A muito curto prazo, meio mundo, literalmente, vai interagir com o seu banco de forma digital. Segundo um estudo da empresa Juniper Research, estima-se que em 2021 serão aproximadamente três mil milhões – metade da população do planeta – os utilizadores a aceder às suas contas e serviços bancários através de smartphones, tablets, computadores e smartwatches.
A tendência de crescimento aponta para que um em cada dois adultos se relacione de forma digital com o seu banco, sendo que já nos dias de hoje, os clientes optam pelas instituições de crédito "que oferecem este género de facilidades associadas aos serviços digitais rápidos e multicanal".
Efectivamente, "a tecnologia é actualmente o grande diferencial para todos os tipos de bancos, quer se trate da banca tradicional ou dos chamados bancos desafiadores", sustenta o responsável pelo estudo, Nitin Bhas, que lembra ainda, na nota de imprensa divulgada, que "os investimentos em tecnologia bancária atingiram níveis recorde em 2016".
O estudo "Retail Banking: Digital Transformation & Disruptor Opportunities 2017-2021", da Juniper Research, empresa britânica de análises de mercado, revela também que este ano se verificou um crescimento de 53% no número de utilizadores de serviços digitais bancários.
Como se posicionam as empresas?
Seguindo a tendência europeia, cerca de 2,6 milhões de portugueses assumem-se como utilizadores de internet banking, um número que corresponde a 30,3% dos residentes no território do continente, segundo revelava, em Abril, o estudo regular "Basef Banca" da empresa Marktest.
Mas a grande aposta na fileira digital tem vindo igualmente a ser das empresas que, em linha com as tendências de mercado em que se pretendem posicionar, incrementam mecanismos de gestão mais velozes; imediatos e transversais com impacto real nos seus indicadores de eficácia e eficiência.
Ou seja, a digitalização – na gestão e no contacto com o mercado – passou a ser um factor distintivo de sucesso de que as organizações não se podem alhear. Criou-se, portanto, uma necessidade empresarial a que a banca respondeu com o foco necessário e com alternativas facilitadoras. Este é o caso das apps e do serviço de internet banking para empresas.
Os exemplos que confirmam a regra
O crescimento no número de utilizadores destes serviços bancários digitais em Portugal é verificável, por exemplo, na adesão ao serviço Caixadirecta Empresas, disponibilizado por um dos maiores bancos nacionais, a Caixa Geral de Depósitos.
Segundo dados fornecidos recentemente por fonte autorizada, "a app Caixadirecta Empresas apresentou um crescimento de utilizadores na ordem dos 235% – face a 2016. Já o Caixadirecta Empresas via web registou, em 2017, um crescimento do número de contratos com utilização na ordem dos 3%, apresentando uma taxa de utilização que ronda os 70%."
"As apps potenciam a capacidade de autonomia dos nossos clientes ao mesmo tempo que colocam a Caixa cada vez mais disponível", sublinhou aquele banco, no qual a autenticação através de impressão digital e a realização de operações por comandos de voz (ver caixa de texto) constituem uma melhoria contínua na experiência dos clientes.
App com toque e voz
Nos telemóveis ou tablets, a aplicação Caixadirecta Empresas apresenta funcionalidades como o acesso via impressão digital e a introdução de dados por comando de voz. O cliente acede assim à sua conta a partir de um simples toque do indicador e executa as suas ordens de pagamento através de uma rápida instrução de voz. Inclui ainda a capacidade de emitir notificações de alerta, sempre que existam operações pendentes e valores disponíveis para antecipação de "confirming".
Com esta aplicação empresarial, disponível para os sistemas operativos iOS e Android, os clientes podem realizar um vasto leque de operações, seja na área de consultas e autorizações – na qual podem consultar saldos e movimentos, pesquisar movimentos por descrição e autorizar e executar operações pendentes –, seja no capítulo de pagamentos e transferências, por exemplo, solicitar "cash advance".