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“As conservas de peixe estão alinhadas para o futuro”

Assinala-se hoje, pela primeira vez, o Dia Nacional das Conservas de Peixe. Um reconhecimento da importância desta indústria, que contribui para uma alimentação saudável e equilibrada e para a economia e o desenvolvimento do país.

15 de Novembro de 2023 às 12:04
José Maria Freitas, presidente da ANICP
José Maria Freitas, presidente da ANICP
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Tradicional, mas ao mesmo tempo atual. Histórica, mas igualmente moderna. Assim é a indústria de conservas de peixe em Portugal, um setor atento, sustentável, dinâmico, inovador e com enorme vocação exportadora e cuja importância já é reconhecida, assinalando-se hoje, pela primeira vez, o Dia Nacional das Conservas de Peixe.

A indústria conserveira mostra estar atenta não só ao presente como ao futuro, sendo isso mesmo revelado na sua aposta de conquistar o público mais jovem. "Os jovens são o nosso foco porque acreditamos que são os nossos próximos consumidores. Hoje os jovens cozinham menos e querem perder menos tempo na cozinha. As conservas são uma resposta plena a este novo mindset: são práticas, servem para refeições ligeiras ou para pratos elaborados, podem estar armazenadas em casa, são acessíveis, diversificadas, saudáveis e sustentáveis. Acredito que as conservas de peixe estão alinhadas para o futuro", começa por afirmar José Maria Freitas, presidente da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP).

Para chegar cada vez mais aos jovens, a ANICP tem vindo a fortalecer, passo a passo, esta proximidade. Começaram por desenvolver o "Design com Lata", um concurso para "os alunos do último ano de Artes, de modo a incentivá-los a redesenharem o design da lata de conserva ao encontro do que os cativa". Também foi desenvolvido o concurso de fotografia "Imagens Conservadas". "Este concurso permite chegar a um público nacional e internacional, perceber como somos vistos fora de portas, promover o consumo de conservas e incentivar a cultura. A exposição deste ano está patente na Loja Interativa de Turismo de Matosinhos até dia 10 de dezembro", informa José Maria Freitas, realçando ainda que "a imagem das conservas, as campanhas de comunicação, as redes sociais ou as receitas" devem estar "pensadas e alinhadas" para comunicar com este segmento.

Outra forma de potenciar o consumo das conservas portuguesas dos jovens além-fronteiras é através dos estudantes. "Gostaríamos que os jovens que vão fazer Erasmus levassem consigo latas de conservas. Continuariam a comer bem, a ter acesso a sabores ‘caseiros’ e seria um excelente estandarte de Portugal. Os turistas fazem isso, levando latas de recordação e de oferta. Devemos ser nós os primeiros a promover-nos lá fora", salienta, explicando ser esse o motivo por que a ANICP tem também "o foco neste segmento mais jovem, que viaja".


As melhores práticas de sustentabilidade

Alinhada com o presente e sempre a projetar o futuro, a indústria de conservas de peixe em Portugal também se destaca no que toca à sustentabilidade, um dos seus pilares fundamentais. O uso adequado e responsável dos recursos marinhos é essencial para a preservação da biodiversidade e a construção de um futuro económico e socialmente estável para a indústria das conservas e toda a cadeia de pesca.

"A indústria tem clara a exigência da sustentabilidade dos produtos que comercializa, e tem sempre presente a necessidade de uma gestão responsável dos recursos marinhos, desde a matéria-prima ao produto final", recorda José Maria Freitas, dando como exemplo de preocupação – e que é transversal à indústria e às pescas – a sardinha portuguesa, que "quando se detetou que a biomassa e consequentes stocks estavam ameaçados, foram tomadas medidas de grandes restrições de captura, que se mantiveram durante vários anos". Esta decisão, lembra, permitiu a reposição de stock e hoje as capturas atingem "valores iguais e superiores aos iniciais".

 

Para o responsável da ANICP, a questão da sustentabilidade vai até ao consumidor. "Se pensarmos que abrir uma lata de conservas corresponde a uma refeição, estamos a dizer não ao desperdício alimentar. Portanto, a sustentabilidade é transversal e abrangente", refere.

 

No que diz respeito à estratégia e às boas práticas das conserveiras associadas da ANICP, além da sustentabilidade das matérias-primas utilizadas, a indústria "cumpre também com todas as normas de sustentabilidade ambiental, por isso, classificam e separam todos os resíduos", assegura José Maria Freitas.

 

É-nos explicado que as fábricas têm um acordo com as empresas que procedem à reciclagem das embalagens. É pago à cabeça um valor por cada unidade produzida, para que posteriormente esta seja reciclada. Ou seja, são recicladas 100% das embalagens que depois devem ser tratadas pelas entidades competentes. Grande parte da indústria utiliza energia proveniente dos seus painéis solares. Os resíduos sólidos da produção são reaproveitados, por exemplo, para farinha de peixe. As gorduras são tratadas para diversos aproveitamentos, nomeadamente produtos de beleza e suplementos alimentares.

 

A ANICP também apoia a reflorestação, de modo a ajudar a atingir a meta Carbono Zero. E dá formação às empresas para as sensibilizar para a importância da sustentabilidade.





Dinamismo, inovação e internacionalização

O dinamismo e a inovação também são imagens de marca da indústria de conservas de peixe nacional. A abertura da loja O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, em Times Square, Nova Iorque, é um bom exemplo da dinâmica, inovação e internacionalização do setor. "Não podemos deixar de sublinhar o excelente trabalho que a marca Comur (a loja surge da colaboração entre a fábrica de conservas Comur, associado da ANICP, e o grupo O Valor do Tempo) tem feito nesse sentido e de os parabenizar pelo arrojo de abrir um espaço em Times Square, um dos quarteirões mais emblemáticos do mundo! É um excelente cartão de visita para as conservas portuguesas", sublinha o presidente da Associação. E não é só a Comur que deixou de vender apenas em hipermercados ou supermercados. Hoje, existem lojas de conservas em diversos locais.

 

"Temos conservas portuguesas em todo o lado! Nos aeroportos, em lojas gourmet, mercearias, lojas de souvenirs e nas próprias fábricas. Além disso temos em Lisboa a Loja das Conservas que é a nossa maior embaixadora. Está localizada na rua do Arsenal e é um espaço muito bonito que representa as marcas de conservas portuguesas associadas da ANICP", conta José Maria Freitas.

 


Contribuição positiva para a balança comercial

Em relação à exportação, a indústria conserveira tem um peso importante. É que, no setor transformador do pescado, a indústria conserveira é a única com contribuição positiva para a balança comercial dos produtos da pesca em Portugal, segundo informa a ANICP. Além disso, possui a maior capacidade de utilizar matéria-prima nacional, o que a torna uma peça-chave na economia do país. Registe-se que 70% do que produzem os associados da ANICP destina-se à exportação, o que "corresponde a um valor de aproximadamente 275 milhões de euros", esclarece José Maria Freitas.

 

Saindo da esfera da exportação e passando para a importação, é importante comer conservas nacionais porque "ajuda a economia". "Portugal importa 64 mil toneladas de conservas de peixe, o que corresponde a um valor de 232 milhões de euros, o que, substituído por conservas nacionais, corresponderia a um incremento muito significativo para a economia portuguesa. Isto tem reflexo em várias áreas, a ter início nas diversas indústrias, passando pela criação de mais postos de trabalho, até à criação de riqueza para o país", diz o responsável máximo da ANICP.

 

É igualmente importante consumir conservas de peixe por ser saudável. "É o mais próximo do peixe fresco, mas, guardado em lata", explica José Maria Freitas e continua: "As conservas de peixe não têm corantes nem conservantes, são ricas em ómega-3, são uma fonte de gorduras saudáveis, ricas em proteínas e micronutrientes essenciais que promovem a saúde vascular e combatem o envelhecimento."

"Se pensarmos que abrir uma lata de conservas corresponde a uma refeição, estamos a dizer não ao desperdício alimentar." José Maria Freitas, presidente da ANICP

Sardinha portuguesa está em processo de certificação

Um marco importante para o setor das conservas de peixe em Portugal é estar em curso a conclusão do processo de certificação da sardinha portuguesa pelo Marine Stewardship Council, ou MSC. Segundo a ANICP, a sardinha representará uma conquista vital para a indústria. Esta certificação ressalta o compromisso com a sustentabilidade e a gestão responsável dos recursos marinhos.

 

Empapelamento manual: um processo bonito

A indústria conserveira de peixe em Portugal tem algumas tradições que a distinguem. Uma é o empapelamento manual. "Julgo que, neste momento, somos o único país que mantém esta tradição", diz José Maria Freitas. "Além de embelezar as latas, para nós é visto como o ato simbólico de embrulhar um presente. Como fazemos com os presentes de Natal… as latas são cuidadosamente empapeladas antes de serem entregues ao consumidor final. É um processo muito bonito!"

A indústria de conservas de peixe em números


1977

Foi o ano em que foi fundada a ANICP, com o objetivo de promover a cooperação entre os associados e defender os interesses das diversas indústrias de conservas de peixe a nível nacional e internacional. Hoje, a Associação presta serviços de consultoria técnica, alimentar, jurídica, dá formação, apoia a internacionalização e não só

32

associados

16

dos associados são conserveiras


70%

do que produzem os associados da ANICP destina-se à exportação o que corresponde a um valor de 275 milhões de euros

32

é o número de espécies de peixes enlatados. Ao todo, já há mais de 800 referências diferentes de peixe em conserva com vários molhos e formatos.

1855

Foi o ano em que as Conservas Portuguesas de sardinha trouxeram uma menção honrosa pelas suas “sardines à l’huile de bonne qualité” da Exposição Universal de Paris. Foi a 15 de novembro, data escolhida para o Dia Nacional das Conservasr.

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