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"Queremos alertar para a pegada carbónica e eficiência energética"

Projeto Casa de Sonho Eco MELOM constrói moradias com soluções amigas do ambiente.

20 de Dezembro de 2021 às 09:30
João Carvalho, arquiteto da MELOM
João Carvalho, arquiteto da MELOM
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Casa de Sonho Eco MELOM. Este é o nome da iniciativa com a qual a MELOM se candidatou ao Prémio Nacional de Sustentabilidade 20 I 30, do Jornal de Negócios, na categoria Bem-estar e Cidades Sustentáveis. Mas que produto é este? Trata-se de uma iniciativa que pretende consciencializar mais a sociedade para a importância de melhorar a qualidade e aproveitamento das suas habitações. O objetivo passa por alcançar todos os clientes interessados na construção de moradias, esperando que isso se repercute em cidades mais sustentáveis, pois é urgente mudar o paradigma da construção civil em Portugal. Para conhecer melhor esta iniciativa, entrevistámos João Carvalho, arquiteto da MELOM.


O que distingue o projeto Casa de Sonho Eco MELOM?

O projeto Casa de Sonho Eco MELOM nasce de uma vontade de alertarmos os nossos clientes para a pegada carbónica e eficiência energética. Na MELOM, como líderes do setor de obras em Portugal, acreditamos ter esta responsabilidade acrescida de sensibilização dos nossos clientes para uma mais eficiente utilização dos recursos naturais e energéticos. A Casa de Sonho assenta num pressuposto de pensarmos na grande maioria das soluções para que o cliente tenha um benefício de tempo desde o projeto à entrega das casas. Consideramos ser importante e imprescindível incluir soluções amigas do ambiente.

Que argumentos tem esta iniciativa que pode levar a vencer a categoria Bem-estar e Cidades Sustentáveis, nesta nova edição do Prémio Nacional de Sustentabilidade 20 30?

Apesar de não estarmos a falar de casas autossustentáveis, acreditamos que poderemos com este projeto desmistificar e democratizar as soluções de eficiência energética e redução da pegada carbónica de forma simples.


Incorporamos, por exemplo, em grande parte dos modelos, a captação de águas pluviais e a sua reutilização para circuito de águas não potáveis, como sejam rega e alimentação de autoclismos. Procuramos ter uma base eficiente de vãos e privilegiamos a orientação e dimensão de vão para uma melhor eficiência em sacrifício da estética. Este ponto não se traduz em qualquer custo acrescido para o cliente porque não estamos a discutir a qualidade de materiais, mas sim a eficácia da arquitetura num objetivo de eficiência energética. Queremos, do ponto de vista da arquitetura, privilegiar a eficiência energética em detrimento da estética. Num exemplo claro: para quê ter muito envidraçado, que contribuirá para uma necessidade energética de verão com arrefecimento e inverno com aquecimento, apenas para obedecer a um caderno estilístico? O projeto Casa de Sonho Eco MELOM põe em causa alguns dos pedidos dos nossos clientes, alertando para consumos e suas compensações.



A Casa de Sonho Eco MELOM desenvolveu várias ofertas para que o cliente possa escolher a que melhor se adapta às suas necessidades e modo de vida. Pode explicar quais são essas ofertas?

Na verdade são níveis de soluções construtivas do ponto de vista de eficiência energética, reaproveitamento de recursos e diminuição de pegada carbónica. Os níveis, que vão de Basic a Premium, são compostos também pela etiqueta energética de cada solução, sejam revestimentos, caixilharias ou métodos construtivos. Todos assentam na premissa de compromisso entre a solução projetada e respetiva eficiência, ou seja, o princípio base é o de projetarmos com o objetivo de termos uma solução melhor do ponto de vista ambiental, depois os níveis serão mais relacionados com os tipos de materiais usados na construção.




Começamos pelo primeiro pack, o Basic. 

No Basic, apresentamos a solução mais elementar. Esta solução pressupõe que adicionamos à moradia a instalação de rede de gás para a utilização de um esquentador inteligente, e também a instalação de ar condicionado na moradia (com saídas nos quartos e sala). Apesar de ser muito elementar já começa a permitir-nos conferir algumas melhorias, pois fruto do equilíbrio térmico que tem de origem (não existindo pontes térmicas), todo o calor ou frio que estes equipamentos gerem irão ficar retidos na moradia para aproveitamento desta. Otimiza-se assim ao máximo a utilização destes equipamentos, traduzindo-se numa redução da fatura energética.



Qual é o segundo pack?

Designamos este pack como Standard. Acrescenta ao pack Basic a instalação de um painel de águas quentes sanitárias, reduzindo o consumo energético para o aquecimento de águas, pois este painel irá aproveitar os raios solares para aquecer o reservatório de água. Como Portugal tem sol na maioria dos dias, o painel irá conseguir aquecer as águas na maioria dos dias, ficando o esquentador apenas para fazer compensações. Com esta solução, o cliente conseguirá reduzir o consumo de eletricidade e gás.



Quais são os restantes packs?

No pack Full, além do esquentador, painel termossifão e ar condicionado, juntamos um sistema de ventilação, de modo a conseguirmos a renovação do ar interior da moradia com o objetivo de melhoria da sua qualidade.

Por fim, temos o pack Premium, que junta um painel solar com circulação forçada, de modo a conseguirmos ter piso radiante na moradia. Nesta solução, e com todos os restantes pressupostos dos packs anteriores, conseguimos com pouco gasto energético, ter uma moradia climatizada, com renovação do ar interior sem ter uma fatura energética excessivamente alta.



Incorporamos, em grande parte dos modelos, a captação de águas pluviais e a sua reutilização para circuito de águas não potáveis, como sejam rega e alimentação de autoclismos João Carvalho, arquiteto da MELOM



Os portugueses vão demonstrando cada vez mais sensibilidade para estas soluções ecológicas e económicas de construção de moradias mais adaptadas a um futuro verde?

Sim, verificamos que os nossos clientes estão muito mais sensíveis ao tema da sustentabilidade e não só procuram soluções corretivas à nossa pegada ecológica como estão atentos às soluções preventivas na construção das suas casas. O aumento do custo energético também tem contribuído para o crescimento da sensibilização dos clientes.



Já têm clientes interessados na Casa de Sonho Eco MELOM?

Por norma, os nossos clientes não procuram o produto por si só. São clientes que nos chegam com o sonho de construir a sua habitação e cabe-nos o papel de sensibilização para estes temas uma vez que é possível executarmos qualquer casa com estas preocupações. Eu diria que hoje ainda não nos chegam muitos clientes que priorizem a questão ambiental em detrimento, por exemplo, da arquitetura ou do budget. Mas precisamos de sensibilizar todos os nossos clientes para esta questão que contribuirá para termos casas melhores e mais eficientes que não gastam tanto como outras. Numa analogia ao automóvel, estamos em crer que devemos sensibilizar cada vez mais os clientes para os consumos.



O que antevê que vá acontecer em 2022, no que toca a esta iniciativa?

Acreditamos que iremos construir mais casas com preocupações ecológicas do que sem estas preocupações. Aliás, não faz sentido nenhum continuarmos a construir como antigamente, com um pensamento de recursos infinitos e sem linha de conta com os consumos.




Confirma que o projeto arranca em janeiro?

Nas reuniões com os clientes estamos já a apresentar esta nossa visão e alertar para as soluções eco que preconizamos nas nossas moradias. Consideramos que, na maioria dos casos, o cliente não dispõe de toda a informação por parte do projetista ou construtor para decidir, em consciência, sobre a construção da sua casa, que por sinal será, muito provavelmente, o bem mais duradouro que terá durante a sua vida.



É nossa obrigação, por exemplo, identificarmos soluções e apresentarmos o comparativo não só no período de aquisição (construção), mas ao longo da vida da casa (consumos). Num exemplo muito simples valerá a pena pouparmos alguns euros na construção para os gastarmos logo ao fim dos primeiros anos e a partir daí ser continuamente prejuízo face a uma alternativa melhor, mas um pouco mais cara? O problema que temos em Portugal é que faltam profissionais do setor que mostrem isto ao cliente, porque, seguramente, nenhum cliente optaria por uma caixilharia fraca sob o ponto de vista energético quando percebesse que para compensar essa caixilharia teria mais custos energéticos ao longo do ano e ao fim de poucos anos já estaria com o mesmo dinheiro despendido e uma caixilharia má.



Que balanço faz do ano de 2021 da MELOM?

No ano de 2021 recuperámos para os indicadores pré-pandemia, mas foi um ano muito difícil. Tivemos um primeiro trimestre muito mau, com um novo confinamento e com menos contacto físico com os nossos franchisados. Aos desafios da pandemia juntamos, o desafio de falta de matérias primas e escassez de mão de obra. Foi um ano de loucos e os nossos franchisados superaram-se para continuar a fazer obras com profissionalismo e rigor. Ficámos muito orgulhosos porque com estes desafios e constrangimentos a nossa rede soube manter a calma e estar à altura dos desafios e confiança dos seus clientes.



Quais são os desafios para o futuro da MELOM?

Continuamos com o sonho de profissionalizar o mercado de obras no setor residencial. Para isso, temos de continuar o nosso trajeto de formar a nossa rede para ser melhor, não só a proporcionar soluções aos clientes como as que aqui falamos, mas a pautar o seu comportamento por uma postura ética acompanhada de uma visão de médio – longo prazo.


Os nossos franchisados estão no setor por vocação e vontade e escolheram representar uma marca para afirmar precisamente que são diferentes do mercado. Esta diferença é consubstanciada com ações concretas, com orçamentos claros e com obras bem executadas, esta é a missão de um franchisado MELOM. Numa sociedade cada vez mais exigente, o maior desafio da MELOM é estar ao nível dos demais desafios e proporcionar a melhor experiência aos seus clientes, prestando um serviço melhor do que o mercado onde se encontra.


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