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Os bons exemplos a seguir

Várias cidades na Europa estão no caminho certo para alcançar as emissões zero.

16 de Setembro de 2020 às 12:02
Em Copenhaga, capital da Dinamarca, aposta-se nas ciclovias
Em Copenhaga, capital da Dinamarca, aposta-se nas ciclovias
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Existem muitas cidades europeias que estão focadas em ser mais amigas do ambiente pelos seus habitantes, ajudando, ato contínuo, o Velho Continente a tornar-se neutro em termos de emissões de carbono até 2050, conforme foi estipulado por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, aquando da apresentação do Pacto Ecológico Europeu. Um dos bons exemplos é Barcelona. A cidade espanhola não permite a circulação de automóveis mais prejudiciais para o ambiente (norma Euro II ou inferior) nos dias úteis das 7 às 20 horas. Entre os incentivos, destaque-se aquele em que um veículo antigo pode ser trocado por um passe de transportes públicos válido por três anos.

 

Além da redução prevista dos automóveis particulares no centro de Barcelona, os Transportes Metropolitanos de Barcelona investiram 800 milhões de euros em quatro anos em carruagens de metro. Também a cidade tem como objetivo ter uma frota de autocarros exclusivamente alimentada a energia elétrica, híbrida e gás natural comprimido até 2030.

 

Amesterdão

 

Outra cidade com objetivos ambiciosos para atingir as emissões zero é Amesterdão. Como se pode ler no site da Agência Portuguesa do Ambiente, o centro histórico da cidade foi pedonalizado e os automóveis são limitados. Os visitantes e os passageiros pendulares são reencaminhados para locais de estacionamento fora do centro da cidade que abrange toda a zona urbana. Quanto aos famosos ferries, vão passar a ser a elétricos ou serão substituídos por modelos híbridos até 2022.

 

Já no que diz respeito aos carros, em Amesterdão vão ser instalados 20 mil postos de carregamento, promovendo assim a aquisição de veículos elétricos.

 

Copenhaga

 

Na capital da Dinamarca, o objetivo é conseguir ter transporte neutro em termos de emissões de carbono já em 2025 e para isso prevê-se que 75% das deslocações nos próximos cinco anos sejam realizadas a pé, de bicicleta ou em transportes públicos. Em Copenhaga, quem quiser deslocar-se desta forma vai poder contar com uma futura grande rede de ciclovias que até incluem autoestradas para bicicletas. Quem não quiser fazer todo o trajeto pode levar gratuitamente a bicicleta nos comboios, medida que levou a que num ano o número de bicicletas transportadas tenha aumentado de 188 mil para 630 mil.

 

Esta aposta do município da capital dinamarquesa auxilia a saúde dos seus residentes e, entre outros benefícios, ao se reduzir os níveis de poluição para um nível semelhante ao da região rural daquele país, a esperança de vida aumentará um ano até 2040.

 

Registe-se que a autarquia em Copenhaga dá o exemplo no que toca às questões ecológicas, pois os veículos municipais são alimentados a eletricidade, hidrogénio ou biocombustíveis.

 

Praga, Graz e Riga

 

Praga, Graz e Riga. Eis mais três cidades europeias de países diferentes cujos bons exemplos também se devem copiar (ou inspirar) no que diz respeito aos investimentos que foram feitos em infraestruturas para transportes públicos, deslocações de bicicleta e a pé e que são fundamentais para que os seus cidadãos adotem medidas diferentes de comportamento. Mas vamos por cidades.

 

Em Praga, capital da República Checa, renovam-se estações, prolongam-se linhas de elétricos e foi construída uma quarta linha de metro. Investiu-se no início do verão do ano passado 2,7 mil milhões de euros. Boas apostas numa cidade em que 57% de todas as deslocações são feitas em transportes públicos.

 

Em Graz, a segunda maior cidade da Áustria, uma sondagem demonstra que aos poucos se estão a trocar os veículos motorizados pelas deslocações a pé ou de bicicleta. Assim, quase 20% dos residentes utilizam meios de transporte públicos, 42% utilizam veículos particulares e 38% deslocam-se a pé ou de bicicleta. A percentagem relativamente elevada de ciclistas e peões deve-se ao facto de Graz ter a maior zona pedonal da Europa. O investimento que está a ser feito em ciclovias e pavimentos nos subúrbios da cidade auxilia e reforça as intenções do município. À semelhança da capital austríaca, Viena, também em Graz se pode comprar uma assinatura anual de transportes públicos. Os habitantes com residência principal na capital da Estíria podem adquirir este passe por apenas 228 euros. Desde que o município decidiu ajudar a subsidiar este passe público, registou-se um aumento de 300% nas assinaturas anuais.

 

Em Riga, na Letónia, a poluição no centro levou a que se tomasse a decisão de pedonalizar a cidade antiga nos últimos anos, tornando-a mais "limpa" e promovendo o turismo. Por isso, é proibido circularem carros em várias ruas do centro entre as 12 e as 18 horas, de segunda-feira a sábado, fomentando a segurança dos peões e ciclistas. Na capital da Letónia também se investiu em transportes públicos com o apoio do Banco Europeu de Investimento (75 milhões de euros), que financiou 20 elétricos de piso baixo e 20 autocarros a hidrogénio. A grande aposta em ciclovias é também uma realidade.

 

As bicicletas

 

Cidades ecológicas e inteligentes não faltam na Europa, apontando o bom caminho. Historicamente, Groningen, na Holanda, tem tradição de ser local de bicicletas, sendo que 60% das deslocações na cidade são feitas desta forma. A autarquia continua a apostar na construção de ciclovias. Tem ciclovias aquecidas para evitar estradas geladas e construiu vários parques de estacionamento com acesso aos transportes públicos que permitem mudar do carro ou do comboio para a bicicleta, para o "último quilómetro", tirando trânsito da cidade e reduzindo a poluição.

 

Refira-se que em Groningen também se substituiu toda a frota de 164 autocarros a combustível fóssil por uma frota totalmente elétrica.

Segurança

 

Importante é também as pessoas se sentirem seguras nos transportes públicos. Sobretudo as mulheres, que se sentem inseguras nas horas de ponta. Assim, várias cidades têm investido em infraestruturas de segurança e vigilância, destacando-se Hamburgo, na Alemanha. Nesta cidade do Norte alemão, há 5.900 câmaras de segurança instaladas nos veículos e nas paragens de transportes públicos e existem 400 funcionários que garantem viagens seguras para as mulheres na vasta rede de transportes públicos.

 

Há ainda 177 "colunas de emergência", que são sistemas de chamadas de emergência que permitem uma ligação direta ao serviço de segurança central e podem ser utilizados para pedir ajuda, se necessário.

 

Recorde-se que se vive uma pandemia, pelo que as medidas implementadas pelas diversas cidades descritas neste texto podem ter sido alteradas por motivos de força maior.

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