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"Receber uma prova decisiva do Mundial confere maior mediatismo"

O Autódromo Internacional do Algarve (AIA) recebe entre 29 de setembro e 1 de outubro a penúltima etapa do Mundial de Superbikes (WSBK), que poderá consagrar o espanhol Álvaro Bautista (Ducati) como bicampeão.

27 de Setembro de 2023 às 11:14
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CEO da empresa Parkalgar, que gere o Autódromo Internacional do Algarve (AIA), Paulo Pinheiro faz o lançamento das corridas do próximo fim de semana e passa em revista os 15 anos da "Montanha-Russa" algarvia, recheados de corridas históricas e de uma ambição permanente de "evolução contínua".

 

Desde a sua abertura, em 2008, que o AIA é um dos principais palcos do Mundial de Superbikes (WSBK), e nos próximos dias vai receber uma etapa potencialmente decisiva do Mundial 2023. Como se explica o êxito desta competição para motos derivadas de série junto do público aficionado algarvio e dos turistas que visitam a região?

O WSBK nasceu no final dos anos 1980 e desde logo se tornou muito interessante para os construtores, e, por arrasto, para o público, pois as motos que vencem nas pistas são aquelas que podemos comprar no stand. Os motociclistas são muito defensores das suas marcas, ou das marcas que escolhem, e isso ajudou a que aderissem ao campeonato e o tornassem muito popular. Atualmente, são cinco os construtores representados a nível oficial nas grelhas de partida; e, dado o próprio formato das corridas ser muito direcionado para um contacto direto com o público, que pode aceder ao paddock sem grandes restrições e com direito a muitas ações apelativas, a popularidade tem vindo a crescer de novo, depois de alguns anos em que se ressentiu um pouco nesse capítulo.

Álvaro Bautista, que lidera o Mundial com 47 pontos de vantagem sobre o mais direto perseguidor, poderá sair já de Portimão com a renovação do título WSBK selada. Quais as expectativas a esse nível?

Em 2009, o título foi decidido aqui no AIA – venceu o norte-americano Ben Spies (Yamaha) –, e em 2023 esse cenário coloca-se novamente. Naturalmente, o facto de Álvaro Bautista ser espanhol concentra muitas atenções por parte do público do seu país, e aqueles que se encontram mais próximos do Algarve estão a mostrar interesse em acompanhar ao vivo este fim de semana decisivo. Receber uma prova decisiva do WSBK confere maior mediatismo à mesma, naturalmente com destaque para os media espanhóis, que querem estar presentes no momento da provável celebração de Bautista.

"A construção do parque tecnológico da Celerator, uma parceria com a Universidade do Algarve, no AIA, indicia uma expansão e diversificação das atividades do autódromo."  Paulo Pinheiro, CEO da empresa Parkalgar

Esta etapa portuguesa do WSBK 2023 não será a única atração para os amantes de motociclismo que acorrerem ao AIA nos próximos dias: também vão estar em pista as motos das classes Supersport e Supersport 300, neste caso com dois pilotos lusos em pista: Dinis Borges e Tomás Alonso. O que esperar de ambos?

Tanto o Dinis como o Tomás são, na atualidade, os dois melhores pilotos nas Supersport 300 que temos nas nossas pistas, e é um motivo de orgulho vermos os nossos pilotos em ação. Enquanto Parkalgar Racing Team, tivemos uma equipa no Mundial Supersport, com o Miguel Praia a ser um dos nossos pilotos, pelo que ver mais pilotos neste campeonato é algo que gostaríamos que fosse uma realidade a tempo inteiro, não apenas em participações pontuais, como vai acontecer aqui. Sabemos que qualquer um deles tem capacidade para poder estar na grelha de partida, desde que reunidas as melhores condições.

Quinze anos depois da sua abertura, quais os momentos mais marcantes que ajudam a contar a história deste empreendimento?

São muitos, como a primeira corrida das SBK, aquando da inauguração em 2008, e que marcou a despedida de Troy Bayliss (Ducati) como vencedor do Mundial. Naturalmente, são momentos altos as duas corridas de F1, em 2020 e 2021, ambas ganhas por Lewis Hamilton, que se tornou, ao vencer a primeira, no piloto com mais vitórias na disciplina. Nunca iremos esquecer igualmente a vitória do Miguel Oliveira na primeira corrida de MotoGP que aqui se realizou, em novembro de 2020, vitória essa, infelizmente, sem público, porque estávamos em plena pandemia. Em 15 anos de história guardamos tantos momentos que se torna complicado escolher quais os mais marcantes.

 

O que torna este traçado tão atrativo para os desportos motorizados e que importância tem à escala internacional?

Desde que foi inaugurado que as subidas e as descidas se tornaram uma imagem de marca. O nome de "Montanha-Russa" surgiu de forma natural. Destacam-se também os diferentes tipos de curva e as travagens fortes nalgumas delas – em especial a Curva 5: todas estas características acabaram por dar um carisma próprio ao traçado, reconhecido por pilotos, equipas e engenheiros como um dos desafios mais exigentes na atualidade. Alguns costumam mesmo dizer que quem é rápido no Algarve é rápido em todos os circuitos.

 


No que toca à inserção do AIA no contexto socioeconómico algarvio, que balanço se pode fazer?

O AIA tem sido um marco importante na região do Algarve, mas também no país. A sua presença tem atraído aficionados do desporto motorizado, mas também turistas e grandes eventos corporativos internacionais das maiores marcas do setor automóvel, motos e todos os fabricantes originais de equipamento e fabricantes de equipamentos a eles ligados. Este fluxo de visitantes e eventos tem um impacto positivo na economia local, promovendo o turismo e criando oportunidades de emprego na região, que ajudam a fixar a população. O tráfego extra gerado no aeroporto de Faro é um bom barómetro. E isto tudo ao longo de todo o ano, não somente na típica curva sazonal do verão.

 

Como têm evoluído as curvas da taxa de ocupação do autódromo e do seu volume de negócios?

Têm permanecido altas nos últimos anos, com exceção dos anos de covid-19. Temos sempre mais de 90% de taxa de ocupação. Quase todos os dias, úteis ou de fim de semana, temos algo a acontecer no AIA: uma corrida do calendário internacional; uma apresentação mundial de um carro, moto ou pneus; testes privados pré-lançamento no mercado de uma marca de carros ou motos… O leque é imenso. A evolução do negócio tem correspondido a essa sustentabilidade económica, que se estende ao nosso hotel (Algarve Race Resort): atualmente é uma unidade de negócio que vale por si, é o seu próprio centro de resultados e afirma-se como uma mais-valia estratégica na captação de negócio para todos os equipamentos do AIA.

 

Foi lançada em julho deste ano a primeira pedra do edifício do parque tecnológico. Qual a importância deste projeto no contexto do AIA e que áreas poderá impulsionar?

A construção do parque tecnológico da Celerator, uma parceria com a Universidade do Algarve, no AIA, indicia uma expansão e diversificação das atividades do autódromo. Este projeto pode impulsionar áreas como: inovação tecnológica; pesquisa e desenvolvimento nos setores dos combustíveis não fósseis, motorizado e desportivo; e atração de empresas e startups relacionadas com estas áreas para a região. É um grande passo, que estava previsto desde o projeto inicial anterior a 2008 e que agora se começa a materializar. A proposta de valor que temos é única: juntamos, num único espaço, equipamento de ponta, recursos humanos com ótima formação e conhecimento vindo da universidade e uma imbatível proximidade física à pista do autódromo.

"Em 15 anos de história guardamos tantos momentos que se torna complicado escolher quais os mais marcantes." Paulo Pinheiro, CEO da empresa Parkalgar

Para que novos desafios está o AIA preparado?

O AIA tem mostrado uma evolução contínua desde a sua inauguração – tem sido sempre essa a preocupação da equipa de gestão e dos acionistas. Com a adição de novos projetos como o parque tecnológico Celerator, o AIA está preparado para enfrentar desafios relacionados com a inovação e a investigação tecnológicas. E sabemos bem quais são os outros desafios que temos pela frente: afirmarmo-nos como padrão de sustentabilidade ambiental (já temos hoje 5,5 Mw de produção de energia/ano de fonte solar, porém queremos aumentar a eletrificação do autódromo e fortalecer outras práticas sustentáveis que já seguimos hoje); estarmos preparados para dar um salto tecnológico na automação da gestão da pista; e conseguirmos também que as empresas portuguesas olhem para nós como um instrumento de apoio às suas vendas, à sua marca e ao seu negócio, como fazem centenas de empresas de topo de todo o mundo – tem sido mais fácil ser uma referência mundial do que nacional.




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