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Um mestrado é uma boa opção

São muitas as vantagens de prosseguir os estudos após a licenciatura.

12 de Julho de 2021 às 14:20
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O objetivo de um estudante ou de um profissional que decide fazer um mestrado pode ser o de continuar a evoluir pessoalmente. Pode também optar-se por investir num destes programas por se saber que tal representa uma mais-valia no mercado. Ou pode ser por se reconhecer que, de facto, desde Bolonha, um mestrado complementa a licenciatura. Seja qual for o motivo, fazer um mestrado é uma boa escolha, como o compravam as opiniões que ouvimos dos responsáveis de diversas universidades, faculdades e politécnicos.

 

Joana César Machado, coordenadora das licenciaturas da Católica Porto Business School, diz que num mercado global e cada vez mais competitivo, torna-se ainda mais importante "apostar numa formação especializada e consolidar os conhecimentos adquiridos na licenciatura". "Os programas de mestrado permitem aos alunos ter acesso a uma especialização na sua área de interesse e a aquisição de competências transversais e comportamentais fundamentais, para além de uma eficaz preparação técnica, em estreita articulação com o mundo empresarial."

 

À questão qual a importância, hoje, de ter um mestrado, Pedro Nunes da Costa, presidente da Coimbra Business School | ISCAC, responde que a qualificação de cada um não é uma mera questão de currículo: "É o fator fundamental para determinar a nossa carreira profissional, a nossa capacidade de empreender e de produzir riqueza." "Quer nas organizações, quer nas empresas, quem tiver um mestrado irá, certamente, ajudar a resolver melhor os problemas concretos das organizações em que trabalhar", assegura. Estes profissionais também contribuirão mais para os processos de inovação que irão tornar os serviços e os bens produzidos mais competitivos à escala global.

 

Em síntese: "Quem tiver um mestrado estará em melhores condições de exercer um cargo de mais alto nível, ao integrar-se numa organização pública ou privada, ou, caso seja um empreendedor e proprietário de uma empresa, terá maior capacidade de ter sucesso, o que é determinante."

 

Por sua vez, Miguel Varela, diretor do ISG – Business & Economics School, recorda que os cursos de mestrado (2.º ciclo) são atualmente um importante complemento das licenciaturas (1.º ciclo). "Desde Bolonha (2006/2007) que um mestrado é uma formação cada vez mais importante e complementar da licenciatura e constitui uma mais-valia no mercado de trabalho. É uma formação que permite o amadurecimento académico, já que os cursos de 1.º ciclo duram apenas três anos", relembra.

 

Investimento em formação sempre deu frutos

 

Ana Pinto Borges, presidente do Conselho Pedagógico do ISAG-EBS, e Cristina Cunha, coordenadora da formação executiva do ISAG-EBS, explicam que, independentemente do grau académico, "o investimento em formação sempre provou ser frutífero para a atualização de competências, para a evolução ou mudança profissional e também para a realização pessoal". "O contexto pandémico comprovou, mais do que nunca, esta realidade, já que para as empresas se tornou imprescindível a capacitação dos profissionais para responderem de forma eficaz à nova realidade", salientam.

 

No caso dos mestrados – prosseguem as duas responsáveis do ISAG –, sublinha-se a relevância deste grau académico no desenvolvimento do pensamento crítico, no networking, no prosseguimento de estudos e na diferenciação do percurso, que pode levar a novas oportunidades profissionais e a salários mais elevados.

 

Rui Pedrosa, presidente do Politécnico de Leiria, afirma que é importante investir num mestrado por múltiplas razões. Em primeiro lugar, porque "a especialização é muito importante para reforçar competências específicas promotoras de empregabilidade qualificada, mas também porque os mestrados estão sempre associados a um contexto de investigação com impacto e inovação muito relevantes".

 

Por outro lado, continua o presidente da instituição, os mestrados no Politécnico de Leiria têm "a possibilidade de realização de um projeto de investigação (dissertação), projeto de inovação (projeto) e estágio em contexto profissional (estágio)". "Os mestrados permitem ainda experiências em ambientes multiculturais e mobilidades internacionais em universidades parceiras de referência."

 

Quanto a Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da Universidade Portucalense, refere que "investir num mestrado é sempre importante num tempo em que o ‘tempo’ de semivida do conhecimento é cada vez menor". Depende, no entanto, da área de cada pessoa, como depende dos seus objetivos. Mas, seja para continuar os estudos ou para fazer alguns anos mais tarde, "mestrados ou cursos de pós-graduação específicos das suas atividades, ou necessários para um redireccionamento das atividades, têm necessariamente de estar nos planos de todos os licenciados".

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