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Escolas preparam cursos e actividades que as diferenciem

Para se ser um bom gestor é preciso ter bons professores, aulas, mas também sair das salas. As universidades sabem-no.

27 de Abril de 2017 às 19:26
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As diferentes universidades apostam em cursos e actividades complementares que as diferenciam como escola de negócios. A Católica-Lisbon dá resposta às necessidades dos profissionais de diferentes sectores devido a um corpo docente "altamente reputado e especializado", enfatiza Luís Cardoso, director da Católica-Lisbon – Executive Education. Além disso, a escola procura ter faculdades e empresas parceiras nos programas, designadamente no caso do Programa de Gestão para o Sector dos Transportes, em que têm "uma parceria com o Instituto Superior Técnico".

 

No entanto, há mais. "No caso do Programa de Gestão para o Sector dos Vinhos, temos uma parceria com a Escola Superior de Biotecnologia, com docentes da Universidade da Califórnia – Davis (reputada no ensino de enologia e no sector vitivinícola) e a Kellogg School of Management de Chicago, uma escola de topo mundial. Ainda no programa de Fixed Income, contamos com o apoio da Reuters, uma vez que a monitorização do desempenho da cada estratégia de ‘trading’ será feita partindo de movimentos reais de mercado, com recurso ao sistema de posições da Thomson Reuters Eikon", diz Luís Cardoso, não esquecendo de mencionar a actualização de alguns módulos e a inclusão de novos temas, dos "workshops", das visitas a empresas, seminários e não só.

 

 

Sair um pouco do trabalho

 

Ana Côrte-Real, "associate dean" da Católica Porto Business School, afirma que mais do que falar de novas formações procura-se inserir um conjunto de experiências que a distinga de todas as escolas de negócios e que seja um reflexo da maneira como vêem o papel do gestor. "A par da formação das ‘hard skills’, inserimos nos programas ‘outdoors’ de vela, ‘workshops’ culinários, acções de responsabilidade social com pessoas carenciadas e excluídas, iniciativas que permitam concretizar os sonhos e mudar a vida de crianças e famílias, rotinas e costumes internacionais. Tudo isto porque o papel do gestor não se esgota nas fronteiras da empresa, tendo também uma dimensão social", refere.

 

Segundo a responsável da Católica Porto Business School, o ensino e as aulas fazem parte das licenciaturas e dos mestrados. "A reflexão e a partilha de conhecimento fazem parte da formação executiva."

 

 

Preparar pessoas para trabalhar

 

Paulo Bento, presidente do INDEG-ISCTE e director do Executive MBA, prefere não entrar na disputa de méritos ou deméritos, ainda que "com as especificidades inevitáveis na formação de executivos não existe nenhuma outra instituição em que a relação aluno-aluno e aluno-professor seja como no ISCTE-IUL". A essa mais-valia, o docente acrescenta "a proximidade com as empresas e a orientação para a prática". O resultado, sublinha, tem sido o reconhecimento pelo mercado de que o universo ISCTE-IUL "prepara pessoas com maior capacidade de trabalho em equipa e com mais competência para resolver problemas práticos".

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