O SAS, referência em analítica através de software e serviços inovadores, elaborou um estudo, cuja conclusão indica que a esmagadora maioria dos portugueses receia ser vítima de fraude digital. Este estudo foi o mote para falar com Carla Miranda, principal business solutions manager, Iberia for Fraud & Compliance no SAS.
O estudo "Faces of Fraud", do SAS, indica que 88% dos portugueses temem vir a ser vítimas de algum tipo de fraude digital. Que comentário lhe merece a conclusão deste estudo?
Segundo este estudo levado a cabo pelo SAS, a maioria dos portugueses receia vir a ser vítima de fraude digital, o que demonstra uma consciência grande perante aquilo a que temos assistido nos últimos quatro anos, desde a covid-19: o disparo do número de tentativas e casos de fraude. Na verdade, inseridos num mercado cada vez mais digital, estamos todos mais expostos e vulneráveis a este tipo de ameaças. E esta é uma tendência global e transversal a todos os setores, que tem vindo a ser debatida já que a sua frequência e complexidade não param de crescer. Penso que, mais do que nunca, as entidades públicas e privadas têm de estar atentas e adotar procedimentos que as permitam detetar atempadamente, em tempo real, este tipo de situações e agir de forma rápida e nós, no papel de cidadãos, clientes e consumidores, devemos procurar adotar comportamentos mais seguros e responsáveis, de forma a proteger a confidencialidade, integridade e autenticidade dos nossos dados.
As entidades públicas e privadas em Portugal estão atentas a esta realidade e a adotar procedimentos para garantir a segurança e a proteção dos seus clientes? Têm esta preocupação?
Penso que, nos últimos anos, tem havido por parte das entidades públicas e privadas uma maior preocupação com este tema, tendo surgido aliás algumas políticas e regulamentos com o intuito de garantir a proteção dos dados pessoais e dos direitos de privacidade dos cidadãos, como o RGPD. Ora, ao abrigo destas diretrizes, as empresas são obrigadas a cumprir, de forma rigorosa, determinados procedimentos no tratamento dos dados pessoais. Por outro lado, tem havido maior investimento das organizações públicas e privadas na transição digital. A questão é que estão constantemente a surgir novas ameaças e, por isso, o caminho a fazer é exigente e são necessárias ferramentas que reforcem a segurança e tornem as organizações mais eficazes no seu combate.
Por que motivo as diferentes organizações – como bancos, para dar apenas um exemplo, uma vez que o roubo de dados bancários é o tipo de fraude mais comum – devem escolher o SAS para as proteger das fraudes?
O SAS, pela sua longa experiência e liderança na área de fraude e compliance, reconhecido por diferentes analistas como é demonstrado pelo "Chartis RiskTech Quadrant for FRAML Solutions, 2023", que foi publicado recentemente, é o parceiro ideal na medida em que aposta numa estratégia holística que une sistemas antifraudes e de segurança, focando-se na deteção e proteção em tempo real. Um aspeto a destacar é que através das soluções SAS, os clientes passam a estar aptos para detetar, evitar e gerir a fraude em toda a sua organização em tempo real, através de capacidades analíticas robustas que suportam uma abordagem híbrida e "end-to-end" a partir de uma única plataforma. A prevenção contra a fraude é um caminho contínuo que as organizações têm de fazer, que implica várias etapas – desde a prevenção, deteção, monitorização, tomadas de decisão, etc. – baseadas no conhecimento analítico e abordagens inovadoras. E o SAS, enquanto líder em analítica avançada e presente no mercado português há 29 anos, tem uma enorme penetração nesta área de fraude, precisamente pela experiência e eficácia comprovadas da sua oferta.
Que soluções o SAS oferece a entidades públicas e privadas, que lhes permitam proteger os seus clientes?
A área de deteção e prevenção de fraude é estratégica para o SAS, por isso tem sido feito um grande investimento ao longo dos anos nestas soluções, de forma que estejam alinhadas com as necessidades e desafios de mercado. A fraude está em constante mutação, quem comete fraude está sempre um passo à frente, por isso capacitar as soluções de flexibilidade, agilidade e permitir a utilização de diferentes técnicas analíticas avançadas em simultâneo para detetar eventuais anomalias e/ou mudanças de comportamento em tempo real foi o foco do SAS, pois só assim as entidades públicas e privadas vão ser capazes de se adaptar à constante evolução e sofisticação da fraude, a fim de a detetar e deter, protegendo assim os seus clientes.
Por outro lado, também acreditamos que o caminho a ser feito deve basear-se na aposta em boas práticas e métodos preventivos adequados a cada um dos mercados e desafios, daí o foco do SAS na propriedade intelectual, ou seja, dotar as soluções com metodologias e modelos de deteção adaptados a diferentes casos de uso, que vão ao encontro das necessidades que temos vindo a observar no setor público e privado.
Fale-me um pouco das soluções ou tecnologias inovadoras SAS que garantem a segurança dos clientes.
Do nosso ponto de vista, o cliente deve ser visto de uma forma integrada, ou seja, as organizações devem ter uma visão 360 dos seus clientes ao longo do seu ciclo de vida. No setor bancário, por exemplo, desde os processos de autenticação (questões de identidade digital) e onboarding, da monitorização do seu risco, na deteção de fraude, no cálculo do risco de crédito, do grau de envolvimento, na monitorização das suas transações, etc., todos estes aspetos interessam.
Tendo em conta esta visão, a estratégia do SAS passa por uma plataforma à qual chamamos "Enterprise Decisioning", na qual vão assentar as componentes de fraude, compliance, customer intelligence e risco de crédito. Desta forma, o SAS vai capacitar e permitir às organizações ter uma visão holística do seu cliente e oferecer aos stakeholders os mecanismos necessários para tomarem melhores decisões, de forma mais rápida e, assim, proporcionar uma experiência diferenciada aos seus clientes.
Relativamente à fraude, o SAS disponibiliza soluções com base numa diversidade de técnicas e metodologias capazes de mitigar o risco e severidade associada às atividades ilícitas de que estamos a falar. Seja através da aplicação de técnicas estatísticas e de data mining, IA, machine learning, o SAS tem apostado na implementação de soluções antifraude robustas, cujo investimento vale a pena, já que os benefícios na redução número de fraudes e na economia de custos operacionais e de TI são garantidos, para além dos custos reputacionais que podem ser evitados.
Recentemente, o SAS anunciou que vai investir mil milhões de dólares para desenvolver ainda mais soluções analíticas avançadas direcionadas às necessidades exclusivas de setores específicos. Do que estamos a falar?
É verdade, recentemente anunciámos um investimento de mil milhões de dólares nos próximos três anos de forma a continuar a desenvolver soluções de IA e, para tal, vamos reforçar o nosso compromisso em oferecer soluções personalizadas para os desafios do mercado, em setores tão variados como a banca, governos, seguros, saúde, retalho, energia etc. Com este investimento, o SAS vai continuar a apoiar empresas que usam IA, machine learning e analítica avançada no combate à fraude, por exemplo.