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Imobiliário e Reabilitação Urbana Janeiro 2019
Notícia

Crédito com restrições

Empresas de construção e de imobiliário com pouco apoio da banca

22 de Janeiro de 2019 às 15:24
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A crise de financiamento faz parte do passado, mas as empresas de construção e de imobiliário continuam a ter "fortes restrições ao crédito". "Há oito anos consecutivos que o crédito concedido a estas empresas se retrai", explica Reis Campos, presidente da direção da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). "Este é um constrangimento efetivo do financiamento bancário que tem sido compensado pela disponibilidade de capitais próprios por parte de investidores nacionais e estrangeiros". E acrescenta: "Efetivamente, face à baixa atratividade dos produtos oferecidos pela Banca, o investimento imobiliário e, em particular, o investimento em reabilitação urbana, tem crescido de forma significativa." Por outro lado, foram também disponibilizados programas de financiamento a operações de reabilitação, facilitando "o acesso ao financiamento", como o Programa Casa Eficiente 2020 ou o IFRRU 2020.

 

A Nova Geração de Políticas de Habitação e programas como o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado ou o Reabilitar como Regra desempenham um papel importante na reabilitação de edifícios e oferta pública de habitação? Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros, responde assim: "Os que me conhecem sabem que sou muitas vezes crítico em relação a muitos outros assuntos, mas neste caso tenho de reconhecer - no que sou secundado pelas associações do setor - que este Governo muito tem procurado fazer nesta área, ciente de que a reabilitação urbana é essencial para uma boa política das cidades."

 

Apesar do sucesso dos processos de reabilitação urbana, a intervenção e as políticas públicas são fundamentais, pois antecipam, prevêem e conduzem as vontades dos privados e são "fatores incentivadores do mercado". E o pacote legislativo tem "procurado dar resposta aos desafios".

 

O que não se conseguiu foi constituir uma oferta pública de habitação. A especulação, o elevado valor das rendas e a procura de soluções mais lucrativas, como o alojamento local, geraram "a falta de habitação no mercado de arrendamento, sobretudo para jovens e estudantes". As políticas autárquicas, diz, "foram um desastre".

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