Os negócios que as imobiliárias fazem em zonas alvo de reabilitação urbana normalmente são um sucesso. De uma forma geral, a reabilitação urbana feita nessas áreas é de "elevada qualidade", gerando "muito interesse" de todos os intervenientes do setor, incluindo as imobiliárias. E Reis Campos, presidente da direcção da AICCOPN, recorda que está a falar, sobretudo, dos centros históricos das principais cidades portuguesas e as estimativas apontam para a falta de 60 a 70 mil casas no mercado do arrendamento, em Lisboa e Porto. "São espaços que ganham atratividade, um novo dinamismo e, consequentemente, criam mais oportunidades de negócio".
Pedido um balanço do mercado imobiliário em Portugal, o representante da AICCOPN explica que o investimento imobiliário "ascendeu a 24,33 mil milhões de euros, em 2017". Tal correspondeu a "um aumento de 33,5% face a 2016, com os investidores estrangeiros a representar 19,5% do total, com um investimento em imobiliário nacional de 4,7 mil milhões de euros". Para 2018, as previsões apontam para "um aumento de 20% do investimento imobiliário". Reis Campos afirma que o país ganhou um posicionamento competitivo à escala internacional, está a tirar partido de um território de excelência, a gerar emprego e a dinamizar muitos outros setores de atividade como o comércio e o turismo. "É, pois, um balanço claramente positivo".