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Cartões sem contacto são solução segura de futuro

Em 2019, prevê-se que 80% das transações serão feitas utilizando meios de pagamento sem contacto. Os cartões que nos poupam tempo, dispensando a introdução de código, também ganham cada vez mais aderentes em Portugal.

24 de Janeiro de 2018 às 10:42
"Verde, código, verde" é aquela habitual instrução que parece cada vez mais ter os dias contados. Os cartões bancários e as soluções contactless, que permitem efetuar transações com a simples aproximação aos terminais de pagamento, chegaram, ganharam mercado, aumentando os seus padrões de segurança, e são vistas como uma solução de futuro.

A Juniper Research, empresa britânica de estudos e análises de mercado, refere que, em 2017, as tecnologias contactless – sejam cartões, telemóveis ou wearables, como os smartwatches – terão sido usadas para fazer transações na ordem dos 500 mil milhões de euros em todo o mundo.

O estudo Contactless Payments: NFC Handsets, Wearables & Payments Cards 2017 – 2021 prevê, contudo, que em 2019 esse valor mais do que duplicará, chegando aos 1,1 mil milhões de euros. Ou seja, os dispositivos contactless poderão ser responsáveis por 80% das transações financeiras no planeta.
Para reforçar essa predominância das soluções contactless, que se começa a alicerçar, contribuem necessariamente a apetência e adesão dos clientes bancários, assim como as determinações de negócio definidas pelos principais emitentes, Visa e Mastercard.

Assim, desde 2016, todos os novos terminais de pagamento automático (TPA) na Europa têm de incluir a tecnologia contactless, que por sua vez deverá ser incorporada em qualquer TPA até final de 2019.

Com os terminais a aceitar o pagamento sem contacto – como sucede com os Netcaixa, que continuam a ganhar aderentes em Portugal –, os emissores têm estipulado que todos os cartões deverão ter o chip contactless até 2021/2022.

Exemplos nacionais de escala internacional

Ultrapassadas as desconfianças e reticências iniciais, um inquérito divulgado pela Visa revela que os consumidores portugueses até gostariam de poder efetuar pagamentos com cartões de tecnologia contactless em transportes públicos (41%), postos de abastecimento (38%) e restaurantes (34%).

O mesmo estudo acrescenta ainda que 29% dos portugueses já usa os cartões contactless para efetuar compras, especialmente em supermercados e grandes retalhistas. Entre os que utilizam a tecnologia, 70% salientam como vantagem a rapidez proporcionada, por dispensar a introdução do código pessoal associado.

As vantagens da tecnologia contactless e a sua crescente aceitação pelo público estão a levar as principais instituições bancárias em Portugal a incluírem-na nos novos cartões que emitem. A título de exemplo, a Caixa Geral de Depósitos está a fazê-lo de forma faseada, e na data de renovação ou substituição do cartão.

Como funciona esta tecnologia?

Na base da tecnologia contactless, que pode estar incluída em cartões de pagamento, smartphones ou smartwatches, está um sistema designado por NFC (Near Field Communication), que permite a troca de informação através de um sinal rádio, entre o chip do meio de pagamento e o terminal de pagamento automático.

Os cartões contactless distinguem-se visualmente dos restantes por exibirem um pequeno símbolo de propagação de ondas, significando que a sua aproximação a um terminal de pagamento com a mesma tecnologia permite efetuar a transação sem necessidade de o utilizador introduzir o seu código pessoal de quatro números.

Para evitar transações indesejadas ou usos abusivos, foram estabelecidas medidas de segurança, como seja a definição de um valor máximo para os pagamentos sem introdução de código.

Em Portugal, por regra, 20 euros é o preço máximo para se poder pagar através do sistema contactless, sem a introdução do chamado NIP (Código pessoal do cartão). Quando o utilizador atinge um valor acumulado de 60 euros em transações feitas por essa via, a operação imediatamente a seguir deve ser validada com o NIP.

Trata-se por isso do meio de pagamento ideal para pequenos montantes, habitualmente garantidos com moedas. O pagamento é efetuado em poucos segundos com a aproximação do cartão ao TPA que munido desta tecnologia o confirma - de maneira rápida e cómoda.

Uma tecnologia segura?

Às dúvidas sobre os níveis de segurança, os operadores interpelam com argumentos que podem oferecer tranquilidade. Desde logo, o cartão faz pagamentos sem sair da mão e sem exigir que se insira o código em público.

Por outro lado, para que o pagamento seja validado não basta aproximar o cartão de um terminal. O comerciante tem que ter inserido um valor para o confirmar e o cartão tem que estar a uma distância de escassos 3 cm por alguns segundos.

Caso a proximidade ao terminal seja mais demorada, o risco de duplicação de pagamento surge também minimizada. Os leitores permitem apenas uma transação de cada vez - a ser finalizada ou anulada - antes de se permitir novo pagamento.

Por último, a Banca tem dispositivos de salvaguarda para os clientes que possam perder ou ver extraviado os seus cartões. Este mecanismo é transversal a qualquer cartão e passa por assumir um montante previamente definido de pagamentos fraudulentos até às 48 horas anteriores à comunicação da perda.





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