico, disponibilização de seguros a preços competitivos, disponibilização de formação profissional certificada pela DGERT, através da Academia APEMIP, entre outros".

 

A APEMIP defende ainda o setor imobiliário junto dos órgãos de poder e administração pública, uma vez que "a sua sanidade está intrinsecamente ligada ao desempenho da profissão da mediação".

 

GESTU

 

Quanto às iniciativas ou projetos do Gabinete de Estudos e Sistemas em Tecnologias da Arquitetura e Urbanismo (GESTU) para melhorar, debater e pensar a reabilitação urbana em Portugal, passam pelo "desenvolvimento da investigação científica com grande trabalho laboratorial". Catarina Maurício, investigadora científica e membro do GESTU, Carlos Henriques Ferreira, coordenador do GESTU, professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, e Joana Rita Pereira, investigadora científica e membro do GESTU, explicam que este trabalho permite "obter resultados que se suportam numa leitura multidimensional da cidade", os quais têm sido divulgados em "comunicações, artigos científicos e livros de âmbito nacional e internacional (Cidade Multidimensional – Lisboa Metropolis XXI; Reabilitação Urbana e Património – Arquiteturas da Memória; Cidade Promocional – Arquitetura e Turismo)".

 

O trabalho laboratorial do GESTU - prosseguem os três responsáveis - é desenhado com uma metodologia com base em diferentes escalas de aproximação à cidade. "As focagens mais aproximadas constituem matéria essencial para a reflexão e investigação procurando contribuir para o aprofundamento do conhecimento através de contextos particulares, assim como para a definição de orientações e estratégias de intervenção, contemplando uma abordagem multidimensional às arquiteturas da cidade e ao território".

 

Explique-se que o GESTU desenvolve investigação científica orientada por um compromisso entre a reflexão teórica e crítica sobre o território e uma forte componente laboratorial, suportada no valor do desenho da cidade. O trabalho aponta para a necessidade de melhorar as relações entre uma leitura morfotipológica e componentes como as políticas urbanas, as dinâmicas económicas e os conteúdos sociais. Integrando estas inquietações foram criados os laboratórios urbanos: LxLAB XXI (território de Lisboa), AmaLAB (território da Amadora) e AquaLAB (territórios em torno do estuário do Tejo).

 

Num mundo de múltiplas dimensões, de inúmeras conexões e uma forte presença de sentimentos de instantaneidade, a realização deste trabalho constitui um desafio que se confronta permanentemente entre os limites do método e da imaginação.

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