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“Lisboa tem uma forte comunidade que quer fazer coisas”

É a convicção de Paddy Cosgrave, que aproveitou o palco do Caixa Empreender Award para revelar algumas pistas sobre a próxima Web Summit.

24 de Março de 2016 às 10:00
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Coincidência? Até podia ser. Certo é que no dia seguinte à conferência organizada pela Caixa Capital, o site da Web Summit esteve congestionado para quem queria comprar ingressos para a primeira edição em Lisboa. Mas, em abono da verdade, havia uma promoção de dois bilhetes pelo preço de um.

Não espanta, contudo, o interesse pela próxima Web Summit, tida como o maior evento mundial de tecnologia e empreendedorismo. Paddy Cosgrave, CEO da organização, espera que a capital portuguesa "vá receber mais de 50 mil participantes e mais de mil jornalistas". Por isso, como disse no Caixa Empreender Award, em conversa com Stephan Morais, da Caixa Capital, "se o mundo ainda não sabe o suficiente sobre Lisboa, vai passar a saber muito mais".

De 7 a 10 de Novembro, os pavilhões da FIL e o Meo Arena vão albergar a primeira de três Web Summit anuais, em Lisboa. Pela primeira vez, o evento deixa a cidade de Dublin, onde há seis anos o irlandês deu início à aventura.

Sobre o que mudou daí para cá, o próprio respondeu à plateia que o ouviu no Caixa Empreender Award: "O meu carro, em 2010, tinha nove anos e agora tem 15." De ténis, t-shirt, jeans – às vezes "enlameados, quando passo o fim-de-semana na quinta onde o meu pai cria vacas" –, Paddy Cosgrave afiançou que um recado do irmão mais novo, dizendo-lhe ter descoberto "uma versão de Berlim com muito melhor clima", contribuiu para escolher Lisboa para albergar a Web Summit.

Depois, pesou também a insistência dos portugueses através das redes sociais – "recebi tantas mensagens no Twitter, Facebook que até me perguntava, o que é que eles bebem?" – e as "boas infra-estruturas de Lisboa, a rede de transportes, o local do evento e a crescente comunidade de start-ups existente".

A esses novos empresários, Paddy Cosgrave aconselha que se preocupem "não com a meta, mas com cada jornada", procurando "ter satisfação em todas as fases do processo", até porque "os bons empreendedores encontram sempre um atalho para tudo".

Garantindo que a Web Summit "não sofre de dores de crescimento, porque quanto maior, melhor, desde que se saiba como conectar as pessoas", o CEO irlandês de 32 anos fez questão de frisar que "a tecnologia deve servir para interligar as pessoas".

Start-ups portuguesas como a Farfetch, a Uniplaces e a Codacy – vencedora, entre 200 empresas, do principal prémio da Web Summit, em 2014 – são casos de bons exemplos, segundo Paddy Cosgrave, da qualidade dos projectos emergentes em Portugal.

A primeira edição da Web Summit em Lisboa garantiu já uma parcela do investimento. Além do Turismo de Lisboa, Turismo de Portugal e AICEP, o evento conta também com apoio do grupo CGD, bem como, do apoio institucional do Governo e da Câmara de Lisboa.

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