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Armando Silva exporta 70% das vendas

A Armando Silva produz calçado para homem de alta qualidade. O reconhecimento do sapato Yucca no mercado nacional já ultrapassou fronteiras. Hoje a empresa exporta 70% da produção para 20 países.

25 de Janeiro de 2017 às 11:17
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A Armando Silva começou em 1946 numa pequena oficina de calçado, com um sistema de produção artesanal e 12 trabalhadores. Hoje a empresa exporta 70% do que produz para 20 países. Os principais mercados são a Holanda, Suíça e Bélgica. Ao longo dos anos a produção sofreu alterações mas, ainda hoje, o fabrico é semi artesanal. A paixão de produzir sapatos de homem de qualidade passou do fundador Armando Silva para o filho, Manuel Silva. Aos 18 anos começou a trabalhar na empresa e, desde logo, sentiu a necessidade de viajar em busca de novas realidades, enquanto o seu pai controlava a empresa. Os contactos com técnicos espanhóis e italianos e uma seleção criteriosa das matérias-primas aliado a um acabamento de excelência permitiram conquistar o mercado nacional. O calçado clássico da marca Armando Silva e o executivo da marca Yucca são os sapatos escolhidos por muitos portugueses, entre eles incluem-se várias personalidades políticas como o presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o escritor Miguel Esteves Cardoso. Um reconhecimento que ultrapassa fronteiras. No exterior as marcas Di Stilo e Gino B são vendidas nas melhores lojas da Holanda e Bélgica. A parceria com o antigo jogador Pierre Van Hooijdonk e o lançamento de ‘sneakers’ com um design arrojado e confortável foram fundamentais para entrar no mercado holandês. Já no mercado belga, um dos fatores de sucesso foi a produção de cintos com o acabamento em pele exatamente igual ao sapato clássico Di Stilo, algo que a Armando Silva consegue produzir com excelente precisão. A Armando Silva completa a sua oferta com a linha de ‘sneakers’ après-ski (botas forradas com pelo de carneiro), que conquistou clientes nos alpes italianos, franceses, suíços e austríacos. 

 

Próximos passos

Nos próximos anos o objectivo da Armando Silva é conquistar os mercados escandinavos e alemão com os ‘sneakers’ e as botas da linha ‘cobblers’. A Armando Silva tem recebido vários pedidos da Noruega, Suécia, Finlândia e Alemanha e diz estar pronta para os satisfazer. A longo prazo, também a Ásia, nomeadamente China, Japão e os mercados do Médio Oriente fazem parte do horizonte e da ambição da empresa. A satisfação do cliente e a qualidade das marcas definem a filosofia de futuro para a empresa, que este ano comemora o seu 70º aniversário.

Perguntas a… Manuel Silva, administrador

Sapato com o símbolo Ronaldo 7

Como vendem nos mercados?

Vendemos diretamente aos lojistas através de agentes em cada país e de contactos obtidos em feiras internacionais.

Quantos sapatos lançam por ano?

Fazemos quatro coleções por ano e produzimos cerca de 500 modelos novos.

Qual foi o pedido mais especial?

Talvez o mais especial tenha sido o que fizemos para o Cristiano Ronaldo com o descritivo "Ronaldo 7". Mas também fornecemos vários ‘sneakers’ para outros jogadores de futebol como o Sérgio Ramos, Robben, Sneijder e Drogba.  

Porquê lançar a linha feminina?

A linha de calçado feminino desportivo Gino B permitiu aumentar as vendas porque a mulher consome muito mais do que o homem.

Vendem sapatos para ‘private label’?

Sim, produzimos para marcas muito prestigiadas internacionalmente como a Raf Simons e a Navy Boot.



BI da empresa

Nome e fundação: Armando Silva, 1946

Produto: Calçado

Vendas (2016): 4,3 milhões €

N.º trabalhadores: 85

Exportação: 70% vendas

Principais mercados: Holanda, Suíça e Bélgica


 

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