A desertificação dos territórios rurais tem sido uma constante nas últimas décadas, uma realidade que sucessivos governos não têm sido capazes de contrariar. Esta é uma tendência que se torna urgente inverter, e em que a politica agrícola deverá ter um papel fundamental, defendeu o deputado do PS Joaquim Barreto, na sua intervenção na abertura da conferência. Durante 20 anos, Joaquim Barreto, engenheiro de recursos florestais de formação, foi presidente do município de Cabeceiras de Basto, situado no limite entre os distritos de Braga e de Vila Real.
Na perspetiva deste responsável político, para aumentar a atratividade dos territórios de baixa densidade, como aquele a que presidiu, é necessário, num contexto de gestão do território e da paisagem, "recuperar áreas abandonadas com potencial para a agricultura e para atividades conexas, reposicionando o espaço rural como espaço de uma nova atratividade, chamando novas pessoas para estas atividades e para estes espaços". Nesta lógica, o deputado considerou importante o esforço do Governo para atualizar e completar o cadastro da propriedade rústica, bem como a aprovação da nova lei do banco de terras, no sentido de disponibilizar mais e melhores terrenos para o arrendamento e a exploração agrícola.
Agenda de inovação
No entanto, a simples disponibilização de terras não resolverá o problema. Para Joaquim Barreto, "torna-se necessária a implementação de uma agenda de promoção da inovação, da tecnologia, e do conhecimento, que aumente a sustentabilidade económica, social e ambiental da atividade agrícola". Os mais de 6 mil milhões destinados a Portugal no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) deverão, na perspetiva deste responsável político, "ser o elemento estruturante de uma política agrícola essencial para aumentar a resiliência e a vitalidade das zonas rurais através de uma atividade sustentada de gestão ativa do território". Neste contexto, "é necessário reforçar o papel da agricultura e da floresta na promoção da coesão social e territorial, sobretudo se se pretendem reforçar opções mais ecológicas e resilientes", concluiu.
Financiamento europeu
Desta forma, o financiamento europeu vai continuar a ser fundamental para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e geradora de riqueza. "Ao permitir o investimento em tecnologias, formação, infraestruturas, e na valorização dos produtos locais, esses fundos europeus ajudam a superar os desafios atuais enfrentados pela agricultura, e contribuem para o desenvolvimento das zonas rurais e para o bem estar das comunidades locais" afirma Joaquim Barreto. No entanto, permanece a questão se serão suficientes face aos muitos e diversificados desafios que se colocam. "Hoje, como ontem, temos uma agricultura que expressa manifesta dificuldade em estabelecer um virtuoso equilíbrio entre o território, a sustentabilidade ambiental social e económica, e a competitividade global", concluiu o deputado.
Na perspetiva deste responsável político, para aumentar a atratividade dos territórios de baixa densidade, como aquele a que presidiu, é necessário, num contexto de gestão do território e da paisagem, "recuperar áreas abandonadas com potencial para a agricultura e para atividades conexas, reposicionando o espaço rural como espaço de uma nova atratividade, chamando novas pessoas para estas atividades e para estes espaços". Nesta lógica, o deputado considerou importante o esforço do Governo para atualizar e completar o cadastro da propriedade rústica, bem como a aprovação da nova lei do banco de terras, no sentido de disponibilizar mais e melhores terrenos para o arrendamento e a exploração agrícola.
É necessário reforçar o papel da agricultura e da floresta na promoção da coesão ocial e territorial, sobretudo se se pretendem reforçar opções mais ecológicas e resilientes. JOAQUIM BARRETO, deputado e engenheiro de Recursos Florestais
Agenda de inovação
No entanto, a simples disponibilização de terras não resolverá o problema. Para Joaquim Barreto, "torna-se necessária a implementação de uma agenda de promoção da inovação, da tecnologia, e do conhecimento, que aumente a sustentabilidade económica, social e ambiental da atividade agrícola". Os mais de 6 mil milhões destinados a Portugal no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) deverão, na perspetiva deste responsável político, "ser o elemento estruturante de uma política agrícola essencial para aumentar a resiliência e a vitalidade das zonas rurais através de uma atividade sustentada de gestão ativa do território". Neste contexto, "é necessário reforçar o papel da agricultura e da floresta na promoção da coesão social e territorial, sobretudo se se pretendem reforçar opções mais ecológicas e resilientes", concluiu.
Financiamento europeu
Desta forma, o financiamento europeu vai continuar a ser fundamental para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e geradora de riqueza. "Ao permitir o investimento em tecnologias, formação, infraestruturas, e na valorização dos produtos locais, esses fundos europeus ajudam a superar os desafios atuais enfrentados pela agricultura, e contribuem para o desenvolvimento das zonas rurais e para o bem estar das comunidades locais" afirma Joaquim Barreto. No entanto, permanece a questão se serão suficientes face aos muitos e diversificados desafios que se colocam. "Hoje, como ontem, temos uma agricultura que expressa manifesta dificuldade em estabelecer um virtuoso equilíbrio entre o território, a sustentabilidade ambiental social e económica, e a competitividade global", concluiu o deputado.