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Riberalves exporta bacalhau em 20 países

A tecnologia investida na fábrica da Moita é a mais evoluída do mundo no sector. Algumas máquinas foram desenvolvidas exclusivamente para a Riberalves, o que permitiu aumentar a capacidade de produção de bacalhau congelado em 60%.

15 de Fevereiro de 2017 às 12:49

A Riberalves é a maior empresa mundial de transformação de bacalhau. A empresa processa por ano mais de 100 mil toneladas de peixe. Uma quantidade que equivale a 10% do bacalhau pescado em todo o mundo.

A empresa começou a exportar na década de 90 e hoje vende para mais de 20 países. Os principais mercados são o Brasil, Angola e França. A marca Riberalves é líder nacional e tem uma posição dominante nos mercados brasileiro e angolano. Ao longo dos 30 anos de existência, a Riberalves desenvolveu um "know-how" próprio na transformação de bacalhau. A tecnologia investida na fábrica da Moita é a mais evoluída do mundo no sector.

Algumas máquinas foram desenvolvidas exclusivamente para a Riberalves. A capacidade de produção de bacalhau congelado aumentou em 60%, conferindo um poder de resposta único no Mundo. Hoje o bacalhau congelado pronto a cozinhar já representa mais de metade das vendas.

A facilidade em exportar bacalhau congelado comparado com o bacalhau seco foi uma das razões que motivou o investimento. O peixe tornou-se mais acessível a toda a gente, porque desobriga o consumidor a demolhar o bacalhau. O produto final sai da Riberalves pronto a cozinhar, mas adaptado à gastronomia de cada país.


Por exemplo, o mercado brasileiro não consome bacalhau de asa preta, assim como prefere o bacalhau com um teor de sal mais elevado. Já Inglaterra gosta do bacalhau menos salgado, enquanto Portugal e Angola consomem o nível médio de sal. Além da demolha também a secagem do bacalhau varia.

Por exemplo, Angola e a República do Congo exigem produtos bastante mais secos. Contudo, independentemente das adaptações, o bacalhau é cada vez mais procurado no Mundo. O facto de ser um peixe selvagem e saudável torna-o muito atractivo. Uma oportunidade de crescimento das exportações que a Riberalves vai aproveitar.



EUA e México - Sem pele nem espinhas

Para responder à crescente procura mundial de bacalhau a Riberalves está a desenvolver um produto de cura tradicional portuguesa sem pele e sem espinhas.
Numa primeira abordagem, o bacalhau destina-se aos mercados norte-americano e mexicano, contudo, há vários povos no Mundo que valorizam o peixe sem espinhas. Um desafio complexo, mas que a empresa considera possível.
Uma aposta na inovação que combina a estratégia de consolidação das vendas no mercado externo com a conquista de novos clientes.


Perguntas a… Bernardo Alves, administrador

"Vendemos bacalhau na China"


Qual o país de origem do bacalhau?

Compramos a maioria da matéria-prima à Islândia, o fornecedor com maior qualidade.

Quando compram o bacalhau?
No primeiro trimestre, antes da desova. Compramos para todo o ano. Uma operação que comporta algum risco mas já estamos habituados.

Qual a vantagem da ultracongelação?
É um processo industrial rápido em túneis de congelação a 40 graus negativos que mantém as características proteicas e nutricionais.

Há pedidos especiais?
A restauração faz pedidos especiais de corte do bacalhau como postas com o dobro do peso.

Qual o destino mais longe?
Vendemos bacalhau na China e Taiwan para restaurantes portugueses.

Vendem só bacalhau?
Não, 10% das vendas correspondem a outras espécies semelhantes como o paloco, arinca e saithe, vendidas para os países africanos.



Bilhete de identidade

Nome e Fundação: Riberalves, 1985
Produto: Bacalhau
Localização: A fábrica de transformação de bacalhau é na Moita. Sede e fábrica original em Torres Vedras.
Vendas (2016): 145 milhões de euros
N.º de trabalhadores: 450
Exportação: 40%vendas
Principais mercados: Brasil, Angola e França

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