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Museu Marítimo de Ílhavo: a projetar o futuro com o Mar por Tradição

As referências patrimoniais do MMI são a pesca do bacalhau, as fainas da ria e a diáspora dos ílhavos pelo litoral português. O Aquário dos Bacalhaus é igualmente imperdível.

19 de Maio de 2020 às 23:22
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É imprescindível assinalar o Dia Europeu do Mar focando a relação intrínseca que o município de Ílhavo tem com o mar e a ria de Aveiro, tanto por razões geográficas, como por motivos históricos, culturais e económicos. Uma parte importante do seu território é ocupada por um expressivo espelho de água, que é a ria de Aveiro, e que proporcionou dinâmicas de trabalho específicas em fainas agromarítimas e piscatórias. A instalação do Porto de Aveiro, maioritariamente localizado na Gafanha da Nazaré, no município de Ílhavo, promoveu a dinamização económica à sua população, maioritariamente voltada para a atividade marítima, com destaque para o período áureo da pesca do bacalhau, por meados do século XX. Essa ligação mantém-se até aos dias de hoje, sendo o único porto bacalhoeiro do país e o local onde está sediada a grande maioria das empresas de transformação de bacalhau. A vocação marítima do município de Ílhavo também se destaca no setor do turismo e herança cultural, da qual o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) é a referência.

 

 

O MMI é o museu municipal mais visitado do país e registou em 2019 o recorde de cerca de 89 mil visitantes. Afirmado pela preservação da memória do trabalho no mar e promoção da cultura e identidade marítima dos portugueses, tem a pesca do bacalhau nos mares da Terra Nova e Gronelândia, as fainas da ria e a diáspora dos ílhavos ao longo do litoral português como referências patrimoniais. O Aquário dos Bacalhaus, plenamente inserido no seu percurso expositivo e perfil arquitetónico, acrescenta conhecimento biológico ao discurso histórico e memorial da Faina Maior. Nele habitam exemplares da espécie gadus morhua, o bacalhau-do-atlântico, considerado "o nosso bacalhau", pescado e consumido por portugueses há vários séculos.

 

 

Ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, está o Navio-Museu Santo André, polo do MMI, um arrastão lateral, que fez parte da frota bacalhoeira portuguesa até aos anos 90 e foi transformado em navio-museu desde 2001. Está em fase de importantes reparações de beneficiação, requalificação estrutural e redefinição do discurso museológico.

 

 

Todas as terças-feiras, às 17 horas

 

 

Com as portas encerradas neste período de isolamento social, o museu tem procurado aproximar-se do seu público utilizando novos formatos. Desde meados de abril que todas as terças-feiras, às 17 horas, vai para o ar o programa "Todos a Bordo!", à boleia da rádio 23 milhas, em 105.00 FM, e em direto na página de Facebook do museu. Neste novo espaço de ligação com a comunidade há entrevistas, visitas radiofónicas e conversas sobre os seus patrimónios, que permitem descobrir as narrativas invisíveis da herança cultural que o museu encerra.

 

 

Como os tempos atuais são de adaptação, reformulação e redefinição de comportamentos, o MMI comemorou o Dia Internacional dos Museus, de 16 a 18 de maio, com um programa tão preenchido como o habitual, mas, que desta vez decorreu em casa de cada um. Abriu as suas portas ao público, mas nas redes sociais, com um programa multimédia, gratuito, para toda a família. À hora marcada foram lançados na página de Facebook do MMI os vídeos que levaram o museu a várias casas e que trouxeram visitas temáticas para diferentes idades, um workshop, um jogo para os mais novos, momentos de narrativa encenada, uma entrevista e também o programa de rádio do museu "Todos a Bordo!".

 

 

Os museus são por excelência locais de difusão de cultura e promoção da educação para o património, características que não devem perder durante este período de afastamento do público, mantendo ligações e despertando novos interesses. A exploração de novos formatos é importante por agora e para o futuro mais próximo, porque o recomeço vai ser paulatino e em contraciclo com a massificação que se vinha afirmando nos últimos anos. Todavia, são os vínculos que criarmos hoje de que vamos beneficiar amanhã, porque os museus existem para serem ocupados, explorados e vividos. Como nada bate a sensação do cheiro a óleo de linhaça da Faina Maior, a serenidade do Aquário dos Bacalhaus ou a imponência do Navio-Museu Santo André, o MMI em breve estará novamente à disposição do seu público, adotando diferentes estratégias de interação, mas mantendo a convicção de que quem visita embarca numa aventura dos sentidos!

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