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Notícia

Emissões de gases com efeito de estufa voltam a aumentar

Estudo revela que transportes foram os principais causadores do crescimento das emissões na União Europeia.

08 de Junho de 2017 às 17:06
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As emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 0,5% na União Europeia (UE) em 2015, especialmente devido aos transportes, indica um relatório da Agência Europeia do Ambiente (AEA) divulgado recentemente. Segundo a AEA, os transportes, cujas emissões aumentaram pelo segundo ano consecutivo, foram os principais causadores dos aumentos apesar de haver combustível mais eficiente.

 

 

A AEA divulgou o "Inventário anual de gases com efeito de estufa da União Europeia 1990-2015 e relatório de inventário 2017" e a "Análise das principais tendências e factores de emissões de gases com efeito de estufa na UE entre 1990 e 2015". Nas emissões de gases, o sumário do relatório da UE cita como países que apresentaram maiores aumentos, de 2014 para 2015, Espanha, Itália e Holanda, sendo o Reino Unido o que teve maior diminuição. E salienta que as emissões aumentaram em 2015 pela primeira vez depois de 2010 devido ao transporte rodoviário, mas também a um Inverno mais frio, que levou a maior procura de aquecimento.

 

 

As emissões dos transportes rodoviários representam cerca de 20% das emissões totais de gases com efeito de estuda na UE e aumentaram cerca de 1,6%. As emissões provocadas pelos aviões são cerca de 4% do total e aumentaram 3,3% em 2015. No documento, salienta-se que o aumento foi ligeiro apesar do crescimento económico mais forte desde 2007, o que demonstra que pode haver crescimento sem aumento de gases poluidores.

 

 

De 1990 a 2015, a UE reduziu as emissões de gases com efeito de estufa em 22,1%, superando o objectivo de reduzir as emissões em 20% até 2020. No mesmo período, a economia cresceu cerca de 50%.

 

 

Alterações climáticas deixam marcas

 

 

De acordo com outro estudo da AEA, publicado em Janeiro, devido às alterações climáticas certas regiões da Europa enfrentam o aumento do nível do mar, ondas de calor, inundações, secas e tempestades. O relatório "Climate change, impacts and vulnerability in Europe 2016" avalia as últimas tendências e projecções sobre as alterações climáticas e as suas consequências em todo o continente europeu. Este documento revela que as alterações climáticas estão a ter impacto nos ecossistemas, na economia e na saúde e bem-estar das pessoas na Europa. Continuam a ser batidos recordes de temperaturas globais, do nível do mar e de redução de gelo marinho no Árctico. Os padrões de precipitação estão a mudar e a neve dos glaciares está a diminuir.

 

 

Registe-se que a Europa do Sul é uma das regiões críticas aos impactos adversos, notando-se já mais calor e diminuição da precipitação e dos caudais dos rios, aumentando o risco de secas severas, menores rendimentos de culturas, e não só. As ondas de calor e a mudança na distribuição de doenças infecciosas sensíveis ao clima aumentam os riscos para a saúde e o bem-estar humanos.

 

 

A economia não passa ao lado destas alterações, pois os custos das alterações climáticas podem ser elevados. Os eventos extremos relacionados com o clima nos países do Espaço Económico Europeu representam mais de 400 mil milhões de euros de perdas económicas desde 1980.

 

 

Para fazer frente a esta realidade, o relatório considera que são essenciais estratégias, políticas e medidas de adaptação, melhores e mais flexíveis, de modo a atenuar estes impactos.

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