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Ensino Superior 2017
Notícia

Estudar no superior custa 6500 euros por ano

A fatia de leão é despendida em alojamento, transportes e afins, conclui um estudo.

05 de Julho de 2017 às 15:36
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Tudo somado – propinas, livros, alimentação, transportes, despesas pessoais e de saúde – a despesa média anual de um estudante do ensino superior é 6.446 euros.

 

A conta foi feita no ano lectivo 2015/2016, no âmbito do estudo "Custos dos Estudantes no Ensino Superior", do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, coordenado pela investigadora Luísa Cerdeira.

 

A fatia de leão dos 6.446 euros é despendida em alojamento, telefone, alimentação, despesas médicas e transportes, que somados arrebatam 4.727 euros do orçamento anual. Os restantes 1.718 euros são absorvidos pela componente  educação – que compreende matrículas, propinas, livros e outros materiais.

 

O último estudo medidor dos custos de cursar o ensino superior datava de 2010/11. Nessa altura, a despesa anual situava-se em 6.624 euros. Isto é, verifica-se uma diminuição de 179 euros comparativamente com há cinco anos através, devido sobretudo à diminuição dos gastos com a componente educativa.

 

Os custos de estudar no superior prendem-se com diversos factores, designadamente a localização do estabelecimento e se se continua em casa dos pais ou se vai estudar para fora. Segundo o estudo, 36% dos estudantes são deslocados. Outro factor a ter em conta é a natureza pública ou privada do estabelecimento de ensino.

 

O estudo confirma a existência de uma relação directa entre o rendimento dos pais e o curso frequentado pelos filhos. Em concreto, 46,4% dos inquiridos que estudam Medicina, Medicina Dentária e Farmácia dizem que o rendimento do seu agregado familiar é alto e 43% que é médio. Somente uma fatia de 10,7% diz que é baixo. Em contrapartida, as "camadas mais desfavorecidas" estão nas áreas das Artes e Humanidades, Educação, Enfermagem e Ciências.

 

O estudo conclui também que a maioria (55%) dos estudantes é do sexo feminino e vive em casa dos pais/família (51%). De assinalar ainda que 30% recebem bolsa e 3,4% pediram um empréstimo para estudar, sobretudo para pagar as propinas.

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