Só empresas portuguesas evoluídas e qualificadas podem ir a jogo e dar cartas em mercados competitivos, internos, mas sobretudo externos. Os profissionais que têm um MBA são peça fundamental no puzzle do tecido empresarial português que está obrigado a impor-se, a bem de uma economia, que se quer forte. Estes quadros são mais-valias, quer no mercado nacional quer internacional, pois os conhecimentos e as competências que adquirirem nas suas formações capacitam-nos a incutir nas empresas "um impacto modernizador" quer na diversificação e alargamento de mercados, quer colocando a inovação no centro da sua actividade.
Estes profissionais dão ainda "visão estratégica" ao negócio e "dinâmica competitiva" nos mercados nacionais e nos internacionais, explica aAEP pela voz do seu presidente, Paulo Nunes de Almeida.
Por seu lado, José Eduardo Carvalho, presidente da AIP, afirma que os profissionais habilitados com um MBA, que tenha sido, no entanto, tirado numa "universidade de referência internacional", estão preparados para "garantir uma mais elevada qualificação e competitividade às empresas, ao nível da gestão financeira, recursos humanos, estratégia e marketing".
Um MBA é um processo de formação especializada nas principais áreas da gestão empresarial, por isso, representa uma "clara mais-valia" para as empresas na medida em que, ao apostar neste tipo de profissionais, incorporam mais "conhecimento no negócio, potenciando a sua capacidade competitiva", conta Paulo Nunes de Almeida. Será, por isso, um profissional com MBA mais bem pago do que um licenciado? O presidente da AEP diz que "não há, ou haverá cada vez menos", promoções automáticas decorrentes da frequência de um MBA. O que normalmente acontece é que estes profissionais tendem a evoluir para "trajectórias profissionais exigentes e de grande responsabilidade estratégica, que, em regra, são mais bem remuneradas".
As microempresas, à excepção da área do empreendedorismo, pela sua criatividade e polivalência, "não têm capacidade para empregar um profissional bem pago deste tipo, que aufere mais 60 a 70% que o mesmo profissional sem habilitação", assegura José Eduardo Carvalho. Quanto às pequenas e médias empresas "começam a despertar para a mais-valia deste tipo de recursos humanos".
Sectores de competição
As características que um profissional com MBA deve reunir para ajudar a sua empresa, segundo Paulo Nunes de Almeida, são: "formação técnica e humana sólida, grande conhecimento do seu negócio, capacidade de liderança e mobilização das pessoas, associado a uma dinâmica empreendedora e orientação para a inovação e aprendizagem permanentes". As áreas de actividade que mais procuram profissionais com estes exigentes atributos são todos os sectores mais "competitivos e expostos à concorrência internacional, da indústria transformadora aos serviços".
As principais áreas de actividade que requisitam um quadro desta natureza são a "indústria e determinado tipo de serviços mais especializados, como a economia transaccionável", refere José Eduardo Carvalho. A vantagem reside na "competência técnica" destes profissionais e o efeito "qualificação e competitividade" que geram nas organizações.