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Fórum Económico de Delfos debate inovação para endereçar desafios globais

De volta ao formato presencial, o Fórum Económico de Delfos reuniu alguns dos mais proeminentes líderes políticos e económicos. A Philip Morris International (PMI) deu o seu testemunho de como endereçou a transformação do seu negócio.

14 de Abril de 2022 às 08:57
Gregoire Verdeaux, vice-presidente de External Affairs da Philip Morris International (PMI), com a jornalista Alexia Kefalas, do Le Figaro e France 24.
Gregoire Verdeaux, vice-presidente de External Affairs da Philip Morris International (PMI), com a jornalista Alexia Kefalas, do Le Figaro e France 24.
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O Fórum Económico de Delfos, na Grécia, regressou ao seu formato presencial para acolher alguns dos mais proeminentes líderes políticos e económicos. Entre os dias 6 e 9 de abril, estiveram em debate o futuro da União Europeia, a segurança mundial e a economia global, para além dos cada vez mais pertinentes tópicos como a emergência climática ou a mudança tecnológica.

Um dos painéis em destaque neste certame de referência mundial ocorreu no segundo dia do evento e abordou a "Inovação pela Igualdade". Gregoire Verdeaux, vice-presidente de External Affairs da Philip Morris International (PMI), desafiado por Alexia Kefalas, jornalista do Le Figaro e France 24, falou sobre os reptos que governos e empresas enfrentam na criação de uma estratégia que impulsione a produtividade, a sustentabilidade e melhores condições de vida.

Há cerca de dois anos na Philip Morris International, Gregoire Verdeaux teve uma carreira ligada ao governo, fosse em França, na Comissão Europeia ou nas Nações Unidas, para além de ter colaborado em setores como o energético, numa altura crucial para a transição para as renováveis. O executivo trabalhou ainda em áreas como as telecomunicações e o setor digital durante seis anos, aquando do espoletar da fibra e 5G.

 

Não há "normalidade"

Na sua intervenção, Gregoire Verdeaux garante que a transformação de negócio ocorrida na Philip Morris foi a maior de sempre entre uma empresa Fortune 500, mas admite que houve lições a tirar da última década. "Subestimamos o facto de as transformações poderem gerar desigualdades.

No sentido de que a inovação vai a um ritmo muito acelerado em diferentes setores – seja nas tecnologias ou na indústria farmacêutica, na energia ou transportes –, o que cria um efeito agregador na inovação para os que beneficiam dela e uma exclusão para os que não beneficiam." O executivo mostrou-se surpreendido por nunca ninguém ter olhado para os impactos sociais que podem ocorrer, afirmando que muitos dos que revelam sentimentos de desespero "estão excluídos de qualquer camada de inovação". O vice-presidente de External Affairs da Philip Morris International não tem qualquer dúvida de que a inovação beneficia apenas uma camada da população, "que normalmente é sempre a mesma", disse em Delfos. "No final do dia, acabamos por olhar para o nosso jardim e regar sempre as mesmas flores."

Outro pensamento partilhado pelo executivo foi a noção de "normalidade". Gregoire Verdeaux relembrou a falência do Lehman Brothers, que simboliza uma das maiores crises de sempre, a pandemia espoletada pela covid-19 ou a guerra na Ucrânia para demonstrar que, se calhar, está na altura "de considerar que não existe normalidade". Aliás, para o vice-presidente de External Affairs, é a combinação de emergência e resiliência que tem feito com que os governos criem novas ferramentas de regulação.

Na sessão, a jornalista Alexia Kefalas desafiou ainda Gregoire Verdeaux a explicar a visão "sem fumo" da Philip Morris International, um conceito que a empresa abraça e no qual investe milhares de milhões de dólares para conseguir apresentar aos fumadores melhores alternativas. Nomeadamente produtos que apresentem ao consumidor uma redução drástica da exposição aos elementos tóxicos encontrados nos cigarros combustíveis. "Estamos empenhados neste sentido."

 

Consumidores abraçam novos produtos

A representação do grupo multinacional PMI estendeu-se ainda à presença do CEO, Jacek Olczak, que discutiu no evento a importância da implementação de políticas de redução de risco e o papel que a ciência e a inovação representam na resolução dos desafios globais. O presidente do conselho de administração admitiu no evento que, naturalmente, demorou algum tempo até que a empresa percebesse até que ponto era possível continuar a oferecer aos fumadores o prazer de fumar, endereçando ao mesmo tempo os impactos negativos que os cigarros combustíveis apresentam.

"Vivemos numa altura em que a tecnologia e a ciência quase fazem magia. Se juntarmos isso à vontade de nos questionarmos e desafiarmos, podemos chegar a uma solução", explicou o CEO na sua intervenção em Delfos.


A empresa encetou a sua transformação há sete anos, tendo mais de 20 milhões de consumidores de novos produtos e que praticamente deixaram de consumir cigarros. "Se falarem com eles, vão dizer que foi a melhor coisa que lhes podia ter acontecido. E que a IQOS lhes mudou a vida."

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