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Dom Pedro: do sonho do turista italiano até ao melhor ano de sempre

Com 52 anos de atividade, o grupo hoteleiro que nasceu da paixão pela Madeira de Pietro Saviotti espera fechar 2022 como o seu melhor ano de receitas, graças ao Algarve e à Madeira. Com quatro hotéis no Algarve, dois na Madeira e um em Lisboa, o Dom Pedro vai apostar cada vez mais em conteúdos culturais que complementem a sua oferta.

05 de Dezembro de 2022 às 15:34
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Dos olhos apaixonados do turista italiano Pietro Saviotti sobre a baía do Machico, na Madeira, surgiu em 1968 a visão de um hotel na região que o seu filho viria a tornar no Dom Pedro. Cinquenta e dois anos depois, o grupo hoteleiro Dom Pedro tem quatro unidades no Algarve, duas na Madeira e uma em Lisboa (o icónico hotel nas Amoreiras).

Pedro Ribeiro, sales director, diz, em entrevista, que o grupo espera fechar 2022 como o melhor ano de sempre em receitas devido aos "crescimentos muito interessantes" em destinos como o Algarve e a Madeira, quando se compara com a atividade no ano que antecedeu a pandemia, 2019.

Para além de ser uma das principais referências hoteleiras em Portugal, o Dom Pedro Hotels foi pioneiro no mercado do golfe, um segmento que tem procura transversal o ano inteiro e que é particularmente forte no Algarve. Decidido a superar os desafios difíceis do próximo ano em termos operacionais e comerciais, o Dom Pedro pretende apostar nos conteúdos culturais do grupo e reforçar o investimento nas infraestruturas.

O Grupo Dom Pedro tem uma presença importante em vários pontos do território nacional, pelo que possui uma perspetiva realista dos desafios que se colocam ao turismo em Portugal. Na sua opinião quais são os desafios mais importantes?

O Grupo Dom Pedro está presente nos principais destinos turísticos nacionais, Lisboa, Algarve e Madeira. Igualmente em termos de mercados e segmentos é bastante transversal, tendo uma forte presença nos segmentos de golfe, lazer e MICE (Meetings, Incentives, Conferences and Exhibitions). Os desafios são comuns aos vários destinos, apesar de alguns apresentarem especificidades.

 

Que especificidades são essas?

Manter a qualidade de serviço dos produtos turísticos existentes através da formação de novos colaboradores para a indústria do turismo, da retenção dos mais qualificados e da captação de colaboradores qualificados de outros destinos, sempre com o objetivo de aumentar o valor acrescentado que o turismo retém para a economia nacional com aumentos da despesa média efetuada por cada turista em Portugal.  Investir nas infraestruturas privadas bem como nas infraestruturas públicas que proporcionem bem-estar ao turista e que os motivem a escolher Portugal. Apostar cada vez mais em conteúdos culturais que sejam complementares à oferta existente. E também a melhoria das ligações de Portugal aos mais variados mercados (aeroportos, linha de alta velocidade, ligações aéreas).

  

E quais os aspetos a melhorar?

Todos os pontos acima mencionados são importantes e devem ser constantemente melhorados e aliados a um maior investimento na promoção de Portugal como destino turístico, mas igualmente como destino para investimento privado ou de empresas.

 

Estes são também os desafios que o Grupo Dom Pedro enfrenta?

A parte da qualificação e melhoria dos recursos humanos é um desafio que todas as empresas enfrentam e a Dom Pedro não é uma exceção. Igualmente a comunicação e a promoção da nossa marca e produtos internacionalmente têm sido sempre um desafio. Temos mantido sempre uma forte presença nos principais mercados emissores, desde os tradicionais até mercados mais emergentes sendo essa presença bastante desafiante, pois competimos com os principais "players" mundiais do setor.

 

Como estão as taxas de ocupação em 2022 face a 2021?

O ano de 2021 foi ainda muito marcado pela covid e foram pouco os meses em que conseguimos atingir valores semelhantes a um ano normal. Desta forma os aumentos de 2022 a 2021 são muito significativos.

 

Como espera fechar o ano de 2022?

2022 é um ano que poderá fechar como o nosso melhor ano de sempre de receitas. Talvez ainda não o seja de uma forma transversal a todas as nossas unidades, mas em termos consolidados do grupo a projeção atual é que assim será. Temos crescimentos muito interessantes até ao momento, comparativamente com 2019, em destinos como o Algarve e a Madeira.

 

Que novidades vão apresentar para o final do ano/réveillon?

Vamos manter a nossa linha de termos Jantar de Réveillon nas nossas unidades do Algarve e Lisboa onde iremos ter pacotes especiais para celebrar a entrada em 2023.

 

Como encara 2023?

Vai ser um ano com muitos desafios, quer em termos operacionais quer em termos comerciais. Os aumentos dos custos de operação, aliados à dificuldade de contratação dos colaboradores necessários, trarão problemas acrescidos às empresas nacionais na área de operação enquanto na área comercial a inflação e a previsível crise económica poderão trazer retração nalguns mercados e segmentos. Apesar disso, até ao momento, os indicadores estão positivos em termos de procura pelos vários mercados.

 

De que forma a guerra na Ucrânia está a afetar o turismo na Europa? Na sua opinião, Portugal está a ser beneficiado ou prejudicado com esta situação?

Afeta negativamente em termos económicos europeus, contribuindo para a inflação na maior parte dos mercados emissores e levando ao aumento dos juros, mas, por outro lado, desvia alguns fluxos de regiões mais orientais para Portugal.

 

Que opinião tem da ação do Estado na promoção de Portugal como destino turístico?

Temos uma opinião muito positiva da atual estrutura do Turismo de Portugal e das estruturas das Associações Regionais de Promoção Turística em que estamos inseridos pela localização das nossas unidades hoteleiras. De uma forma global, trata-se de estruturas com equipas muito bem preparadas tecnicamente e com conhecimentos muito desenvolvidos da promoção turística de uma forma transversal.

 

O que se poderia melhorar?

Na nossa opinião, o papel da marca Portugal devia ser mais vincado e ter mais disponibilidade financeira para a comunicação desta marca. De qualquer forma, ações como as desenvolvidas no mercado americano são muito positivas e contribuem significativamente para o aumento da notoriedade da marca e para o aumento do desejo de visitar o destino. Sem dúvida que o Turismo de Portugal está de parabéns com a estratégia desenvolvida.

 

Quais as nacionalidades que mais utilizam os vossos hotéis em Portugal?  Essa realidade é igual para o Algarve, Lisboa e Madeira?

As realidades são muito distintas entre as várias regiões onde estamos presentes. Em Lisboa, temos tido por mais de 10 anos a nacionalidade brasileira como número um, mas este ano devemos ter a americana como número um ou muito próximo de atingir o primeiro lugar. No Algarve, o mercado inglês mantém a tradicional presença com share acima de 50% das dormidas e na Madeira temos o mercado francês como número um seguido do polaco e do mercado nacional.

 

Em 2016, adquiriram cinco campos de golfe. Que peso tem este género de turismo na taxa de ocupação dos hotéis Dom Pedro, especialmente fora da época alta?

O segmento de golfe é muito importante para o destino Algarve.  O Algarve tem vindo a tornar-se no mais prestigiado destino de golfe da Europa ao longo dos últimos anos e isso faz com que a procura, quer europeia quer de fora da Europa, tenha vindo a aumentar consistentemente.

Vilamoura é hoje em dia considerado o destino de maior procura europeu para os grandes operadores ingleses e do Norte da Europa, sendo já um destino de forte implantação em termos mundiais. As sinergias provocadas pela aquisição dos campos de golfe de Vilamoura foram excelentes e têm trazido crescimento a ambas as unidades de negócio do grupo. O golfe é um segmento com procura transversal todo o ano. Com exceção aos meses de julho e agosto, nos restantes meses o golfe é o nosso principal segmento em Vilamoura em conjunto com o turismo de grupos de empresas ou associações.

De Ronaldo a Bill Clinton: o hotel das celebridades

Em 1998, o grupo abriu o primeiro hotel em Lisboa, o Dom Pedro Lisboa, que foi a primeira unidade de 5 estrelas da empresa. Cristiano Ronaldo já  foi hóspede várias vezes. O DomPedro Lisboa foi a escolha de Bill Clinton que por duas vezes ficou na Suite Presidencial, a primeira como Presidente dos Estados Unidos. Aliás, nessa ocasião, o icónico hotel foi "transformado" em White House in Lisbon e os funcionários atendiam as chamadas telefónicas assim:"White House in Lisbon, how may I help you?". Este ano já passaram pelo DomPedro Lisboa as atrizes brasileiras  Bety Faria e Cláudia Vieira, os cantores Ney Matogrosso e Toquinho e o ator Alexandre Borges. No passado foram muitas as celebridades, do ex-internacional português Luis Figo ao antigo primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi.

 

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