Os programas de formação executiva ajudam os profissionais a evoluir pessoal e profissionalmente e, ato contínuo, contribuem para o crescimento das empresas. Ao serem responsáveis por este desenvolvimento de organizações e gestores, os cursos executivos ministrados em escolas de referência estão a dar um precioso auxílio à sociedade portuguesa, sobretudo neste período delicado que estamos a passar. Isso mesmo é confirmado por diretores, presidentes e responsáveis das instituições.
Gonçalo Faria começa por dizer que a Católica Porto Business School (CPBS), sendo uma escola da Universidade Católica, existe para o mundo. "A escola tem como visão ser uma escola líder na área da gestão e da economia, com impacto na sociedade", explica o associate dean for Executive Education da CPBS, prosseguindo: "A nossa missão é desenvolver profissionais para uma sociedade sustentável e contribuir com avanços no conhecimento em gestão e economia, através do envolvimento com empresas, inovando e com uma visão global. A nossa formação executiva reflete esta visão e missão e, por isso, contribui para o desenvolvimento dos nossos alunos enquanto pessoas e, em consequência, para o desenvolvimento das suas organizações e do país. O período que vivemos apenas acentua mais esta necessidade de avanço e desenvolvimento."
Pedro Dominguinhos diz, por seu lado, que o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) "está já a ajudar o país, as empresas e as pessoas, sendo parceiro do programa Upskill, desenvolvido em parceria com o IEFP e a APDC". O presidente do IPS conta que este programa, pioneiro, inclui uma formação de cerca de seis meses no IPS, seguida de três meses de formação em contexto real de trabalho numa empresa, e prevê ainda o compromisso de contratação por parte das empresas tecnológicas.
Em segundo lugar, prossegue Pedro Dominguinhos, o IPS é uma Universidade Europeia, com a aliança E3UDRES2, programa pioneiro da Comissão Europeia para ajudar a construir a Universidade do Futuro. "Isso significa que os estudantes têm acesso a um ambiente internacional para desenvolver a sua formação, assente na ideia de que o território é um laboratório vivo, passível de fornecer desafios que podem ser solucionados pelos estudantes e docentes em ambientes multidisciplinares."
Um terceiro pilar radica no apoio ao empreendedorismo e à criação de empresas, "com existência de uma incubadora, cuja ampliação começará este ano, para acolhimento de start-ups, bem como de um programa de mentoria especializado e customizado para apoiar os empreendedores nas diferentes fases do processo".
Uma oportunidade para os gestores
Sem surpresas, a crise pandémica criou uma oportunidade para os gestores. E as escolas criam oferta, preparando estes profissionais para os novos desafios.
"O gestor, hoje, procura estar constantemente a estudar, a atualizar conhecimentos. A crise criou em primeiro lugar a oportunidade de reflexão e de constatação de um novo paradigma. O mundo passou a ser visto com um novo olhar. Organizaram-se novas formas de trabalho, o perfil do consumidor alterou devido à pandemia, logo as empresas tiveram de se adaptar", relembra Clara Viegas, diretora do Departamento de Formação Avançada do ISG – Instituto Superior de Gestão.
O ISG ajuda o gestor, colocando no mercado conteúdos adaptados a este período. "Somos por isso uma escola reconhecida, com formação de altíssima qualidade", destaca.
Quanto a Shital Jayantilal, diretora do Departamento de Economia e Gestão da Universidade Portucalense (UPT), refere que esta crise abalou a economia mundial e as empresas nacionais não foram exceção. "Ao longo da cadeia de criação de valor verificámos os impactos ao nível da logística e das cadeias de abastecimento, e por outro lado, ao incremento do teletrabalho e intensificação da digitalização dos negócios. Testemunhámos a luta, de muitas empresas, para a sua sobrevivência", recorda.
Não obstante, ressalva a responsável da UPT, como em todas as crises, houve setores, como o tecnológico, o comércio eletrónico, o alimentar e farmacêutico, que registaram um crescimento significativo. E outras empresas, como as do setor têxtil, que para continuar a laborar adaptaram as suas produções (exemplo EPI).
"A crise reforçou a resiliência e realçou a importância da inovação para as empresas poderem superar esta crise", conclui.