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“A nossa estratégia é atrairmos e retermos os melhores talentos que nos ajudam a inovar e entregar valor aos clientes”

Na Capgemini Portugal, o futuro é sustentável e inclusivo, alimentando-se da energia humana de uma equipa que utiliza a tecnologia para construir um futuro mais inclusivo e sustentável

30 de Setembro de 2021 às 09:28
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À frente da operação da Capgemini Portugal desde julho de 2018, Cristina Castanheira Rodrigues tem-se dedicado à gestão de excelência da consultora sempre com os olhos postos no futuro. A incorporação das questões de sustentabilidade ambiental/diversidade e inclusão marca a sua liderança e o horizonte estratégico que segue de forma estruturada e com objetivos concretos, mas que também recomenda aos stakeholders com os quais trabalha. "É importante que todas as empresas comecem esta sua jornada pela realização de um assessment que lhes dê dados analíticos úteis para que melhor possam definir os seus objetivos e metas a curto e médio prazo nestas matérias." 

 

O que está por trás da vossa assinatura: "To unleash human energies through technology for an inclusive and sustainable future"?

Esta frase traduz o nosso propósito enquanto organização e foi divulgada quase no final de 2020. Destaca que a tecnologia é feita por pessoas, para pessoas e que temos o objetivo de transformar o que criamos em soluções inclusivas, éticas e sustentáveis para todos porque acreditamos que a transformação digital deve beneficiar toda a humanidade.

 

De que forma este compromisso se materializa na estratégia atual e futura da Capgemini Portugal?

Quando, em 2018, assumi o cargo de administradora-delegada da Capgemini Portugal, decidi que, além do negócio em si, as grandes prioridades seriam as nossas pessoas e uma verdadeira implementação da cultura Capgemini. Para além dos benefícios mais comuns – mais formação, mais dias de férias, oferta do dia de aniversário, descontos corporativos, oferta de bolo de aniversário ou outras – e sem deixar de reconhecer que estas são já medidas importantes, entendi que também é necessário valorizar o verdadeiro sentido de união e pertença. Este compromisso materializa-se, por exemplo, nos sete valores que regem a nossa cultura e que estão presentes desde a constituição do grupo: Audácia, Honestidade, Liberdade, Confiança, Espírito de Equipa, Modéstia e Fun. Estes valores são a base da nossa cultura e do nosso espírito empreendedor, que se refletem nos programas que lançamos, no modo como comunicamos, nos eventos que organizamos ou na forma como nos relacionamos. E esta é, sem dúvida, a nossa estratégia, atrairmos e retermos os melhores talentos que nos ajudam a, continuamente, inovar e entregar valor aos nossos clientes.

Estes valores são a base da nossa cultura e do nosso espírito empreendedor, que se refletem nos programas que lançamos, no modo como comunicamos, nos eventos que organizamos ou na forma como nos relacionamos


Quando falam da estratégia de Corporate Social Responsability, está em causa a sustentabilidade ambiental, mas também a diversidade e a inclusão. Qual o impacto deste "triunvirato estratégico" para o desenvolvimento do negócio da empresa em Portugal e para o relacionamento com os vários stakeholders?
A nossa estratégia de responsabilidade social tem efetivamente três pilares: diversidade e inclusão, inclusão digital e o ambiente. Acreditamos que a colaboração de equipas diversificadas e multiculturais promove a criatividade e a inovação, originando uma cultura inclusiva em benefício de todos os nossos colaboradores. A diversidade abrange a identidade cultural, etnia, origens sociais, orientação sexual, ideologias, métodos de trabalho, identidade de género e deficiência. Assim, para integrarmos melhor o valor da diversidade na nossa cultura de empresa, concentramo-nos na inclusão para garantir que todos os colaboradores se sintam valorizados e incluídos. Criar e proporcionar um ambiente inclusivo não é apenas pensar de forma inclusiva, mas envolvermo-nos e agirmos de forma inclusiva.

Quais são as prioridades definidas pela Capgemini Portugal nestas áreas e que investimento realizam nelas anualmente?

O nosso programa de responsabilidade social e corporativa, Architects of Positive Futures, define os princípios orientadores para todo o grupo e cabe a cada um dos países pôr esta estratégia em ação. Como já referi, as nossas prioridades centram-se na literacia digital, no lançamento de programas que promovam a diversidade e a inclusão, como o Outfront, programa que tem como missão desenvolver uma cultura interna de inclusão e sensibilização para a comunidade LGBT+ e, claro, o ambiente.

Implementámos há 10 anos o sistema de gestão ambiental através do qual identificámos os nossos principais impactos ambientais, definimos metas e monitorizamos o nosso desempenho. Em 2018, e com a abertura do nosso segundo escritório em Évora, procurámos concretizar todos estes valores, definindo um plano de obra que considerava a aplicação dos princípios da sustentabilidade através do uso de materiais locais como o mármore e a cortiça, a contratação de serviços da cidade, dinamizando a economia local, com o objetivo final de proporcionar as melhores condições aos nossos colaboradores.

 

São prioridades determinantes para garantir uma liderança interna robusta e a competitividade?

Sem dúvida que sim. Mais do que um investimento das organizações passou a ser uma preocupação e uma exigência das novas gerações que entram no mercado de trabalho, com uma consciência e preocupação muito diferentes das anteriores. Para estes, a consciência social interna não pode estar dissociada de uma afirmação externa. Estas preocupações passaram a estar presentes em processos de recrutamento, por exemplo, quando nos questionam sobre os programas e atividades que a empresa desenvolve em termos de responsabilidade social.

Estamos certos de que a inclusão destas procupações nas nossas ofertas as tornam melhores e assim contribuem para os objetivos globais de sustentabilidade e inclusão

Até que ponto este contexto sustenta a prática de inovação e o desenvolvimento de melhores ofertas para o mercado?

Assistimos diariamente a notícias que nos confirmam a realidade das alterações climáticas e ainda há dias António Guterres afirmava "a urgência de não se esperar uns pelos outros" e de estarmos "à beira de um abismo" porque "o mundo nunca foi tão ameaçado ou tão dividido". Estamos numa era tecnologicamente tão avançada que só recorrendo à inovação e à disrupção com os processos e ofertas do passado seremos capazes de pensar e criar soluções que, de uma forma efetiva, invertam o estado atual. Estamos certos de que a inclusão destas preocupações nas nossas ofertas as tornam melhores e assim contribuem para os objetivos globais de sustentabilidade e inclusão.

 

Que projetos a Capgemini Portugal tem vindo a desenvolver para promover este contexto de corporate social responsability, em cada uma das áreas que a constituem? Na sua opinião, quais os mais importantes?

Primeiro, o que respeita à sensibilização. Acredito que, tal como se costuma dizer que é "em casa que se educa", também as organizações podem ajudar a (re)"educar", sensibilizando, incutindo novos hábitos, lembrando as boas práticas, os comportamentos adequados e enfatizando algumas das preocupações que todos os seus colaboradores devem ter presentes. Não nos esqueçamos de que a maioria de nós passa grande parte do seu dia ligada à empresa.

Desenvolver ações de esclarecimento sobre diferentes temas, como a comunidade LGBT+, a diversidade e a inclusão, ajudar a criar uma cultura de inclusão, esclarecedora e segura. As parcerias que temos com algumas organizações e até mesmo com os nossos parceiros, como a Microsoft, com a qual assinámos a Aliança dos Parceiros, ajudam-nos a alargar a nossa rede de influência, a partilhar e atuar sobre as mesmas preocupações.

Sermos sensíveis às questões do ambiente e, interna e externamente, desenvolvermos ações que impactem positivamente no ambiente, como a aplicação de modelos de trabalho remoto mais flexíveis, ajudam a minimizar deslocações. A substituição progressiva de veículos de combustão por híbridos ou elétricos permite minimizar a emissão de gases e o consumo de recursos naturais. A sensibilização dos clientes através das nossas políticas ambientais, recomendações e da influência que podemos exercer através do nosso portefólio de ofertas permite-nos promover cada vez mais estas preocupações e temas.

 

 

Em que consistiu o projeto Blue Challenge? E de que forma a Capgemini Portugal teve alguma participação especial nesta iniciativa?

O Blue Challenge foi um desafio de mentoria lançado pela nossa Business Unit, o Europe Cluster, ao qual a Capgemini Portugal, e outros 10 países, pertence. Este desafio foi criado com o objetivo de divulgar projetos, alguns deles ainda startups, com uma forte componente de inovação, preocupação social e sustentabilidade. Com a nossa experiência, conhecimento e expertise em consultoria estratégica, setorial e, obviamente, tecnológico, foi então lançado o desafio de se criarem equipas que iriam orientar cada um dos projetos. À Capgemini Portugal, e a mim em particular, coube o papel de mentora do projeto Mwani em Zanzibar. Um projeto que cria produtos de cosmética a partir de algas marinhas e que oferece a mais de 800 mulheres uma fonte de rendimento, que de outra forma não conseguiriam obter. Para além da questão da organização, produção e desenvolvimento de produtos através de soluções ambientalmente sustentáveis, o Blue Challenge, também tinha um objetivo social e a melhoria das condições económico-sociais bem como do ambiente. Foi com um enorme gosto e satisfação que acompanhei este projeto durante dois meses e que o vi sair vencedor deste desafio, entre outros cinco projetos.

 

Poderá haver iniciativas sustentáveis dinamizadas pela gestão portuguesa, a nível local, para alertar as empresas para a importância destas questões?

Para além das iniciativas do grupo, haverá sempre espaço para criar e implementar iniciativas adaptadas ao contexto local. É tempo, para que não venha a ser tarde demais, de o setor empresarial português participar ativamente na adoção de projetos e de iniciativas que verdadeiramente possam vir a salvar o planeta e a tornar a nossa sociedade mais sustentável e inclusiva.

É preciso criar um ecossistema de parceiros, que incluam organizações dos mais variados setores, indústrias; transportes, retalho, moda, entre outros; com diferentes impactos ambientais, sociais e económicos e, de forma construtiva, discutir o tema levando-nos a melhores soluções.

Estamos numa era tecnologicamente tão avançada que só recorrendo à inovação e à disrupção com os processo e ofertas do passado seremos capazes de pensar e criar soluções que, de uma forma efetiva, invertam o estado atual
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