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Aposta na inovação tecnológica simplifica investimento imobiliário

A Zome tem mostrado ser empreendedora. Realizou a primeira escritura e lançou o primeiro portal de venda de imóveis em criptomoeda. Abriu agora o primeiro espaço de mediação no metaverso. E no horizonte está a tokenização de fundos imobiliários.

09 de Junho de 2023 às 10:04
Pedro Vieira, diretor de marketing da Zome
Pedro Vieira, diretor de marketing da Zome
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A mediadora imobiliária portuguesa Zome surge em 2019 com uma estratégia de inovação num setor fundamentalmente conservador, através da aposta em novas soluções criadas pela tecnologia. "Nascemos com um forte ADN tecnológico, temos capacidade própria de desenvolvimento, e investimos na tecnologia desde o início da nossa atividade, desde logo nas ferramentas de suporte ao negócio", explica Pedro Vieira, diretor de marketing da Zome. A atividade da mediadora imobiliária está assim, desde a sua fundação, fortemente suportada em plataformas tecnológicas, que incluem a utilização de ferramentas de inteligência artificial e machine learning.

Foi desta vocação para a inovação que surgiu o projeto "Zome Real Estate Web 3", com uma visão abrangente do que será o futuro do negócio imobiliário, em que a tecnologia blockchain, com a sua estrutura segura mas descentralizada, surge como um elemento central da desmaterialização e simplificação do investimento em imobiliário, embora sempre em linha com o desenvolvimento da regulamentação jurídica.

T3 adquirido com criptomoeda

Foi com esta vocação que, trabalhando com vários parceiros institucionais, a Zome veio a liderar um processo que levou à assinatura, em maio de 2022, da primeira escritura pública de um apartamento (um T3 em Braga) em criptomoeda. Para Pedro Vieira, a mediadora contribuiu assim, "de forma decisiva, para um marco histórico na economia europeia, com a primeira permuta de um ativo digital por um ativo físico imobiliário". Em simultâneo, "foi dado mais um passo inovador e estruturante", considera o responsável, "com o desenvolvimento e lançamento no mercado da primeira plataforma imobiliária da Europa com transações em criptoativos".

Neste portal, estão listados os imóveis disponíveis para permuta com ativos virtuais, com os respetivos valores de transação convertidos nos vários criptoativos. A Zome disponibiliza toda a informação, organiza visitas aos imóveis e, com os seus parceiros, garante todo o compliance legal e agiliza o processo de compra e venda até à escritura. Segundo Pedro Vieira, apesar dos recentes reveses que as criptomoedas sofreram, a tendência atual neste mercado é de estabilização e recuperação. Para este responsável, com o avanço da regulamentação e a entrada no mercado do "euro coin", a tendência será para este tipo de transações crescer e ganhar maior expressão.

Entrada no metaverso agiliza processos

Dentro da visão da Zome, a tecnologia serve não só para simplificar o negócio, garantindo a segurança e a legalidade, mas também para humanizar e tornar mais eficiente a venda de imóveis. Foi nesta lógica que surgiu a vontade de entrar no metaverso, com a abertura do primeiro hub imobiliário nesta dimensão virtual, outra iniciativa pioneira da Zome. Este hub no metaverso cria um ambiente virtual que eleva a mediação imobiliária a um novo patamar de experiência para o cliente.

Neste contexto, a Zome antevê não só uma interação mais humanizada entre consultores imobiliários, parceiros de negócio e clientes, como o acesso a diversos recursos e ferramentas de negócio e a possibilidade de experimentar virtualmente os imóveis à venda, reservando as deslocações físicas para os ativos que se revelam realmente interessantes. Também no capítulo da experiência de cliente, o novo site da Zome, que será lançado brevemente, promete inovação, nomeadamente através da utilização de "ferramentas avançadas de apoio ao cliente e ferramentas de busca centradas nas características do cliente mais do que nas características dos imóveis", adianta Pedro Vieira.


Tokenização pode revolucionar investimento

Para a Zome, a tecnologia blockchain não se esgota na sua aplicação à criptomoeda. "Estamos já a desenvolver mais iniciativas com recurso a esta tecnologia, sendo que a que se encontra em fase mais avançada de desenvolvimento é a tokenização de fundos imobiliários", avança Pedro Vieira. A tokenização de ativos reais consiste na criação e emissão de tokens virtuais que representam digitalmente a propriedade, total ou parcial, de um ativo imobiliário. "Cremos que esta será mais uma inovação de relevo no setor e estamos a construir soluções com parceiros que partilham connosco a vontade de estar na linha da frente, com a apresentação de novas soluções ao mercado até ao final de 2023", afirma o responsável. Esta inovação promete, a prazo, eliminar barreiras geográficas e democratizar o investimento em imobiliário. Para já a expectativa é que a regulamentação avance em breve. Quando isso acontecer a Zome pretende estar, mais uma vez, na linha da frente.

A Zome tem quatro anos de existência, mas tem na origem os grupos Business e Prime, duas redes imobiliárias com mais de 20 anos de experiência no mercado imobiliário. No entanto, "a Zome nasceu da vontade de inovar. E sobretudo de inovar rapidamente, tentando e testando novas soluções, com a componente tecnológica sempre presente", afirma Pedro Vieira.


"Nascemos com um forte ADN tecnológico, temos capacidade própria de desenvolvimento, e investimos na tecnologia desde o início da nossa atividade" Pedro Vieira, diretor de Marketing da Zome
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