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Agricultura modernizada está pronta para novos desafios

Robôs, smartphones e sistemas inteligentes entraram na agricultura e preparam-na para os desafios do futuro, que, para Portugal, assentam numa aposta em sustentabilidade e escala para conquistar mais mercados, defende a CAP.

25 de Junho de 2024 às 12:52
Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP
Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP
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Nos últimos 15 anos, o setor agrícola modernizou-se. Hoje "pratica uma agricultura completamente voltada para o mercado e para os consumidores, que são cada vez mais exigentes e informados e que procuram dietas equilibradas e saudáveis". Adotou uma agricultura de precisão, que usa os recursos de forma eficiente, no caso da água, com uma aposta forte no controlo gota a gota, com precisão à planta e ao metro quadrado. Usa cada vez mais drones, robôs e sistemas que permitem controlar operações através de smartphones e tablets. O alinhamento é de Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP, que fechou a conferência Semear o Futuro com um breve diagnóstico de alguns dos fatores determinantes no passado recente do setor e um olhar sobre os desafios do futuro próximo. 

 

Neste leque dos desafios recentes, o responsável da CAP lembrou ainda que os últimos quatro anos trouxeram uma pandemia, duas secas extremas, uma guerra na Europa que teima em não desaparecer e um exponencial aumento dos custos de produção, "mas os consumidores tiveram sempre acesso a produtos de elevada qualidade, com segurança alimentar e a preços aceitáveis, embora acima do que estavam habituados", sublinhou.

Com isto, diz que o setor tem dado provas de que está preparado para responder aos desafios que se têm colocado e que não vão abrandar, recordando que "nos próximos 12 anos se prevê o maior crescimento demográfico em termos percentuais até 2100", para chegar a uma população mundial prevista de 8,5 mil milhões, já em 2030.  

 

As respostas devem convergir para a máxima "produzir mais e de forma mais sustentável". No caso de Portugal, frisou, olhando cada vez mais para fora e além da Península Ibérica. Espanha continua a ser o principal mercado de exportação nacional e a ambição continua a ser a de crescer. No entanto, é também preciso "olhar mais para uma Europa a 27, com 449 milhões de consumidores residentes", admitiu Gonçalo Santos Andrade. 

 

"Em Portugal, estão apenas 2,2% dos consumidores europeus, com baixo poder de compra, por isso temos cada vez mais de ver este mercado europeu como o nosso mercado local, principalmente na linha Lisboa-Helsínquia".  Ao governo, acrescentou, cabe "começar a construir as reservas de água necessárias e modernizar as existentes, com o programa Água que Une, e trabalhar na rede de interligação de água no país".

MAPA quer combater desinformação
Chama-se MAPA - Movimento Ambiente e Produção Alimentar e acaba de iniciar a primeira campanha de sensibilização para o trabalho feito pelos setores que representa. Nasce numa altura em que crescem as preocupações com o ambiente e a produção sustentável, para mostrar que "não há ambientalista mais eficaz do que um agricultor responsável", como defendeu Graça Mariano na conferência Semear o Futuro. "São os profissionais do mundo rural que vivem, conhecem e gerem os recursos de produção e transformação. Têm conhecimentos multidisciplinares, conhecem as regras e aplicam-nas. São eles que intervêm há muito na, agora, tão popular economia circular", lembrou a porta-voz do MAPA, admitindo que o setor tem descurado a comunicação, abrindo espaço à desinformação.


O Movimento estreou-se na internet há cerca de uma semana, com o lançamento de um site e as primeiras atividades nas redes sociais. Quer promover uma comunicação humanizada, que partilhe histórias de homens e mulheres do setor: quem são, o que fazem e como fazem. "Vamos divulgar mensagens positivas e esclarecedoras que venham ajudar a desmistificar ideias preconcebidas", através de uma comunicação baseada na "transparência e no conhecimento assente em ciência".

 

O MAPA conta com a colaboração de mais de 30 entidades, que representam agricultores e criadores de animais, como associações, agrupamentos de produtores, mas também insígnias da grande distribuição.

Produção


12%

Desde 2010, o valor da produção no ramo agrícola passou de 6,5 mil milhões de euros, para 12,5 mil milhões de euros em 2023. As exportações do setor agroalimentar cresceram de 3.723 milhões de euros para mais de 9,5 mil milhões, passando a representar 12% do valor total das exportações de bens nacionais.  
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